terça-feira, 5 de maio de 2015

EMPREENDEDORISMO - A HISTÓRIA DA COCA-COLA





Aposta no marketing fez farmacêutico criar império Coca-Cola
Norte-americano comprou fórmula da bebida, que era venda como remédio, e fez a empresa decolar com investimentos em publicidade




Asa Candler investiu US$ 2,3 mil para adquirir uma marca que hoje fatura mais de US$ 78 bilhões por ano 

Em uma época em que quase ninguém dava importância para a publicidade, um norte-americano investiu forte nessa área e conseguiu criar uma das marcas mais reconhecidas do mundo. Trata-se de Asa Griggs Candler, que transformou um simples tônico para combater dores de cabeça em uma das bebidas mais vendidas do planeta e em um ícone da sociedade de consumo: a Coca-Cola.
Candler nasceu em Villa Rica, na Geórgia, em 1851. Foi um dos 11 filhos de Samuel Candler, um próspero comerciante e agricultor. Educado com uma firme ética de trabalho, herdada da formação metodista de sua família, ele entrou para o ramo farmacêutico na cidade de Atlanta, tornando-se um bem-sucedido fabricante de medicamentos.
Sua vida transcorreu em certa normalidade até 1888, quando conheceu o também farmacêutico John Stith Pemberton, que havia criado um tônico para dor de cabeça chamado Coca-Cola. Candler viu na bebida um potencial muito além do medicinal, e resolveu comprar a patente por US$ 2,3 mil.
Usando métodos de publicidade pouco comuns para a época, vendia o remédio como refrigerante. Entre as ações de marketing que promoveu esteve um anúncio de página inteira no “The Atlanta Journal”, lançando seu produto como uma bebida deliciosa, refrescante e revigorante.
O talento publicitário de Candler impulsionou as vendas da Coca-Cola, que cresceram quase dez vezes em 1892. Foi só então que ele decidiu abandonar a farmácia para dedicar-se exclusivamente ao novo projeto. Apoiado por seu irmão e mais quatro sócios, fundou a Coca-Cola Company, cujo capital inicial era de apenas US$ 100 mil.
No ano seguinte, patenteou nacionalmente o nome Coca-Cola. Para popularizá-la ainda mais, passou a distribuir cupons que valiam um copo grátis da bebida. Além disso, começou a produzir uma série de brindes com a marca, de calendários a relógios.
O grande aumento da demanda deixou claro que seria preciso abrir uma unidade fora de Atlanta. Assim, em 1894 a Coca-Cola fincou os pés em Dallas, e no ano seguinte vieram Chicago e Los Angeles. Ao mesmo tempo, Candler espalhou uma série de fábricas de engarrafamento em pontos estratégicos do país, facilitando a distribuição. Em pouco tempo o refrigerante já era conhecido em várias partes dos Estados Unidos.
Conforme a Coca-Cola crescia, Candler diversificou os negócios, investindo nos mercados imobiliário e bancário ao fundar o Central Bank and Trust. Seguiu firme no comando de seu império até 1916, quando foi eleito prefeito de Atlanta. Logo viu que a missão de resolver a caótica situação fiscal da cidade lhe tomaria tempo – decidiu, então, repassar o controle de suas empresas para os filhos. Teve de ajustar as contas do município e reconstruir boa parte da cidade após o grande incêndio de 1917, que destruiu 1.500 casas.
Em 1922, quando já havia terminado seu mandato, os filhos de Candler venderem a Coca-Cola para um consórcio de investidores.
Com a saúde debilitada, doou parte de sua fortuna para a Igreja Metodista. Em 1926, Candler sofreu um acidente vascular cerebral que o deixou praticamente incapacitado. Morreu três anos depois.
Graças às ousadas ações de marketing no passado, a Coca-Cola seguiu crescendo mesmo após a morte de Candler, e hoje é a quinta maior empresa do mundo em faturamento: US$ 78,4 bilhões em 2013 (nada menos do que 34 milhões de vezes mais do que o investido por Candler para adquirir os direitos sobre a bebida). Até hoje, a marca conta com um dos maiores orçamentos publicitários do mundo, o que faz com que a cada segundo sejam consumidas 10.450 unidades de suas bebidas.


sexta-feira, 1 de maio de 2015

ROMBO DO BNDES



Governo quer usar R$ 10 bi do FI-FGTS para cobrir BNDES
A pressão partiu do ministério da Fazenda; inicialmente a pasta pediu R$ 15 bilhões

O governo pretende usar US$ 10 bilhões do fundo FI-FGTS com recursos do FGTS para ajudar o BNDES a fechar suas contas em 2015. A ideia é que o fundo, administrado pela Caixa para investir em projetos de infraestrutura, cubra um terço do rombo, informa o jornal Folha de S.Paulo



