sexta-feira, 29 de agosto de 2014

DICAS ELEITORAIS



MAIS UMA VEZ DIVULGAMOS ARTIGO DO EXCELENTE JORNALISTA EDUARDO COSTA SOBRE O PROCEDIMENTO DOS POLÍTICOS E ELEITORES.

Parece que foi ontem
Eduardo Costa (Jornalista)
Leia estas “dicas eleitorais” que, depois, te conto quem as escreveu e quando:

“Trate de se apresentar muito bem preparado ao discursar. Em campanha eleitoral, você precisa obter o apoio dos amigos e o apreço do povo. Faça amizades de todo tipo: para ter uma boa imagem, com homens de carreira e nomes ilustres (os quais, mesmo se não têm interesse em declarar seu voto, ainda assim conferem prestígio ao candidato). Três coisas levam os homens a dar apoio eleitoral: favor, esperança ou simpatia espontânea. Graças aos mais insignificantes favores, as pessoas são levadas a julgar que há motivo suficiente para declarar seu apoio. Quanto aos que são atraídos pela esperança, aja de modo a parecer disposto a prestar ajuda, e também de forma a perceberem que você é um observador cuidadoso das tarefas executadas por eles. O terceiro tipo é o apoio espontâneo, que será preciso consolidar expressando agradecimentos, adaptando os discursos aos argumentos que parecem sacudir cada adepto isoladamente, dando mostras de retribuir-lhes a mesma simpatia, sugerindo que a amizade pode transformar-se em íntima e habitual. Volte sua atenção para a cidade inteira, todas as associações, todos os distritos e bairros. Se atrair seus líderes à amizade, facilmente terá nas mãos, graças a eles, a multidão restante. Habitantes de cidades pequenas e da zona rural, se os conhecemos pelo nome, acham que privam de nossa amizade. Agora, cuidado com o seguinte: se alguém lhe prometeu fidelidade e você descobrir que tem duas caras, finja que não ouviu ou percebeu, se alguém, julgando que você suspeita dele, quiser atestar inocência, garanta com firmeza que nunca desconfiou do apoio que recebe nem tem por que desconfiar. Você deve ensaiar, até que pareça agir naturalmente; é preciso certa bajulação, a qual mesmo sendo viciosa e torpe no restante da vida, é imprescindível na campanha eleitoral. Outro conselho diz respeito a um pedido ao qual não seja capaz de atender: nesse caso, negue de modo simpático ou não, então, não negue de jeito nenhum; a primeira atitude é de um bom homem; a segunda, de um bom candidato. Todas as pessoas, no íntimo, preferem uma mentira a uma recusa. Cuide para que sua campanha seja brilhante, esplêndida e popular, que tenha uma imagem e um prestígio insuperáveis”.
O texto acima foi escrito por Cícero, em Roma, há 2077 anos, para seu irmão, Marco Cícero, candidato, em 63 a.C., ao mais alto cargo da República, o de cônsul, equivalente, atualmente, ao de presidente.
Então, amigos, podemos nos relaxar: enquanto o mundo for habitado por nós, humanos, vai ser esse faz de conta em que a gente tem dificuldades para identificar o que é pior: o candidato mentiroso ou o eleitor cínico, muitas vezes preocupado apenas com o próprio umbigo. O problema desse último é que posa de honesto, fala mal dos políticos e ainda estufa o peito para dizer que odeia a política. É o analfabeto político. Ufa!

PREVISÃO DE AUMENTOS SALARIAIS



PREVISÃO DE AUMENTO DE SALÁRIOS PARA 2015

SALÁRIO MÍNIMO

O salário mínimo deve ficar em R$ 788,06 no ano que vem. Isso é o que estima o governo no Projeto de Lei Orçamentária de 2015, enviado ao Congresso Nacional. O número representa um crescimento de R$ 64,06 ou 8,84% de aumento em relação a 2014. O mínimo hoje é de R$ 724,00. 

SALÁRIO DOS JUIZES DO STF 

O Presidente do STF também está enviando para o Congresso Nacional um projeto prevendo um aumento de 22% nos salários dos ministros do STF para 2015. Isto representa um aumento de R$ 6.000,00 mensais para cada ministro. Hoje o salário mensal dos ministros do STF é de R$ 30.000,00 e passará para R$ 36.000,00.
O aumento dos salários dos ministros do STF representa um aumento em cascata para vários órgãos como: Legislativo, Judiciário e Executivo. 

