quarta-feira, 12 de julho de 2023

DEPOENTE NA CPI DISSE QUE ATUALMENTE A AMAZÔNIA DIVIDE EM EM 3 ESTADOS PARALELOS

 

História por PODER360 

O ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo afirmou nesta 3ª feira (11.jul.2023) que “se surpreendeu negativamente” com a situação de organizações não governamentais na Amazônia. Deu a declaração ao prestar depoimento na CPI das ONGs, que investiga atividades de ONGs financiadas com dinheiro público no bioma.

Aldo Rebelo falou na condição de convidado, atendendo aos requerimentos apresentados pelos senadores Marcio Bittar (União-AC) e Nelsinho Trad (PSD-MS). Os congressistas consideram importante o depoimento, porque Aldo tem conhecimento em questões relacionadas ao meio ambiente e foi relator do Código Florestal.

Aldo Rebelo disse que, atualmente, a Amazônia, se divide em 3 Estados paralelos:

  • 1º Estado: “O oficial, das prefeituras, Estados e União, com suas agências e órgãos. Ele é anêmico, débil e deficitário em tudo”. 
  • 2º Estado: “Do crime organizado e narcotráfico, espalhando seus tentáculos pela Amazônia inteira, dominando os rios como vias de acesso para o tráfico nacional e internacional e ampliando seu poder social e econômico”. 
  • 3º Estado: “O mais importante e dominador. É o estado paralelo das ONGs, governando a Amazônia de fato, governando com o auxílio do Estado formal brasileiro, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do Ibama, da Funai, desse ministério que criaram agora dos povos indígenas, esse consórcio de agências do Estado brasileiro”.

Segundo Aldo, o cerne das organizações é garantir interesses de outros países na floresta. “Essas ONGs são apenas um instrumento, os interesses que elas representam estão lá fora. Se alguém perguntar se isso não é teoria da conspiração, a história da Amazônia é de conspiração, a Amazônia é cobiçada antes de ser conhecida”.

Sobre a CPI

A CPI das ONGs foi instalada em 14 de junho e investiga a atuação de organizações não governamentais na Amazônia. O foco é o financiamento dos grupos, incluindo recursos públicos, como do Fundo Amazônia, e verbas recebidas do exterior.

O colegiado tem como presidente o senador Plínio Valério (PSDB-AM). Segundo afirmou o senador ao Poder360, a CPI não busca “demonizar” as organizações. “A gente quer ir atrás das [ONGs] investigadas”, disse.

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