Entenda
Planejamento sucessório tem sido pauta recorrente devido ao caso Gugu
- Ao contrário do que alguns podem pensar, seguro de vida não possui relação direta com inventário ou herança
- O valor do seguro de vida nem sempre cobre apenas os dependentes do segurado após a sua morte, mas pode também servir para abater gastos da pessoa ainda viva, em casos de acidentes ou doenças graves.
Os recentes conflitos em relação ao planejamento sucessório envolvendo o caso do apresentador Gugu, morto em 2019, têm movimentado a discussão sobre os direitos de herdeiros e as formas de planejar a sucessão do patrimônio ainda em vida. Uma das perguntas que surgem é como o seguro de vida entra na história.
Porém, quando se fala em seguro de vida, não há vínculo direto com a herança ou com o inventário de uma pessoa. O valor nem sempre cobre apenas os dependentes do segurado após a sua morte, mas pode também servir para abater gastos da pessoa ainda viva, em casos de acidentes ou doenças graves.
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Essa cobertura depende sempre do plano contratado. No entanto, ter um seguro de vida pode garantir um certo nível de estabilidade financeira para contratantes e seus dependentes, reduzindo o impacto que um imprevisto grave pode trazer.
Seguro de vida e herança: qual a diferença?
“Um contrato de seguro de vida estabelece que alguma pessoa, bem material ou outro objeto — chamado de segurado — possuem cobertura contra determinados riscos. Herança é o conjunto de bens, direitos e obrigações, que uma pessoa falecida deixa aos seus sucessores. Acúmulo de bens durante a vida. Seguro é um contrato estipulado entre o cliente e a seguradora”, explica Eduardo Ramirez, diretor da WIT Insurance.
Como explica Alberto Junior, CEO do Grupo Life Brasil, holding de seguros de vida, o seguro é uma opção para que, entre outras coisas, os herdeiros possam suprir custos estruturais relacionados ao inventário, por exemplo. Segundo Junior, esses gastos podem ser equivalentes a até 20% do patrimônio do falecido.
Seguro garante recursos financeiros mais rapidamente
Um dos benefícios de um seguro de vida é a velocidade em que os dependentes escolhidos pelo titular para receber os valores recebem a indenização. Segundo Alberto Junior, após o envio de documentação e a análise da seguradora sobre o caso — ela avalia se o caso se enquadra no risco contratado pelo titular — normalmente em até 30 dias os seguros são pagos.
Já a herança depende do inventário, um processo de levantamento de todos os bens de determinada pessoa após sua morte. “Através deste processo são avaliados, enumerados e divididos os bens deste para os seus sucessores” explica Eduardo Ramirez.
Quanto custa um seguro de vida
Além da própria abrangência do seguro, que pode incluir apenas cobertura para morte, mas também para acidentes e invalidez, por exemplo, os planos tem uma variável fundamental: a idade. Normalmente, o valor é maior para faixas etárias mais altas.
Entram também na conta fatores como o capital contratado e a exposição da pessoa a atividades de risco. “Se você é um esportista de esportes radicais, você terá o seu seguro agravado”, explica Alberto Junior. Nesse caso, pode ser que o valor pago à seguradora seja o mesmo que o de pessoas não expostas ao risco, mas há possibilidade de que o valor recebido seja menor.
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