Felicidade e espiritualidade na mira da ciência – Relatório
Mundial da Felicidade revela o nível de investimento dos governos na
qualidade de vida de suas populações
Por
Danielle Blaskievicz – Gazeta do Povo
Brasil ocupa o 38.º lugar no Relatório Mundial da Felicidade| Foto: Pixabay
O
nível de satisfação de um povo é capaz de revelar se o governo local
investe para elevar a qualidade de vida da população ou está apenas
preocupado em se manter no poder. Há dez anos, o Relatório Mundial da
Felicidade traz o “ranking de felicidade dos países” a partir de dados
de pesquisas globais para relatar como as pessoas avaliam suas próprias
vidas em mais de 150 nações. Com o impacto das emoções na saúde da
população, questões como felicidade, espiritualidade, psicologia
positiva e neurociência se tornaram foco dos debates acadêmicos.
No relatório, que conta com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), a Finlândia aparece como o país mais feliz do mundo por cinco anos consecutivos. Já o Brasil ocupa a 38.ª posição no ranking. Na América do Sul, o Uruguai é o país com melhor classificação.
O assunto não é novo. Desde a Grécia Antiga os filósofos argumentavam sobre a importância de se trabalhar as emoções, o equilíbrio entre o corpo e a mente e coisas do gênero.
Conheça o curso de especialização Inteligência Espiritual, Carreira e Sentido da Vida da PUCPR
Felicidade, espiritualidade e saúde mental da população está no centro dos debates acadêmicos. | Pixabay
Hoje,
porém, com a vida acelerada, o excesso de informação, a
hiperconectividade, situações que foram agravadas ainda mais com a
pandemia de Covid-19, impulsionaram a Organização Mundial da Saúde (OMS)
a realizar este ano a maior revisão mundial sobre saúde mental desde a
virada do século, convocando governos, profissionais de saúde, sociedade
civil a desenvolver uma ação conjunta na tentativa de reverter as
estatísticas atuais que mostram existir quase um bilhão de pessoas com
algum tipo de transtorno mental no mundo.
Os cientistas resgataram o interesse pelo assunto e o impacto que as emoções podem ter em uma pessoa ou em uma sociedade hoje é amplamente estudado em universidades e fóruns de debates, dentro e fora do Brasil. Na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), por exemplo, existem vários cursos de especialização com essa abordagem, como é o caso da pós-graduação digital Inteligência Espiritual, Carreira e Sentido da Vida.
Gustavo Arns, idealizador do Congresso Internacional da Felicidade, é
um dos professores da pós-graduação digital Inteligência Espiritual,
Carreira e Sentido da Vida da PUCPR. | Divulgação | Rubens Nemitz Jr –
fotografista.
Um dos objetivos é estudar a atração emocional e física
que conecta pessoas, impacta a vida em sociedade e afeta diferentes
fases dos ciclos vitais. Um dos professores do curso é Gustavo Arns,
idealizador do Congresso Internacional da Felicidade. Para ele, a
felicidade é uma questão de política pública, pois as pessoas só serão
mais felizes a partir do momento em que estiverem vivendo em uma
sociedade mais justa, pacífica e com menos desigualdades econômicas e
sociais.
Já o sociólogo italiano Domenico De Masi, que também é professor no curso da PUCPR, aborda questões práticas relacionadas à carreira e à empregabilidade frente às mudanças tecnológicas. Autor do conceito do “ócio criativo” nos anos 2000 – a ideia de que o equilíbrio entre o trabalho e o lazer é mais benéfica para a criatividade do que a exaustão –, De Masi propõe a reflexão sobre as novas formas de produção, com menos horas trabalhadas, em uma sociedade tecnologicamente mais produtiva e menos dependente do trabalho humano para evitar o desemprego massivo.
Para ele, o avanço da tecnologia vai permitir à humanidade se libertar de tanto trabalho e aproveitar melhor o tempo livre.
Conheça outros cursos da Pós PUCPR Digital
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/gpbc/pospucdigital/felicidade-e-espiritualidade-na-mira-da-ciencia/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário