segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

DESAVENÇAS ENTRE CHINA E EUA



Tensões continuam após captura de drone americano no Mar Meridional da China








Os choques políticos após a captura de um drone subaquático americano pelos chineses continuou neste domingo, mesmo após ambos os países terem dito que a China devolveria o dispositivo.

O senador John McCain disse que a atitude dos chineses era uma "violação flagrante da lei internacional" em uma entrevista à CNN, neste domingo. O presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado também criticou os Estados Unidos sobre o incidente, sugerindo que suas políticas têm incentivado países como a China e o Irã.

"Não há força por parte dos Estados Unidos da América. Todo mundo está tirando proveito disso. E espero que isso mude em breve", disse McCain.

Os comentários vêm após o Pentágono e o Ministério da Defesa da China terem dito no sábado que Pequim devolveria o drone, que foi capturado na quinta-feira, no Mar Meridional da China. Os chineses disseram que um navio de resgate da marinha do país recuperaram o que à época era um "dispositivo desconhecido" que representava um risco de segurança para navios e marinheiros.

China diz que Trump deve respeitar política da China única ou pode afetar paz

Qualquer mudança na política dos Estados Unidos que signifique o reconhecimento formal de Taiwan irá prejudicar "seriamente" a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e ainda minará as relações entre Pequim e Washington, afirmou um porta-voz do governo da China nesta quarta-feira. O porta-voz chinês, An Fengshan, disse que a violação ao princípio "afetará seriamente a estabilidade ao longo do Estreito de Taiwan".

No âmbito da política da China única, os EUA reconhecem Pequim como o governo da China e mantêm apenas relações extraoficiais com Taiwan, uma ex-colônia japonesa que rompeu com a China continental em meio a uma guerra civil em 1949. Pequim a considera, porém, parte de seus domínios. "A política da China única é uma fundação política importante para as relações entre a China e os EUA", disse o porta-voz a repórteres. "Se essa fundação foi perturbada ou minada, não pode haver diálogo para o desenvolvimento saudável e estável das relações EUA-China."

Trump quebrou um precedente diplomático ao falar por telefone com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, em 2 de dezembro. Há alguns dias, Trump disse em entrevista à rede Fox que poderia usar o reconhecimento dos EUA de Pequim como a China única para ganhar vantagens no comércio em outras áreas.

A última grande crise sobre Taiwan ocorreu em 1995, quando a China realizou exercícios militares e testes de mísseis perto da ilha, em resposta à visita do então presidente Lee Teng-hui de Taiwan aos EUA. Lee, porém, acabou vencendo a primeira eleição presidencial direta na ilha, em 1996.

Os EUA e a China são as duas maiores economias mundiais, com um comércio bilateral de bens e serviços que atingiu quase US$ 660 bilhões no ano passado.

Embora os EUA não desafiem a reivindicação chinesa de soberania sobre Tailândia, Washington continua a ser a principal fonte de armas para Taiwan, com US$ 14 bilhões em vendas de armas aprovadas desde 2009. Há ainda uma lei nos EUA que considera ameaças à segurança da ilha uma questão de "grave preocupação". Fonte: Associated Press.


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