COMENTÁRIOS

O governo alega que não pode dar um aumento maior para o salário mínimo porque tem muitos aposentados que recebem salário mínimo e este aumento poderia quebrar a previdência.
Segundo o DIEESE, o salário mínimo teria que ser de R$ 3.079,31, isto é, 4,2 vezes maior que o atual, para suprir as necessidades básicas do trabalhador.
Pela Constituição, os salários dos ministros do Supremo são os mais altos do Poder Público e representam o teto que cada servidor pode receber mensalmente. Pelo texto, o aumento vale a partir de 1º de janeiro de 2015 e, se sancionado, provocará um efeito cascata tanto no Poder Judiciário como no Ministério Público, uma vez que os salários de juízes e procuradores são vinculados aos dos ministros do STF.
A elevação do teto do funcionalismo público pode abrir margem para que os próprios congressistas aumentem os respectivos contracheques e por cascata nas Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.
A diferença entre o rendimento atual e o futuro será de 22%. Como no Brasil o teto salarial do funcionalismo público é a remuneração dos ministros do STF, se a proposta for aprovada, haverá um efeito cascata, garantindo aumentos nos rendimentos de integrantes de toda a Magistratura e dos outros Poderes. Os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por exemplo, recebem salário correspondente a 95% da remuneração do STF.
Os demais magistrados do País recebem remuneração escalonada, de acordo com as categorias no judiciário, não podendo a diferença entre elas superar 10% ou ser inferior a 5%. Só no Supremo, a estimativa é de que o impacto anual do reajuste chegue a R$ 2.569.396,00. No Judiciário, o montante será de R$ R$ 646.341.314,00 por ano.
Esses e outros gastos com altos salários fazem diminuir os investimentos em educação, saúde, mobilidade urbana e segurança.

EMPREGABILIDADE



Quer ser um líder? Veja 7 características que precisam ser desenvolvidas

Existem profissionais que se esforçam constantemente para se transformar em líderes. Apesar disso, alguns não obtêm êxito nesse processo e acabam "patinando" por muito tempo sem saber o real motivo do fracasso. 
De acordo com o diretor executivo da Innovia Training e Consulting, Ricardo Barbosa, na maioria das vezes essas pessoas buscam apenas uma fórmula pronta e a seguem sem nenhuma reflexão sobre sua postura e qualificações.
"O grande segredo para liderar pessoas é conhecer a fundo sua personalidade e o que você faz, além de aprimorar a capacidade de ser convincente e motivador."
Segundo o executivo, existem 7 características essenciais que um bom líder precisa desenvolver antes de assumir um posto de comando na empresa.
Características para se tornar um líder
  • 1
Qualificação
O verdadeiro líder precisa dominar os processos de sua área de atuação e passar convicção disso. Busque o aprimoramento constante, seja por meio de leitura ou cursos de capacitação
  • 2
Autoconfiança
O profissional que quer tomar a frente de uma equipe precisa confiar em si mesmo para tomar decisões, arriscar e buscar novas formas de solucionar um problema que envolve vários setores. Acredite em você
  • 3
Iniciativa
Ter iniciativa proporciona destaque e mostra o quanto você é engajado e quer crescer. Agir é imprescindível para fazer os resultados aparecerem
  • 4
Controle
Um líder não pode esquecer que está no comando e que é possível delegar funções, mas não é adequado entregar todo o processo nas mãos da equipe, por mais competente e confiável que ela seja. Portanto, assuma o controle e crie métodos que possibilitem a visibilidade de todos os projetos em andamento
  • 5
Relacionamento
É importante saber interagir e passar nossas ideias para as pessoas. Quanto mais bem relacionado é o profissional, mais ele mostrará que é confiável e influenciará os que estão ao seu redor. Estabeleça bons contatos e proporcione um processo contínuo de troca de informações
  • 6
Adaptação
A capacidade de se adequar às novas realidades é uma qualidade buscada por muitos, porém alguns profissionais são resistentes e isso prejudica o seu crescimento. Procure entender as novas situações e se adapte. Isso influenciará os demais colaboradores a agir da mesma forma
  • 7
Solução de conflitos
É importante saber ouvir e mediar conflitos, mas não se deve tomar partido. Mantenha uma postura racional e evite reações que prejudiquem o clima. Discussões ríspidas e muito emocionais devem ser evitadas

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ESCOLA VIOLENTA



ENTREVISTA DO PROF. E SENADOR CRISTOVAM BUARQUE SOBRE VIOLÊNCIA NA ESCOLA E SUJESTÕES PARA MELHORÁ-LA.

