Aline Bronzati –
Renovação prevista na alta cúpula do BB deve resgatar fase pré-liberal
Aline Bronzati – Broadcast
O novo comando do Banco do Brasil, sob a orientação de Fausto Ribeiro, quer repaginar a alta cúpula da instituição, trocando a maioria das atuais sete vice-presidências. Nos bastidores, de acordo com fontes, é esperada a mudança mais brusca desde a chegada do governo Bolsonaro, o que colocaria o conglomerado na direção que trilhava antes das gestões de seus ex-presidentes liberais – o economista Rubem Novaes e André Brandão. Ribeiro tem considerado “pratas da casa” para as posições. A ideia é ter um time da sua confiança, alinhado com a orientação de continuar com a prioridade nos negócios, mas aproximar o conglomerado do Planalto.
Dentre os candidatos para a vice-presidência de negócios de atacado do BB, um dos citados é o do atual presidente do argentino Patagônia, João Carlos de Nobrega Pecego, substituindo Bernardo Rothe. Para a vice-presidência de controles internos e riscos, um dos nomes colocados na mesa foi o da diretora da área, Ana Paula Teixeira de Sousa. Se for escolhida, será a primeira mulher na história do banco a ocupar uma cadeira na alta cúpula. Atualmente, a área de riscos está com Carlos Renato Bonetti.
Nenhum dos cotados, porém, já teria sido cravado por Ribeiro. Também há dúvidas quanto ao futuro da vice-presidência de desenvolvimento de negócios e tecnologia, considerada o coração do banco. Há uma torcida para que o atual dono da cadeira, Gustavo de Souza Fosse, fique.
O único nome certo, ao menos até aqui, seria o do atual vice-presidente de negócios de varejo do BB, Carlos Motta dos Santos. Duas vice-presidências já mudaram. Carlos André, vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores, e Mauro Ribeiro Neto, vice-presidente Corporativo, renunciaram. Foram substituídos, respectivamente, pelos diretores José Ricardo Fagonde Forni e Ênio Mathias Ferreira. Procurado, o BB não comentou.
De volta ao que era antes
Antes responsável por consórcios no banco, Fausto Ribeiro assumiu o comando do BB, no início do mês, com uma clara mudança de orientação, voltando o conglomerado ao que era antes das gestões liberais. A instituição seguirá com foco em negócios, priorizando a rentabilidade, como o executivo já sinalizou em seu primeiro manifesto a funcionários, revelado pelo Broadcast, mas passa a dar uma atenção diferenciada ao governo.
Os antecessores de Ribeiro pouco mexeram na estrutura da alta cúpula do BB. O economista Rubem Novaes, que chegou com a bandeira de “eliminar os petistas” do grupo, reconheceu a qualidade técnica dos executivos do banco e os projetos que já estavam sendo encaminhados antes, na gestão de Paulo Caffarelli, hoje na Cielo, e moveu poucas peças. Brandão fez mudanças ainda menores, repondo apenas cadeiras que estavam vagas.
Nesses mais de dois anos de governo, Bolsonaro nunca foi ao BB, de acordo com fontes do banco. Ribeiro chega para colocar o conglomerado mais próximo ao Planalto. Lembra, inclusive, o governo do ex-presidente Michel Temer, quando o BB reforçou o foco em rentabilidade e negócios, sob as mãos de Caffarelli, mas sem se afastar de seu controlador.
O questionamento que fica no mercado é sobre quanto o BB vai manter sua identidade sem mudar o tino dos negócios. Ribeiro foi claro na carta aos funcionários, enfatizando três eixos: geração de resultados, retorno de banco privado e rigidez no controle de gastos. Nas ações do BB na Bolsa, a ingerência política ainda dá o tom. No ano, os papéis ordinários acumulam queda de mais de 22%.
O novo comando do Banco do Brasil, sob a orientação de Fausto Ribeiro, quer repaginar a alta cúpula da instituição, trocando a maioria das atuais sete vice-presidências. Nos bastidores, de acordo com fontes, é esperada a mudança mais brusca desde a chegada do governo Bolsonaro, o que colocaria o conglomerado na direção que trilhava antes das gestões de seus ex-presidentes liberais – o economista Rubem Novaes e André Brandão. Ribeiro tem considerado “pratas da casa” para as posições. A ideia é ter um time da sua confiança, alinhado com a orientação de continuar com a prioridade nos negócios, mas aproximar o conglomerado do Planalto.
Dentre os candidatos para a vice-presidência de negócios de atacado do BB, um dos citados é o do atual presidente do argentino Patagônia, João Carlos de Nobrega Pecego, substituindo Bernardo Rothe. Para a vice-presidência de controles internos e riscos, um dos nomes colocados na mesa foi o da diretora da área, Ana Paula Teixeira de Sousa. Se for escolhida, será a primeira mulher na história do banco a ocupar uma cadeira na alta cúpula. Atualmente, a área de riscos está com Carlos Renato Bonetti.
Nenhum dos cotados, porém, já teria sido cravado por Ribeiro. Também há dúvidas quanto ao futuro da vice-presidência de desenvolvimento de negócios e tecnologia, considerada o coração do banco. Há uma torcida para que o atual dono da cadeira, Gustavo de Souza Fosse, fique.
O único nome certo, ao menos até aqui, seria o do atual vice-presidente de negócios de varejo do BB, Carlos Motta dos Santos. Duas vice-presidências já mudaram. Carlos André, vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores, e Mauro Ribeiro Neto, vice-presidente Corporativo, renunciaram. Foram substituídos, respectivamente, pelos diretores José Ricardo Fagonde Forni e Ênio Mathias Ferreira. Procurado, o BB não comentou.
De volta ao que era antes
Antes responsável por consórcios no banco, Fausto Ribeiro assumiu o comando do BB, no início do mês, com uma clara mudança de orientação, voltando o conglomerado ao que era antes das gestões liberais. A instituição seguirá com foco em negócios, priorizando a rentabilidade, como o executivo já sinalizou em seu primeiro manifesto a funcionários, revelado pelo Broadcast, mas passa a dar uma atenção diferenciada ao governo.
Os antecessores de Ribeiro pouco mexeram na estrutura da alta cúpula do BB. O economista Rubem Novaes, que chegou com a bandeira de “eliminar os petistas” do grupo, reconheceu a qualidade técnica dos executivos do banco e os projetos que já estavam sendo encaminhados antes, na gestão de Paulo Caffarelli, hoje na Cielo, e moveu poucas peças. Brandão fez mudanças ainda menores, repondo apenas cadeiras que estavam vagas.
Nesses mais de dois anos de governo, Bolsonaro nunca foi ao BB, de acordo com fontes do banco. Ribeiro chega para colocar o conglomerado mais próximo ao Planalto. Lembra, inclusive, o governo do ex-presidente Michel Temer, quando o BB reforçou o foco em rentabilidade e negócios, sob as mãos de Caffarelli, mas sem se afastar de seu controlador.
O questionamento que fica no mercado é sobre quanto o BB vai manter sua identidade sem mudar o tino dos negócios. Ribeiro foi claro na carta aos funcionários, enfatizando três eixos: geração de resultados, retorno de banco privado e rigidez no controle de gastos. Nas ações do BB na Bolsa, a ingerência política ainda dá o tom. No ano, os papéis ordinários acumulam queda de mais de 22%.
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