segunda-feira, 11 de maio de 2015

VIDA MAIS PRAZEROSA



Você complica demais a sua vida?
Descubra se está direcionando suas energias de forma a aproveitar cada momento do dia


 Que atire a primeira pedra quem nunca fez drama por causa de um problema que nem era tão grande assim. Ou não levou horas para resolver algo que teria solucionado rapidinho, se tivesse pedido ajuda. Muitas vezes, a resolução é simples, mas não conseguimos enxergá-la por teimosia, orgulho ou até mesmo cansaço do dia a dia. Conclusão: a vida vira um cavalo de batalhas — os relacionamentos desandam e o bom humor desaparece.
O mundo atual nos exige demais. Se não elegermos prioridades, sofreremos por não dar conta de tudo”, comenta a psicóloga Marina Vasconcellos*. Segundo a psicóloga Miriam Barros**, o grande erro é gastar energia excessiva e desnecessária em tarefas que podem (e devem) ser fáceis. Para ajudá-la a mudar de atitude, conversamos com especialistas e reunimos dicas para você tornar a vida mais simples e prazerosa em todos os sentidos.

COLOQUE ORDEM
Sabe a história de que a sua bagunça é organizada? Isso atrapalha a rotina. Afinal, viver em um ambiente desorganizado a faz perder tempo procurando as coisas. Assim, as ideias travam por falta de foco. “Doe o que não usa mais, reorganize o quarto, a casa e o ambiente de trabalho. A arrumação vai se refletir no seu interior, promovendo uma reorganização mental, uma sensação de mudança positiva”, diz a psicanalista Priscila Gasparini (SP).

XÔ, RAIVA!
O término de um relacionamento ou a perda de um emprego, por exemplo, pode fazer você acumular mágoas que devoram energia. Muitas vezes não é fácil se livrar da raiva, mas com determinação é possível chegar lá. “Devemos aprender com os nossos erros e frustrações. O melhor é analisar o que foi compreendido nessas situações, o lado bom e o ruim de cada uma delas, para não errar novamente. A partir daí, tente examinar o quadro levando em conta a razão e não a emoção — e use o resultado disso para novos objetivos”, orienta Priscila. 

ESTABELEÇA LIMITES
 Deixe para papear com a amiga na hora do almoço ou verifique o seu e-mail pessoal só ao chegar em casa. Pode parecer bobagem, mas criar pequenas regras faz diferença para terminar o dia com a sensação de dever cumprido ou, melhor ainda, de que ainda há tempo para se divertir. “Assim você consegue equilibrar o tempo do lazer e o das obrigações”, esclarece Marina Vasconcellos.

ADOTE UMA AGENDA
Você certamente já deixou de fazer algo importante porque se esqueceu. Para não acontecer de novo, anote tudo em uma agenda — vale tanto a de papel quanto a do celular, que até nos alerta dos compromissos quando programada. Bilhetes deixados em lugares estratégicos também são úteis para nos lembrar de providências a serem tomadas, compras ou compromissos. 

ELIMINE A NEGATIVIDADE
Não vai dar certo”, “isso não é para mim”... Se você tem esses pensamentos, as crenças negativas sabotarão a sua vida! Segundo Miriam Barros, questionar em quais situações elas se mostraram verdadeiras é a melhor forma de se livrar delas. Você verá que nem tudo foi tão ruim e difícil quanto parecia. “Simplifique a análise dos fatos.  E tenha em mente: para  as coisas acontecerem, é preciso assumir riscos”, orienta.

REIVINDIQUE  O SEU TEMPO
Em vez de reclamar que não tem disponibilidade para fazer as coisas de que gosta, dê um basta na situação. “O nosso tempo é precioso, temos que organizá-lo com um bom planejamento. Devemos nos dedicar à família, ao trabalho, ao lazer e ao descanso; se formos disciplinados, isso é possível. Mas é preciso criar regras e cumpri-las. Assim, a qualidade de vida melhora muito”, comenta a psicanalista Priscila Gasparini. “Gaste meia hora para planejar o seu dia. Esses minutos podem lhe render muitas outras horas livres para fazer coisas que lhe darão muito mais prazer”, recomenda Miriam Barros.

Fontes: * Terapeuta familiar e de casal ** Especialista em terapia familiar, psicodrama e coaching

MORATÓRIA




Rafael Sanzio

Com os juros estratosféricos cobrados do consumidor final subindo ainda mais, quem já anda com a corda no pescoço está diante do risco de as dívidas se tornarem uma bola de neve incontrolável. Afinal, com taxas de 220% ao ano no cheque especial e de 345% no rotativo do cartão, conjugadas com a facilidade de obter crédito em vários bancos, não é difícil o consumidor cair na armadilha de pegar um empréstimo para rolar outro.

A oferta abundante de crédito, aliada aos juros altos, é o caminho para o superendividamento. Quem está nessa situação compromete mais de 30% da renda com prestações. Mas há quem atinja patamares de 100%, em uma ciranda interminável.

Com a dívida em um ponto crítico, a saída é mudar o estilo de vida. Pagar juros indefinidamente escraviza o devedor e o deixa cada vez mais pobre. Se houver bens a vender – menos a casa da família, claro – para quitar as dívidas, essa pode ser a saída. Cortar despesas supérfluas ajuda. Mas, se mesmo após vender algum bem e cortar despesas o débito continuar impagável, vale tentar renegociar com o credor. Com uma ressalva: só feche acordo se as novas condições couberem no seu orçamento.