ESCOLA VIOLENTA COM O ALUNO
Cristovam Buarque
Renata Mendonça
Da BBC Brasil, em São Paulo 

Um dos grandes defensores da educação como instrumento de transformação do Brasil, o senador Cristovam Buarque considera que o problema da violência na rede pública de ensino do país é gerado principalmente por causa da desvalorização da escola como instituição.

Em entrevista exclusiva à BBC Brasil, Cristovam afirma que a escola no Brasil "está sem moral". "A escola desvalorizada gera violência, e a violência desmoraliza ainda mais a escola. Os jovens sabem que saindo com o curso ou sem, de tão ruim que são os cursos, não vai fazer diferença, porque o curso não agrega muito na vida dele. Os alunos não veem retorno na escola", explica.

Ministro da Educação do governo Lula entre 2003 e 2004, Cristovam Buarque chegou a se candidatar à Presidência em 2006 levantando como principal bandeira a "revolução na educação de base". Ele acredita que só ela poderia resolver de vez o problema da violência e fazer com que a escola voltasse a ser respeitada no país.

BBC Brasil - Como o senhor define o problema da violência nas escolas do Brasil? Por que ele acontece?

Cristovam Buarque - A sociedade brasileira é uma sociedade muito violenta hoje, então as pessoas se sentem no direito de agir violentamente, às vezes, até não necessariamente com agressão física, mas com palavras.

As escolas estão rodeadas de traficantes, a violência do meio influencia. O outro é o fato de que a escola não é uma instituição valorizada e, ao não ser valorizada, as crianças também entram na mesma onda da não valorização, se sentem no direito de quebrar os vidros, se sentem no direito de levar as coisas pra fora.

Aqui mesmo na UnB (Universidade de Brasília), eu vi a enciclopédia britânica sendo rasgada, porque o aluno em vez de tirar o xérox da folha que ele precisava, arrancou a página e levou. Os próprios professores são tratados como seres sem importância, que ganham salários baixos. Além disso os jovens sabem que saindo com o curso ou sem, de tão ruim que são os cursos, ele sabe que não agrega muito na vida dele. Os alunos não veem retorno da escola.

BBC Brasil - Quais as consequências da violência na escola para a educação no país?

Cristovam Buarque - A escola desvalorizada gera violência, e a violência desmoraliza ainda mais a escola. Os professores hoje estão fugindo, porque o salário é baixo e há muito desrespeito com relação à profissão deles. Quando a gente analisa o concurso para entrar na universidade, o vestibular, os últimos cursos na preferência dos vestibulandos são pedagogia e licenciatura, isso gera um clima de desvalorização.

Para entrar em medicina são 50 por vaga, para pedagogia às vezes têm mais vagas que candidatos. Isso gera desvalorização. E aí as pessoas ficam quebrando as coisas, são violentas. Cria um ciclo vicioso. A desvalorização da escola aliada à violência do país induz à violência dentro da escola.

É preciso ter disciplina na escola, mas para o professor ser agente da disciplina, ele tem que ter moral. Só que a escola hoje está sem moral. Uma das coisas básicas da disciplina é o aluno chegar na hora. Como chegar na hora se nem o professor dele chega na hora? Se o professor dele ficou dois meses de greve?

O professor se vai um dia, não vai outro. A ausência do professor no Brasil é tão grande quanto a do aluno. Eles faltam igualmente. Então está faltando moral na escola.

BBC Brasil - Quais seriam as medidas a curto prazo para conter o problema?

Cristovam Buarque - Eu não vejo como resolver isso no curto prazo, só se for atribuindo Valium (calmante) para todo aluno, se colocar Valium na merenda. Brincadeira, mas é que é difícil ver uma solução a curto prazo. Qual o caminho a médio e longo prazo? Valorizar a escola, hoje o salário médio do professor na escola é R$ 2 mil, se você pagar menos do que paga para quem vai ser engenheiro ou médico, os melhores não vêm, eles não vão querer ser professores.

