terça-feira, 14 de julho de 2015

ESTAMOS CONDENADOS AO ÚLTIMO DA FILA



ESTELIONATO ELEITORAL


De todos os estelionatos eleitorais que o governo Dilma produziu nesses últimos meses, o mais deplorável é aquele que levou os profissionais de marketing de sua campanha a decidir que o slogan de seu governo seria "Pátria educadora". Ao se ouvir algo dessa natureza, o cidadão acredita que está diante de um governo que fará da educação sua prioridade maior.

Isso significa, por exemplo, que ele livrará os gastos com educação da sanha dos cortes inventados por economistas funcionários de bancos privados travestidos de ministros. Economistas contratados para requentar a velha receita do "ajuste fiscal" que pune os pobres e a classe média, isso enquanto deixa intocado os rendimentos da elite rentista e do sistema financeiro.


No entanto, eis que no início do mês de julho somos contemplados com a notícia de que a Capes, órgão do Ministério da Educação responsável pela pós-graduação, será obrigada a cortar 75% da verba de custeio de todos os programas de mestrado e doutorado no país.


Isso significa uma restrição brutal das atividades de pós-graduação, com consequências para a pesquisa desenvolvida entre nós e para o processo de internacionalização de nossas universidades.


Em um momento de crise, os investimentos em educação e pesquisa tornam-se ainda mais decisivos. Países que entraram em crise econômica profunda, como a Islândia, criaram um sistema de bolsas para que desempregados se inscrevessem na pós-graduação, isso a fim de qualificá-los melhor.


Mas imaginar que os economistas que controlam o atual governo compreendam algo dessa natureza é como pedir que andem de cabeça para baixo.


Ao impor ao Ministério da Educação a obrigação de produzir um corte dessa natureza, o governo federal demonstra, mais uma vez, sua falta de compromisso com suas próprias promessas. Se ele realmente quisesse tratar a educação nacional como prioridade poderia lutar por criar um imposto, vinculado exclusivamente à educação, sobre os lucros bancários estratosféricos, sobre as grandes fortunas ou sobre transações bancárias.


Quem sabe, tocado pela situação, o Congresso Nacional, com sua casta recém-contemplada com aumentos de verbas, poderia voltar atrás no aumento do Fundo Partidário e o senhor Eduardo "dia do orgulho heterossexual" Cunha anunciaria que os líderes partidários resolveram que melhor seria abrir mão de tal aumento em prol da defesa do orçamento da educação.


Em uma hora de miséria nacional, não custa delirar um pouco.

QUAL É A VERDADE?



  

Márcio Doti


Se o objetivo é trazer para o plano da política toda a imensa crise que se estampa diante de nossos olhos, então, digamos que as instituições brasileiras vão bem. Mas, se queremos a verdade, a partir de onde podemos buscar as verdadeiras soluções para os problemas nacionais, então, devemos dizer que as instituições não vão bem.

A começar pelo Judiciário, digamos que a quase totalidade da nossa corte mais alta, o Supremo Tribunal Federal tem em seus cargos de ministro pessoas indicadas pelos governos do PT, de Lula a Dilma. Isto não significa que essas pessoas vão abandonar as suas convicções para votar naquilo que interessa ao governo, todavia, a boa regra é aquela que ao invés de apostar, evita as possibilidades. E quando o PSDB conduziu o país para a reeleição, deveria ter pensado em modificar as formas de escolha das altas cortes.

E, a propósito, ninguém até agora entendeu o encontro entre a presidente Dilma e o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, na Europa, cada um deixando o curso de sua viagem para uma reunião em Portugal, da qual participou, também, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A mais alta autoridade do Executivo brasileiro e o mais alto representante do Judiciário brasileiro despacham na mesma praça onde poderiam se encontrar à vontade.

Sabemos que a presidente Dilma Roussef terá que apresentar ao Tribunal de Contas da União, o TCU, as explicações para as chamadas “pedaladas” que deram entre outras irregularidades, na execução orçamentária do ano passado, tudo isto somando distorções de R$ 281 bilhões. O TCU, que é um órgão de assessoramento do Congresso em sua missão de fiscalizar o Executivo, analisará as explicações da presidente e emitirá um relatório dirigido ao Congresso, aprovando ou reprovando as contas que a partir daí serão julgadas pelos congressistas. E a presidente já antecipa que se o TCU rejeitar suas contas, vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal.

É nesse ambiente e com essa expectativa que surgem no Legislativo brasileiro duas situações novas. Numa delas, exatamente no dia em que o TCU abriu prazo para as explicações da presidente, a Comissão de Fiscalização.