É na renegociação que reside o problema. Um ex-executivo do setor financeiro revelou a esta coluna que, mesmo na repactuação das dívidas, os bancos gostam de regras leoninas. Muitas vezes, o gerente tem na manga opções de taxas de juros menores para a dívida renegociada, mas a orientação é continuar esfolando o cliente.

Não é por acaso que a inadimplência – com atraso superior a 90 dias – de créditos renegociados de pessoas físicas ficou em 16% em março, conforme o Banco Central, ante 3,7% no crédito às famílias. Portanto, se a renegociação não estiver boa, jogue duro e demonstre que não pode arcar com condições irreais.

Se nada resolver, é o caso de analisar a possibilidade de uma moratória. Suspender o pagamento por absoluta falta de condições e se preparar para a briga após virar a mesa sobre os credores. Os telefonemas dos cobradores não vão parar, haverá ameaças de processos e até mesmo ações judiciais, com direito a intimações por oficiais de Justiça. Mas se o devedor só tiver a casa da família, os credores não terão o que penhorar.

Com o tempo – e será longo –, os credores vão amaciando diante da perspectiva de não receber e acabam abatendo juros. O devedor não vai pagar menos do que pegou emprestado, e nem deveria, lógico, mas ao menos conseguirá liquidar o débito em condições mais justas.

No entanto, o caminho para pagar todas as dívidas será sofrido e cheio de privações, pois o inadimplente só terá sua renda para fazer compras. Esse calvário, porém, não será em vão. Servirá para aprender a gerenciar o orçamento e não cair na tentação do crédito fácil de novo, quando o nome estiver limpo.

A propósito, a jornalista Mara Luquet publicou em 2006 o livro “Tristezas não pagam dívidas – como domar seus credores e colocar as contas em dia” (Editora Saraiva), que conta uma história pessoal de endividamento e o caminho encontrado para solucionar o problema. Ainda pode ser encontrado nas livrarias e é de grande valia para os superendividados.

TALENTO



O Brasil vive uma das piores crises da sua história

Mauro Bernacchio 



Cada uma das setas do desenho acima representa um fator da crise: desemprego, inflação, juros, câmbio (dólar) e falência do sistema político/judiciário/corrupção.
E todos os fatores apresentam perspectiva de piora. Cada fator alimenta o outro, gerando um círculo vicioso e crescente.
Para não me estender muito, abordarei apenas o desemprego e a inflação, assuntos com novidades recentes.
No final da semana passada o IBGE informou que o desemprego cresceu para 7,9% e a inflação subiu para 4,56% até abril, sendo que a meta do governo era de 4,5% para todo ano de 2015.
E a tendência para o restante de 2015 e para 2016 é piorar ainda mais.
Vejam os motivos.
São 32 milhões de pessoas afetadas pelo desemprego ou sub-emprego (incluindo os dependentes). É o maior número de todos os tempos. No passado tivemos índices maiores, mas a população era menor, afetando menos pessoas.
As famílias com alguém desempregado passam a consumir menos, o que diminui a receita das empresas e faz com que elas sejam obrigadas a demitir mais pessoas e aumentar o preço de venda, o que gera mais inflação. Vira uma grande bola de neve que só cresce.
O aumento da inflação tem o mesmo efeito, pois baixa o poder de compra dos salários.
O valor da aposentadoria é muito baixo. Com isso as pessoas se aposentam e continuam a trabalhar, dificultando o acesso de jovens profissionais ao mercado de trabalho.
É muito fácil comprovar isso tudo.
Veja quantas pessoas você conhece que estão desempregadas ou sub-empregadas.
Ande por uma avenida comercial de sua cidade e veja quantos imóveis estão com uma placa “Aluga-se”. Nesse local havia um comércio ou escritório com um proprietário e vários empregados e que fechou.
Seu padrão de vida melhorou ou piorou nos últimos tempos?
Para salvar o emprego ou negócio próprio é preciso ser um Talento.
O Talento é o último a ser demitido (é ele que apaga a luz) e o primeiro a encontrar outro emprego. E também pode crescer dentro da empresa, mesmo com a crise.
As empresas possuem conceitos diferentes do que é ser um Talento.

Mas no geral, para se tornar um Talento é preciso:

1. Estabelecer metas ousadas e atingi-las ou superá-las;
2. Tratar muito bem os clientes;
3. Ter muita energia e trabalhar muito;
4. Criar indicadores de resultados diários. Somente o que é medido melhora;
5. Trabalhar com melhoria contínua (Kaizen). Hoje melhor do que ontem e pior do que amanhã;
6. Inovar;
7. Criar novos produtos ou serviços;
8. Buscar produtividade, ou seja, fazer mais com os mesmos ou menos recursos;
9. Focar incansavelmente a redução de custos;
10. Praticar a sinergia com os colegas e outras áreas;
11. Fazer o certo e não se importar com quem está certo. Sem vaidades;
12. Buscar a causa dos problemas e não somente “apagar os incêndios”;
13. Estar constantemente se capacitando;
14. Fazer acontecer e não ficar discursando e dando justificativas;
15. Liderar pela competência e não pelo cargo.

Seja um Talento, mantenha o emprego e cresça profissionalmente.
Para descontrair um pouco: não confundir Talento com “tá lento”.