segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

NO BRASIL NÃO COMPENSA TER MAIS QUE UM CHIP NO CELULAR



Brasileiros estão abandonando hábito de usar mais de um chip no celular

Agência Brasil 











Brasileiros estão deixando de ter mais de um chip de celular

Para pagar mais barato nas ligações de celular, muitos brasileiros costumam ter mais de um chip no mesmo aparelho, ou usar vários aparelhos. Assim, é possível ligar para o número de uma mesma operadora pagando menos e, às vezes até de graça. Mas esse hábito está mudando no país, porque o preço das ligações entre operadoras diferentes vem sendo reduzido nos últimos anos.
“Isso reduziu o fenômeno do 'consumidor com todos os chips'. O motivo principal para ter os chips de todas as operadoras era economizar. Com preços menores de ligações para operadoras distintas, o consumidor percebeu que poderia ter somente um chip. Com isso, temos a redução do número de linhas, pois muitos planos pré-pagos estão sendo desativados”, explicou o pesquisador em telecomunicações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Rafael Zanatta, à Agência Brasil.
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com preços menores para chamadas entre operadoras diferentes, o mercado de múltiplos chips perdeu espaço, gerando cancelamentos dos consumidores que possuíam linhas móveis de diferentes prestadores. Entre outubro de 2015 e outubro deste ano, foram desligadas 26,3 milhões de linhas de celulares no país, uma queda de 9,62%. Só entre setembro e outubro de 2016, a queda foi de 3,5 milhões de linhas. Atualmente, o país tem 247,4 milhões de linhas de celulares ativas.
A queda maior foi na modalidade pré-paga. Em outubro do ano passado, 73,5% do total de clientes de celulares tinham linhas pré-pagas e, em outubro deste ano o percentual passou para 68,75%. A Anatel também aponta a desaceleração da economia como um dos motivos do encolhimento da base de acessos móveis.
Mudança de hábito
Outro fator apontado para a queda no número de celulares no país é a mudança na forma de comunicação dos brasileiros, que estão deixando de usar o telefone para falar e usando mais aplicativos de troca de mensagens. “As pessoas estão escrevendo mais do que falando. Preferem aplicações como WhatsApp e Telegram, pois são práticas e permitem uma comunicação mais fluida”, diz Zanatta.
Segundo ele, os consumidores perceberam que precisam de apenas um telefone celular com um bom pacote de dados de conexão. “Todo usuário de WhatsApp precisa da internet como suporte. As pessoas querem conexão a todo momento”, diz.
Impostos
As operadoras de telefonia apontam ainda outro motivo para a queda no número de linhas de celulares ativas no último ano: o aumento de impostos sobre o setor de telecomunicações em alguns estados. Segundo o diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, 12 estados aumentaram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a telefonia em 2016.
“Na medida em que você aumenta o imposto sobre a voz, você vai empurrando a população para os serviços de texto que não pagam imposto nenhum. É um contrassenso o que os estados estão fazendo”, reclama Levy.

SERÁ QUE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR RESOLVE? EU NÃO ACREDITO

Especialistas apontam alternativas para complementar o INSS

Filipe Motta 








Com a reforma da Previdência batendo à porta e empurrando o dia da aposentadoria para mais distante ainda, as opções de previdência complementar que pipocam no mercado aparecem como alternativas. Especialistas ressaltam que não há receita para rendimentos fáceis, mas que há várias opções mais interessantes do que a velha e manjada caderneta de poupança.
Pode parecer complicado mas, além dos já conhecidos planos de previdência privada (divididos em VGBL e PGBL), surgem como opções fundos de renda fixa, CDBs e Letras de Crédito Imobiliário e Agropecuário, Letras de Câmbio e os famosos Títulos do Tesouro. “Antes de escolher entre as alternativas, a pessoa precisa pensar que fará um investimento de longo prazo, uma reserva. Serão anos de vida profissional pela frente e é preciso disciplina para não retirar o recurso antes da hora”, aponta o analista de mercado e professor de finanças Paulo Vieira.
“Com 30 anos de contribuição é possível ter uma boa renda complementar guardando cerca de 10% do seu ganho mensal”, sugere o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, Reinando Domingos. Fatores como correção inflacionária, tempo que você vai querer desfrutar da sua renda complementar, depois de aposentado, e a incidência do imposto de renda sobre os rendimentos também precisam ser considerados na escolha.
“Um ponto importante é que quando a pessoa se planeja para a aposentadoria é preciso pensar o efeito da inflação no longo prazo. Falar que pretende ganhar R$ 5 mil é pensar num valor equivalente a R$5 mil no futuro” explica Vinícius Maeda, diretor de relações com investidores da consultoria Magnetis.