Financeira e Controle da Câmara dos Deputados incluiu na pauta uma proposta apresentada em 2013 e que submete o tribunal à fiscalização administrativa da Controladoria Geral da União, um órgão do Poder Executivo, voltado para a fiscalização na esfera do próprio executivo. Ao mesmo tempo, foi posta para andar uma proposta apresentada em 2007 estabelecendo que ministros do TCU tenham mandato de três anos ao invés de se manterem no cargo até os 75 anos, como atualmente.

Dirão alguns que as coincidências ou manipulações percebidas, todas capazes de exercer pressão sobre a corte de contas, são produto de maquinações políticas, o que é verdade, todavia, só são praticadas porque encontram ambiente e condição em nossas instituições mais altas.

Se a nossa política está confusa e conturbada, as nossas instituições estão correndo riscos porque ficamos ao sabor dessas ingerências e reações que não deveriam caber, em respeito aos cidadãos, à democracia e à seriedade que precisam existir para que sejamos respeitados como país e como nação.

TECNOLOGIA



Há 20 anos surgia o MP3, formato que revolucionou a música
Formato que comprime arquivos de áudio criou um "boom" de distribuição de músicas pela internet

Prêmios, condecorações e honrarias estão pregadas nas paredes do escritório do engenheiro alemão Karlheinz Brandenburg. Mas, diz a lenda que, durante muito tempo, o chefe do Instituto Fraunhofer de Tecnologia de Mídias Digitais (IDMT), com sede em Ilmenau, foi um dos homens mais odiados pela indústria fonográfica. Com sua equipe, Brandenburg desempenhou um papel decisivo no desenvolvimento do formato MP3, que há exatos 20 anos ganhava o nome que o tornou famoso.


Foto: Thinkstock
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O engenheiro diz que nunca encontrou alguém que tivesse raiva dele, mas chegou a conhecer vários profissionais do ramo fonográfico que, na época em que o MP3 ainda estava nascendo, não o levaram a sério. "Muitos dos grandes executivos da área até achavam que a tecnologia era interessante, mas diziam que era algo complicado de implementar", lembra. Hoje, o mundo da música é outro, e devido ao impacto causado pelo MP3, Brandenburg entrou para o hall da fama da internet.
Os olhos do alemão brilham quando ele fala da virada histórica que o MP3 proporcionou à tecnologia audiofônica, resultado de um misto de coincidências, trabalho duro e timing: entender o que acontece com a música quando ela é digitalizada, como o cérebro processa sinais de áudio, reconhecer a internet como o meio de difusão ideal e negociar com parceiros comerciais e com órgãos normalizadores internacionais para difundir o novo formato.
"Não éramos os únicos a trabalhar na compressão de arquivos de áudio, mas os outros cometeram muitos erros", afirma Brandenburg. Ele foi levado à área por seu orientador de doutorado. "Um analista de patentes havia lhe dito que isso era impossível, mas nunca se deve dizer isso a um pesquisador alemão", afirma, em tom de brincadeira. A ideia por trás do MP3 era permitir o máximo de compressão de arquivos de áudios com perda mínima de qualidade sonora.
O MP3 permitiu criar arquivos de músicas relativamente pequenos se comparados aos demais formatos existentes na época, como o WAV. Com o novo formato passou a ser muito mais fácil enviar esses arquivos pela internet, o que, em poucos anos, gerou um boom de distribuição de músicas pela rede. Logo surgiram também os primeiros players portáteis de MP3 e as redes de compartilhamento de arquivos na internet, como o Napster .

Rico com o MP3

O MP3 trouxe a Brandenburg mais do que reconhecimento. "Segundo meus padrões, posso dizer que sou uma pessoa rica", diz. Pela legislação alemã, os inventores de uma tecnologia participam de seus lucros. A Associação Fraunhofer também recebe uma quantia milionária todos os anos. Fabricantes de equipamentos de som e computadores que utilizam a tecnologia desenvolvida pela associação têm de pagar por ela.
Por um tempo, continuará sendo assim. Na maior parte dos países, as patentes perdem a validade algum dia. Na Alemanha, por exemplo, isso acontece depois de 20 anos, o que também é o padrão da Organização Mundial do Comércio (OMC). Os efeitos do fim de uma patente, contudo, podem ser aliviados pelo fato de que o Instituto Fraunhofer continua indo adiante no campo da compressão em áudio, desenvolvendo novas tecnologias.
O brilho nos olhos de Brandenburg retorna quando ele menciona a próxima aposta. "Será algo como os holodecks de Jornada nas Estrelas. Não será possível apenas escutar a música, mas vivenciar toda a atmosfera de um clube de jazz", diz.