Você tem que ter um salário compensador, eu calculo R$ 9.500. Só que para merecer esse salário, tem que ter um processo muito rígido de seleção do aluno, para ver se a pessoa tem vocação, tem que quebrar a estabilidade plena de que o professor continue no cargo sem se aperfeiçoar, tem que ser uma estabilidade sujeita a avaliações.

Para a escola ser respeitada, o prédio tem que ser respeitado. As pessoas não saem quebrando shopping, porque é um prédio bonito, confortável. As crianças se sentem desconfortáveis na escola, por isso que elas são violentas. A verdade é que a escola é mais violenta com o aluno do que o aluno com ela. Ela obriga o aluno ficar sentado 6, 7 horas numa cadeira desconfortável, num prédio feio e mal cuidado.

Como fazer isso funcionar no Brasil a curto e médio prazo? Ir implantando isso por cidade. Leva 20 anos no país todo, mas precisa de um ou dois anos para fazer em uma cidade. E até lá, como faz? É o que estão fazendo, colocar polícia, bom diretor. A polícia tem que ficar longe da escola, mas no longo prazo. No curto prazo ela é uma necessidade, porque ela diminui a violência da sociedade que está na escola.

Além disso, é preciso identificar os alunos violentos. Um só jovem faz uma violência que desmoraliza a escola inteira. Então identificando os jovens que são agentes da violência você resolve o problema, levando ao psicólogo, tratando esse jovem.

BBC Brasil - O que o senhor acha do modelo de educação nas escolas de hoje?

Cristovam Buarque - Não dá para seduzir uma criança com métodos seculares como quadro negro, tem que ser computador, vídeo. O professor tem que ser capaz de cavalgar a tecnologia da informação, de se comunicar com a criança usando o computador. E finalmente a escola tem que ser 6h ou 7h por dia. O menino se comporta melhor na escola que ele fica o dia inteiro porque ela passa a ser um pouco da casa dele, a escola tem que ser a extensão da casa da criança.

BBC Brasil - Aprovou-se no ano passado a medida de destinar 10% do PIB pra educação. Esse dinheiro é suficiente? Então qual é o problema da educação hoje em dia (se não é dinheiro)?

Cristovam Buarque - O problema é dinheiro, mas não é só dinheiro. Se chover dinheiro no quintal da escola, a primeira chuva vira lama. Se aumentar muito o salário do professor agora, isso não vai mudar nada. Precisa de todas ações juntas, a revolução mesmo da educação. Para pagar os R$ 9 mil (para os professores), para construir as escolas novas, você precisa de 6,5% do PIB (na educação de base, sem contar investimentos nas universidades).

Esse negocio de 10% do PIB foi uma farsa. Por que não colocaram 10% da receita? Porque ao dizer que é do PIB, ninguém sabe de onde vai sair o dinheiro. O PIB não existe, ele é um conceito abstrato de estatística.

Para fazer a revolução a qual eu me refiro, nós precisamos para a educação de base R$ 441 bilhões em 20 anos, por isso que eu digo 6,4% do PIB. Se supõe que pré-sal vai dar R$ 225 bi, ele poderia ser uma fonte desse dinheiro. Eu peguei 15 fontes de onde a gente poderia conseguir esse dinheiro e com elas a gente pode chegar a R$ 750 bi. (Quais fontes?) São várias, não vou citar todas aqui. Mas por exemplo, quem vai querer um imposto sobre as grandes fortunas, reduzir publicidade do governo, eliminar subsídio que se dá para educação privada, porque se a pública vai ser boa, não precisa bancar a privada, ou então voltar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), só que fazer ela ser toda destinada pra educação, pegar 50% do lucro das estatais que vão pro governo, usar rentabilidade de reservas?

Tudo isso dá o dinheiro que a gente precisa. Não precisa dos 10% do PIB. Isso não existe. Eu defendo a federalização das escolas para tornar o ensino público uma referência no Brasil. Hoje, das 196 mil escolas públicas que nós temos, pouco mais de 520 são federais e essas são boas. A seleção do professor é mais cuidadosa, as instalações são melhores o regime de trabalho é melhor. Temos que levar esse padrão para todas as outras.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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