A pressão partiu do ministério da Fazenda. Inicialmente, a pasta pediu R$ 15 bilhões com a prerrogativa de que o dinheiro seria destinado ao plano de novas concessões do governo federal.  Contudo, o jornal indica que o dinheiro será usado para cobrir dívidas do BNDES, que, não terá repassas do Tesouro – ano passado o repasse foi de R$ 60 bilhões ao banco de fomento.
O pedido formal foi feito na última quarta-feira (29). Pelas regras, o FI-FGTS não pode investir em bancos, privados ou públicos, seria necessária uma mudança nas regras do fundo, que cabe ao conselho curador do FGTS. No primeiro ano de atuação, o fundo recebeu R$ 7 bilhões em debêntures (título de crédito) do BNDES, sendo que entre R$ 3 bilhões e 4 bilhões já foram pagos.
Composto de 24 membros, o conselho é contra a ação, mas a maioria é do governo – tanto que o BNDES acredita que a operação terá sucesso. A decisão então volta ao FI-FGTS e seus 12 integrantes, com 9 votos a mudança é aprovada.
O BNDES diz não ser possível avaliar sua necessidade de recursos, mas é menor que 2014, avaliada em R$ 188 bilhões. Além do FI-FGTS, o banco de fomento tentará captar US$ 15 bilhões com a emissão de papeis do banco no País. 

COMENTÁRIO:
Qual a repartição do governo que dá lucro?  Nenhuma! Só prejuízos! Até os Bancos não dão lucro. Esse dinheiro do trabalhador vai sumir e faltará no futuro.

SPOCK



  

Paulo Adyr Dias do Amaral

Diário de bordo: data estelar 272201.5. Entendo o drama do capitão Kirk. Toda vez que se encontrava em apuros, ou diante de algum enigma indecifrável, clamava por Spock. Não é sem razão. O vulcano, primeiro oficial da Frota Estelar, era infalível. Com seu raciocínio lógico, sua espetacular concatenação de ideias, sua cultura fenomenal e extremo rigor científico, logo resolvia a questão com um pé nas costas, desvencilhando a tripulação, com inigualável elegância e serenidade, de todas as tormentas. O triunvirato formado pelo capitão James T. Kirk, o médico Leonard McCoy e o oficial de Ciências Spock parecia mesmo invencível.
Agora Spock se foi. Quem doravante nos ajudará a desvendar os enigmas do universo? Que nome invocaremos daqui por diante? Tais perguntas calam fundo em nosso espírito, nestes tempos tão sombrios. Isso porque o trio Kirk-McCoy-Spock ficaria perplexo se soubesse do destino que nossa nave tomou. Bem distante de Star Trek, assumimos o roteiro de Lost in Space (Perdidos no Espaço).
O posto de capitão, outrora ocupado pela liderança perspicaz e corajosa de Kirk, está agora entregue a uma chefa, que assim se denomina, obrigando todos a pronunciar de forma articulada o A final, para destacar uma feminilidade que nunca teve. Muito distante dos caminhos do desenvolvimento, conduziu-nos à estagnação e crescimento zero.
Spock jamais subestimou o inimigo. Sabia do perigo que representava a expansão do Império Klingon. E não hesitava em usar a força contra eles. Não é como a Grande Chefa, que nos coloca a patética proposta de dialogar com os klingons, correndo o risco de retornar decapitada (o que, aliás, seria uma bênção).
McCoy, notável médico-cientista, muito se queixou da falta de estrutura dos hospitais, da falta de vagas para doentes e feridos, da falta de leitos, equipamentos e medicamentos. Por vezes destacou que faltavam até mesmo macas para o transporte dos enfermos. Evidenciou a falta de investimento e o descaso para com a saúde. E protestou contra honorários que, de tão miúdos, aviltavam a honrosa profissão que exercia com tanto orgulho. Para sua sorte, faleceu em 1999. Teria sido humilhado hoje, ao perceber a “solução” ofertada pela Granda Chefa: a importação de médicos oriundos de um estranho planeta chamado Cuba. Só serviu para que outros doutores (que nem sequer tiveram liberdade para escolher a profissão) testemunhassem o descalabro que ocorre aqui.

Feijão com arroz
Finalmente, no posto de primeiro oficial, foi colocado um engenheiro naval (premissa de naufrágio). Alguém disse que seu nome é Levy, mas deve ser engano. Parece mais Levamos: Levamos Tinta, Levamos Chumbo ou coisa parecida. O pretenso especialista nada mais fez, até agora, que o trivial: mais tributos, crédito mais caro e corte de benefícios. Feijão com arroz, qualquer um sabe fazer.
Spock teria feito muito melhor. Conhecedor da matemática, da filosofia e das finanças, e tendo estudado as melhores pesquisas de Bernard Appy, logo percebeu o tema no aspecto microeconômico: internacionalizar é uma necessidade empresarial; ou o empresário se torna um player na sociedade internacional ou logo será engolido pela economia de escala. E também no plano macroeconômico: a internacionalização das empresas está diretamente ligada ao tamanho do PIB. Por isso, Spock jamais confundiu investimentos internacionais com sonegadores em busca de paraísos fiscais.
Já a Granda Chefa incentiva: seja pequeno. Encolha. E venha aderir ao Simples. Volta Spock! Aciona a dobra fator 9,65 (velocidade Warp) da Enterprise e tira-nos do pântano! Somente assim será possível concretizar o lema que nos deixaste: Vida longa e próspera! E a Federação Intergaláctica ainda há de reconhecer: bem melhor que importar médicos de Cuba, será importar presidentes de Vulcano. Spock!

