Simone Blanes – VEJA
Ao retornar ao trabalho no Ministério da Saúde, nesta terça-feira, 5, o ministro Marcelo Queiroga disse que um novo contrato do governo federal com o Instituto Butantan para a compra de vacinas da CoronaVac depende de registro definitivo do imunizante contra a Covid-19 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Tínhamos uma emergência sanitária, essas vacinas foram feitas em tempo recorde e a Anvisa deu registro emergencial, não só a à CoronaVac mas à Janssen também. Se quer entrar no calendário nacional, vai ter que solicitar o registro definitivo”, disse Queiroga após retornar de Nova York, nos Estados Unidos, onde cumpria quarentena por ter contraído o novo coronavírus. “Uma vez a Anvisa concedendo o registro definitivo, o Ministério da Saúde considera essa ou qualquer outra vacina para fazer parte do Plano Nacional de Imunizações (PNI)”, acrescentou.
© Wilson Dias/Agência Brasil O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante entrevista sobre vacinação
Hoje, quatro vacinas estão no Programa Nacional de Imunizações (PNI): a Pfizer/BioNTech e a Oxford/AstraZeneca, que já têm registro definitivo concedido pela Anvisa; e a Janssen e a CoronaVac, com autorização para uso emergencial. Em janeiro deste ano, o governo federal assinou contrato com o Instituto Butantan para a compra de 100 milhões de doses da CoronaVac, entregues no final de setembro. “Se o preço cai é melhor porque consigo usar esses recursos, por exemplo, para atender pessoas que têm síndrome pós-covid. Também preciso manter leitos de UTI habilitados para 2022. Temos dificuldades orçamentárias, não é surpresa para ninguém, e temos que vencer juntos”, disse afirmou Queiroga.
O ministro também informou que o corpo técnico do órgão federal está em fase de planejamento da campanha de vacinação contra a Covid-19 em 2022, mas sem posições definidas. De acordo com Queiroga, até o final de 2021, o Brasil deve receber ainda 100 milhões de doses da Pfizer e 30 milhões da Janssen, além de doses do consórcio Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Temos queda no número de óbitos de maneira sustentada, apesar de aumento de casos, que se deve à maior abertura que tem da economia, mas isso não tem correspondido em aumento expressivo de internações”, afirmou.
O governo federal já distribuiu mais de 301 milhões de doses de vacina contra a Covid-19. Dessas, 242,7 milhões foram aplicadas, sendo 147,9 milhões em primeira dose e 94,7 milhões em segunda dose ou dose única. Mais de 1,3 milhão serviram como doses de reforço para idosos, profissionais de saúde.e pessoas imunossuprimidas. Abaixo, os números da vacinação no pais:
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