Márcio Doti
Duvido que já não estejamos todos
muito perdidos com a quantidade de dinheiro que tomou rumo errado, incerto, não
sabido ou já identificado com quantias até recuperadas. Agora, mais uma
operação da Polícia Federal, a Operação Radioatividade prende o presidente
licenciado da Eletronuclear, almirante Othon Pinheiro da Silva e o executivo
Flávio Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia, tudo relacionado com a
construção de Angra 3, iniciada em 2009 com um custo orçado em 7 bilhões de
reais e já na casa dos 15 bilhões atualmente. A Polícia Federal não descarta a
possibilidade de se chegar a políticos, mas adianta que agora seu foco são os
processos de concorrência da Eletronuclear. Chegou-se a essa nova fonte de
irregularidades a partir de uma delação premiada ocorrida na Operação Lava
Jato. De uma coisa ninguém tem dúvidas, desde aqueles primeiros muitos bilhões
de reais perdidos na compra absurda da Usina de Passadena, nos Estados Unidos,
a maquininha de somar não para de registrar.
Escândalo
Está claro que o momento brasileiro é grave não apenas pelos escândalos que vão surgindo a partir da ação da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça de Primeira Instância do Paraná. Uma situação tão singular e desconcertante que a sensação é a de que a todo momento vão surgir novos fatos, de novas falcatruas, que pelo visto mudam de lugar e nem mudam todos os personagens. Seria a banalização dos escândalos, algo que não queremos e devemos lutar para que não se instale entre nós. Ao contrário, é preciso mesmo combater esses atos e costumes.
Grave também é acompanhar as ações e reações dos personagens principais da vida nacional. O ex-presidente Lula disse recentemente que está cheio e cansado das mentiras e safadezas. E ninguém entendeu direito. A presidente Dilma convoca ministros para trabalhar contra impeachment e um eventual resultado negativo no Tribunal de Contas da União, em função de suas pedaladas em cima dos bancos estatais.
Erro
Tudo isso a céu aberto, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Estamos vivendo instantes como esses em que governantes são apanhados em posições constrangedoras. E aqui cabe um parêntese. Não se venha dizer que Lula fez o mesmo, FHC fez o mesmo e por aí em diante. Chega dessa história de se desculpar o erro de uns porque outros também fizeram.
E cá entre nós, só para encerrar por hoje, é ou não é uma vergonha que para o país ter uma legislação que seja eficiente contra a corrupção é preciso que um procurador federal caminhe pelo país colhendo assinaturas para uma lei de iniciativa popular que seja mais dura, que não arranque de procuradores como tem arrancado a atual legislação, que não passa de piada. Convenhamos que tal lei já deveria existir, nascida naturalmente, dos nossos plenários e vontade de nossos representantes. Só mais um detalhe: a presidente Dilma está preocupada porque a Operação “Lava Jato” pode ocasionar uma perda de 1% do PIB. E quantos por cento do PIB devem ter evaporado com as falcatruas, os danos à Petrobras e os financiamentos para obras públicas nos países amigos?
Escândalo
Está claro que o momento brasileiro é grave não apenas pelos escândalos que vão surgindo a partir da ação da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça de Primeira Instância do Paraná. Uma situação tão singular e desconcertante que a sensação é a de que a todo momento vão surgir novos fatos, de novas falcatruas, que pelo visto mudam de lugar e nem mudam todos os personagens. Seria a banalização dos escândalos, algo que não queremos e devemos lutar para que não se instale entre nós. Ao contrário, é preciso mesmo combater esses atos e costumes.
Grave também é acompanhar as ações e reações dos personagens principais da vida nacional. O ex-presidente Lula disse recentemente que está cheio e cansado das mentiras e safadezas. E ninguém entendeu direito. A presidente Dilma convoca ministros para trabalhar contra impeachment e um eventual resultado negativo no Tribunal de Contas da União, em função de suas pedaladas em cima dos bancos estatais.
Erro
Tudo isso a céu aberto, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Estamos vivendo instantes como esses em que governantes são apanhados em posições constrangedoras. E aqui cabe um parêntese. Não se venha dizer que Lula fez o mesmo, FHC fez o mesmo e por aí em diante. Chega dessa história de se desculpar o erro de uns porque outros também fizeram.
E cá entre nós, só para encerrar por hoje, é ou não é uma vergonha que para o país ter uma legislação que seja eficiente contra a corrupção é preciso que um procurador federal caminhe pelo país colhendo assinaturas para uma lei de iniciativa popular que seja mais dura, que não arranque de procuradores como tem arrancado a atual legislação, que não passa de piada. Convenhamos que tal lei já deveria existir, nascida naturalmente, dos nossos plenários e vontade de nossos representantes. Só mais um detalhe: a presidente Dilma está preocupada porque a Operação “Lava Jato” pode ocasionar uma perda de 1% do PIB. E quantos por cento do PIB devem ter evaporado com as falcatruas, os danos à Petrobras e os financiamentos para obras públicas nos países amigos?