Professor de Direito Tributário do Ibmec/MG
 

quinta-feira, 30 de abril de 2015

TORNOZELEIRA ELETRÔNICA



Saiba como funciona a tornozeleira eletrônica que vigia réus da Lava Jato
Márcio Padrão
Do UOL, em São Paulo


                           Modelo de tornozeleira usado para monitorar presos

Na terça-feira (28), Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, e mais oito empreiteiros que foram presos pela Polícia Federal por suspeita de participação na operação Lava Jato receberam liberdade condicional por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Os réus passam a usar tornozeleiras eletrônicas e cumprirão prisão domiciliar. Recente no Brasil, a tecnologia é adotada como alternativa para frear o encarceramento em massa no país.
Seu uso se tornou mais comum há cinco anos, a partir da lei 12.258/2010, que alterou a Lei de Execução Penal (7.210/1984), para que o aparelho pudesse fiscalizar a saída temporária e a prisão domiciliar de condenados que receberam tais benefícios.
Posteriormente, a lei 12.403/2011 alterou o Código de Processo Penal (Decreto-Lei 3.689/1941) para incluir a monitoramento eletrônico como medida cautelar, em vez da prisão. A estratégia visa reduzir a quantidade de réus que aguardam presos o julgamento de seus processos --o equivalente a 41% da população carcerária nacional, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça.
São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Alagoas, Bahia, Goiás, Paraíba, Maranhão, Minas GeraisEspírito Santo, Tocantins e Santa Catarina estão entre as unidades federativas que já usaram ou usam o equipamento. Em alguns deles, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça repassa recursos por meio de parcerias.

Funcionamento
Quando um réu deixa a prisão e passa a usar a tornozeleira, os deslocamentos do vigiado são acompanhados por uma central de monitoramento, que pode estar sob a responsabilidade da Administração Penitenciária do respectivo Estado que cuida do caso ou de uma vara de execução penal.
O aparelho utiliza o sistema GPS para mostrar a exata localização do detento no mapa. Quando ele sai da área de circulação imposta pelo juiz, o sistema emite um aviso e agentes entram em contato com o preso pelo celular para saber o motivo.
Algumas tornozeleiras possuem sistema de som, pelo qual a autoridade pode emitir avisos. O dispositivo funciona com bateria, cuja autonomia é de 19 horas, devendo ser carregado por duas horas.
Entre as medidas cautelares está a proibição de o investigado frequentar lugares como bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres. As tornozeleiras possuem sensores que identificam a proximidade do objeto com a pele, além de outros, que alertam para um eventual rompimento. Quando fica caracterizada a infração, o detento pode regredir de regime.

Custos
Segundo o Depen, o aparelho tem como vantagens evitar a superlotação de prisões e economizar custos ao poder público. Enquanto um preso custa, em média, R$ 1.800 por mês, a monitoração eletrônica de uma pessoa pode custar de R$ 200 a R$ 600 mensais, dependendo dos termos contratuais da empresa fornecedora dos equipamentos.
Pessoas consideradas em situação de vulnerabilidade dentro do sistema prisional, como gestantes, portadores de doenças infectocontagiosas, condenados maiores de 70 anos de idade, mulheres com filho menor e portadores de deficiência física ou mental, também podem receber o aparelho.
No entanto, o emprego mais amplo das tornozeleiras ainda esbarra em falta de verbas e burocracia. Em março deste ano, os dois acusados de terem acendido o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, Fábio Raposo e Caio Silva de Souza, não puderam deixar o presídio pela falta do equipamento. O contrato com a empresa fornecedora das tornozeleiras está sem pagamento desde junho por conta da crise fiscal no Rio de Janeiro.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, afirmou que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já autorizou a compra de 20 mil tornozeleiras, mas ainda não tem data de quando elas estarão disponíveis.
O Ministério da Justiça e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) firmaram uma parceria no começo de abril para assegurar a compra de tornozeleiras eletrônicas. Atualmente, há casos de presos que poderiam usar o equipamento, mas por causa da ausência de tornozeleiras suficientes, permanecem na penitenciária. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não soube estimar quantos serão comprados, mas o governo irá promover a compra em parceria com os Estados.

CRISE NO MERCADO DE BENS DE LUXO

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