Segurança

Opção mais conservadora, a clássica caderneta de poupança tem rendido aquém da inflação, mas ainda atrai pela facilidade. A grande maioria dos analistas, porém, defende o abandono da poupança para opções como o Tesouro Direto Selic – uma das variações de títulos do Tesouro Federal. Ele tem grande liquidez (ou seja, assim como a poupança, pode ser sacado diariamente) e tem correção inflacionária feita de acordo com a taxa básica de juros, a Selic, definida pelo Banco Central.
Os títulos do Tesouro são considerados investimentos muito seguros por analistas, já que o risco de calote do gestor é muito baixo, pois significaria um calote do governo federal. Com esses títulos, é possível começar investimentos com valores baixos, como R$ 30. Ao contrário da poupança, no entanto, há cobrança de imposto de renda. Mas ela é regressiva, ou seja, quanto mais anos você deixar o dinheiro rendendo, menor a mordida do Leão.
Para quem não quer ver a cara do felino da Receita Federal, uma modalidade de investimento em alta são as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito Agropecuário (LCA), que, como o nome indica, são recursos aplicados pelas instituições em imóveis e na área rural. “São ótimos investimentos para médio prazo, que podem ser renovados para longo”, aponta o professor de finanças do Ibmec Ricardo Couto.
“Não há número mágico sobre o investimento mínimo a ser feito mensalmente. Vários fatores estão envolvidos, incluindo a taxa de juros, a inflação do período e quando se pretende iniciar a retirada. Quanto antes a pessoa começar, menos terá que contribuir mensalmente”
Vinícius Maeda
Diretor de relações com investidores da Consultoria MaGnetis

Mais de um investimento é caminho contra o risco

Outro investimento tradicional no mercado são os Certificados de Depósito Bancário (CDB). “Você chega com o dinheiro, e o banco fixa valores mínimos de remuneração. É um título de renda fixa em que é negociada a remuneração caso a caso. Se parece muito com o Tesouro Direto. Há vencimentos variados”, explica o professor de finanças Paulo Vieira.
E há sempre a opção dos fundos de investimento, geridos por bancos e financeiras. Os fundos são uma espécie de “condomínio de dinheiro”, explica Paulo, em que as gestoras investem em várias opções de negócio. “É sempre uma boa opção, mas é preciso ficar atento às taxas de manutenção”, alerta.

Aposta

Por outro lado, a Bolsa de Valores apresenta-se como alternativa para quem está disposto a ter retorno num prazo superior a cinco anos. “Depende de a pessoa ter apetite a risco, e também da idade em que se começa a investir. Para pessoas muito próxima da fase de retomar o recurso é complicado”, pondera Ricardo Couto, do Ibmec. Pesa contra a Bolsa também a complexidade das operações envolvidas.
Mas, independente da escolha, é sempre importante informar-se sobre como andam as oscilações do investimento feito para, em casos extremos, trocá-lo. Além disso, ponderam os especialistas, o ideal é sempre ter mais de uma opção. “É interessante a pessoa ter uma carteira de investimentos, não somente um. Combinar títulos do Tesouro, LCA e Bolsa de Valores, por exemplo”, diz Vinícius Maeda, da Magnetis.
Paulo Vieira lembra que há sempre a possibilidade de se contratar serviços de financeiras ou de gestores de finanças para cuidar do investimento, mas pondera que isso custa dinheiro e pode não valer à pena, dependendo do valor a ser investido.

MONITORAMENTO PELA INTERNET FACILITA

A analista de comunicação Stéphanie Bollmann, 27 anos, é um caso interessante de quem trocou a caderneta de poupança por outros investimentos. Ela conta que há quase dez anos juntava parte da renda na forma clássica. “No banco onde tenho conta diziam que era melhor deixar na poupança, que o dinheiro era pouco e não fazia diferença trocar de investimento. Eu, meio preguiçosa, sempre deixava do mesmo jeito”, diz ela.
No ano passado, no entanto, depois de conselhos de amigos e de pesquisar alternativas, ela decidiu aplicar parte do recurso em Letras de Crédito Imobiliário (LCI), no próprio banco. “Tentaram me empurrar outras coisas, como títulos de capitalização, mas insisti. Fiz um pequeno aporte em LCI para testar. Hoje, faço campanha para as pessoas abandonarem a poupança”, brinca.
Neste ano ela decidiu fazer outro investimento. Depois de uma pesquisa, optou por uma financeira, investindo nas chamadas Letras de Câmbio (LC). “Dá para fazer sozinha. Assim como no caso do LCI, fiz o investimento e monitoro pela internet. É claro que tem mais variáveis que a poupança, mas não é difícil controlar”, conta.




DESAVENÇAS ENTRE CHINA E EUA



Tensões continuam após captura de drone americano no Mar Meridional da China








Os choques políticos após a captura de um drone subaquático americano pelos chineses continuou neste domingo, mesmo após ambos os países terem dito que a China devolveria o dispositivo.

O senador John McCain disse que a atitude dos chineses era uma "violação flagrante da lei internacional" em uma entrevista à CNN, neste domingo. O presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado também criticou os Estados Unidos sobre o incidente, sugerindo que suas políticas têm incentivado países como a China e o Irã.

"Não há força por parte dos Estados Unidos da América. Todo mundo está tirando proveito disso. E espero que isso mude em breve", disse McCain.