Rodeado por alto-falantes

Isso não é algo completamente novo, mas já seria uma novidade se funcionasse. No subsolo do instituto, o gerente de projetos Christoph Sladeczek demonstra o futuro do áudio imaginado por Brandenburg. Sladeczek apresenta a invenção sentado em frente a dois monitores. À esquerda há uma mesa de mixagem virtual, e, na tela da direita, uma cópia da paisagem sonora que é produzida no laboratório.
Em volta, na parede pintada de preto, 12 alto-falantes tocam uma música pop. Nada de extraordinário à primeira vista. Então, Sladeczek encosta no mouse, clica num ícone com uma fonte sonora e o arrasta do canto superior esquerdo até abaixo, à direita. De repente, a cantora está atrás do ouvinte, que pode caminhar na sala e posicionar ao lado dela.
A tecnologia por trás da paisagem sonora é baseada na síntese do campo acústico, desenvolvida nos anos 80 na cidade holandesa de Delft. Um computador envia um sinal de áudio para cada alto-falante da sala e, assim, gera uma superfície de onda que correspondem a uma fonte sonora natural, como uma voz ou um instrumento.
Agora Sladeczek está sentado perto da bateria e acompanha, empolgado, a batida. "O som está mixado de maneira ideal para esta sala e, para isso, precisamos de muito menos alto-falantes que antes", destaca. Uma versão anterior do projeto precisava de 81 caixas – o que arruinaria qualquer decoração de uma sala de estar.

FEITO HISTÓRICO



Sonda New Horizons, da Nasa, atinge ponto mais próximo de Plutão
Feito inédito foi nesta terça; equipamento ficou a 12,5 mil km do planeta anão.
Dados coletados devem ser transmitidos para a Terra somente de noite.
Eduardo Carvalho Do G1, em São Paulo 




Cientistas da Nasa comemoram a aproximação da sonda de Plutão, que aconteceu às 8h50 desta terça-feira (Foto: Reprodução/Nasa TV)

A sonda espacial New Horizons finalmente chegou ao ponto mais próximo de Plutão na manhã desta terça-feira (14), de acordo com a agência espacial americana (Nasa), responsável pela missão.
Depois de viajar por nove anos, o equipamento conseguiu ficar a uma distância de 12.500 km do planeta anão – o ponto mais próximo que o equipamento conseguiria alcançar.
Tal fato vai colaborar com a ciência para analisar mais detalhes sobre a superfície e a temperatura de Plutão e de sua região, chamada de Cinturão de Kuiper.
Às 8h50, horário de Brasília, o relógio com a contagem regressiva da Nasa zerou, o que, de acordo com os especialistas, era um indicativo de que a sonda teria feito a aproximação prevista.
O astrônomo Cássio Barbosa, blogueiro do G1, explica que nenhum dado deve ser transmitido nesta manhã, já que a New Horizons precisa estar silenciosa para captar o máximo de informações sobre Plutão e sua maior lua, Caronte.
Segundo ele, só por volta das 22h desta terça é que a sonda "deve ligar para casa". "Vai ser uma breve comunicação da situação da nave, literalmente para dizer que a nave está viva, que ela sobreviveu à passagem tão próxima de Plutão e Caronte", explicou Barbosa em post do blog "Observatório".
As informações principais, incluindo fotos de altíssima resolução, serão enviadas na quarta-feira (15), durante uma transmissão de dados mais longa.
Trajetória
A sonda foi lançada em 2006, dos Estados Unidos, a bordo do foguete Atlas. Ela viajou até Júpiter e usou a gravidade desse planeta como um estilingue para acelerar sua velocidade.
Desde então, a sonda ficou adormecida e viajou pelo espaço até ser reativada, em dezembro do ano passado.
Sete instrumentos que estão a bordo da sonda vão captar essas imagens, que serão transmitidas para a Terra. O tempo de transmissão dos dados de Plutão até a Nasa, nos Estados Unidos, é de quatro horas e meia.
A New Horizons viaja pelo espaço carregando as cinzas do cientista Clyde Tombaugh, que descobriu Plutão em 1930, além de outros itens, como duas bandeiras americanas.


Imagem divulgada por volta das 8h desta terça mostra uma nova foto colorida de Plutão capturada pela New Horizons nesta segunda-feira (13), 16 horas antes da aproximação (Foto: Nasa)

Nesta segunda (13), os cientistas divulgaram que o planeta anão é maior do que se previa. Plutão, antes considerado o nono e mais distante planeta do Sistema Solar, tem um diâmetro de cerca de 2.370 quilômetros, cerca de 80 quilômetros a mais do que previsões anteriores.

Agora ele é oficialmente maior do que Eris, um dos centenas de milhares de miniplanetas e objetos parecidos com cometas que circulam o Cinturão de Kuiper.

Segundo a agência Reuters, ser um pouco maior significa que Plutão consiste significativamente de mais gelo e um pouco menos de água do que o previsto, um detalhe importante para cientistas determinarem a história de como ele e o resto do Sistema Solar foram formados.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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