Os comentários vêm após o Pentágono e o Ministério da Defesa da China terem dito no sábado que Pequim devolveria o drone, que foi capturado na quinta-feira, no Mar Meridional da China. Os chineses disseram que um navio de resgate da marinha do país recuperaram o que à época era um "dispositivo desconhecido" que representava um risco de segurança para navios e marinheiros.

China diz que Trump deve respeitar política da China única ou pode afetar paz

Qualquer mudança na política dos Estados Unidos que signifique o reconhecimento formal de Taiwan irá prejudicar "seriamente" a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e ainda minará as relações entre Pequim e Washington, afirmou um porta-voz do governo da China nesta quarta-feira. O porta-voz chinês, An Fengshan, disse que a violação ao princípio "afetará seriamente a estabilidade ao longo do Estreito de Taiwan".

No âmbito da política da China única, os EUA reconhecem Pequim como o governo da China e mantêm apenas relações extraoficiais com Taiwan, uma ex-colônia japonesa que rompeu com a China continental em meio a uma guerra civil em 1949. Pequim a considera, porém, parte de seus domínios. "A política da China única é uma fundação política importante para as relações entre a China e os EUA", disse o porta-voz a repórteres. "Se essa fundação foi perturbada ou minada, não pode haver diálogo para o desenvolvimento saudável e estável das relações EUA-China."

Trump quebrou um precedente diplomático ao falar por telefone com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, em 2 de dezembro. Há alguns dias, Trump disse em entrevista à rede Fox que poderia usar o reconhecimento dos EUA de Pequim como a China única para ganhar vantagens no comércio em outras áreas.

A última grande crise sobre Taiwan ocorreu em 1995, quando a China realizou exercícios militares e testes de mísseis perto da ilha, em resposta à visita do então presidente Lee Teng-hui de Taiwan aos EUA. Lee, porém, acabou vencendo a primeira eleição presidencial direta na ilha, em 1996.

Os EUA e a China são as duas maiores economias mundiais, com um comércio bilateral de bens e serviços que atingiu quase US$ 660 bilhões no ano passado.

Embora os EUA não desafiem a reivindicação chinesa de soberania sobre Tailândia, Washington continua a ser a principal fonte de armas para Taiwan, com US$ 14 bilhões em vendas de armas aprovadas desde 2009. Há ainda uma lei nos EUA que considera ameaças à segurança da ilha uma questão de "grave preocupação". Fonte: Associated Press.


O MUNDO É DOMINADO PELOS HACKERS



DO URSO RUSSO NO CIRCO

Stefan Salej 





No passado, não existia um bom circo que não tivesse algo da Rússia: ou eram os artistas (a Rússia possui uma das poucas escolas para artistas circensenses) ou então pelo menos um urso russo. Ele dançava, às vezes se mostrava preguiçoso até ganhar uns doces, mas era enorme e as crianças o adoravam. Não existia bom circo sem algo da Rússia.

Bem, na política internacional também parece que não há um bom circo sem a Rússia.Ou com artistas ou com ursos. As notícias da semana, que se concentram na expulsão dos rebeldes ou forças contrárias ao governo sírio da cidade de Allepo e na tragédia de proporções inimagináveis que isso representa do ponto de vista humano, têm russos no meio. O regime sírio só conseguiu essa vitória, se pode se chamar de vitória, com apoio de força aérea russa. Os russos mostraram, com apoio ao ditador sírio Assad, que continuam sendo uma potência militar e que, nos territórios considerados estratégicos por eles, não se brinca. Os Estados Unidos, mesmo enviando os aviões mais avançados do mundo para Israel, estão enfrentando, e parece que perdendo, as batalhas, do novo adversário velho, a Rússia.

Mas, é em outro campo que a batalha está mais interessante: as acusações de que a Rússia interveio nas últimas eleições dos Estados Unidos e mais: a favor do eleito Donald Trump. Bem, na verdade, Hillary Clinton se enterrou sozinha e nem precisou de ajuda. Sua estratégia deu errado. E que Trump, durante as eleições e depois, mostrou claramente que a Rússia não é o principal inimigo dos Estados Unidos, ninguém pode negar. Até a nomeação do novo Secretário de Estado, chefe da diplomacia norte-americana, teve como base a sua amizade com o presidente russo Putin e sua capacidade de tecer acordos favoráveis aos negócios norte-americanos.

Se for verdadeira a alegação de que os russos, através do uso da informática, influíram nas eleições, cabe uma outra pergunta ainda mais aterrorizante do que a afirmação do governo de Obama: os Estados Unidos perderam a guerra cibernética, onde a Rússia, mesmo com as sanções que lhe impuseram tanto os Estados Unidos como a União Europeia, está anos luz na frente da chamada maior potência militar do mundo, os Estados Unidos? Ou seja, os russos estão ganhando a guerra nas estrelas? Se os Estados Unidos podem nos espionar, os russos intervêm nos sistemas cibernéticos e mudam os resultados políticos?

É um mundo assustador, onde nos cabe vender minério, milho, soja e carnes, mas nessa guerra estamos na idade de pedra.

QUAL É A SABEDORIA DA JOGADA DE LULA

  Brasil e Mundo ...