Postado por Amanda Maria Azevedo em 13/08/2019
Doutrina político-econômica que defende a não intervenção do Estado
O liberalismo econômico é uma doutrina político-econômica, ligada ao liberalismo, que defende que o Estado não deve interferir na economia de uma nação e que os indivíduos devem gozar de plena liberdade de escolha. Os liberais acreditam que o intervencionismo do Estado no mercado é completamente prejudicial para a economia.
Dentre as principais teses defendidas pelos liberais, estão: a ideia da “mão invisível do mercado”, o livre mercado, a livre concorrência, a lei da oferta e da procura, a defesa da propriedade privada, o livre câmbio e a valorização da mão de obra do trabalhador. O liberalismo econômico surgiu no século XVIII como oposição ao mercantilismo.
O liberalismo econômico surgiu como uma nova teoria que explicaria a relação entre o capitalismo, a propriedade individual das pessoas e a liberdade. O contexto histórico era a Revolução Burguesa que aconteceu entre os anos de 1640 e 1660, na Inglaterra, quando as pessoas passaram a possuir coisas individualmente.
François Quesnay (694-17774) e Vincent Gournay (1712-1759) são dois dos principais teóricos que defendiam a liberdade no campo econômico e político. Eles ajudaram a estruturas a teoria do liberalismo econômico. Com tudo, Adam Smith (1723-1790) é considerado o pai do liberalismo econômico e maior divulgador desta teoria.
Adam Smith ficou conhecido por seus estudos e reflexões acerca do liberalismo. “Teoria dos Sentimentos Morais” (1759), “Ensaio sobre temas filosóficos” (1795) e “Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações” (1776) são algumas das suas obras mais conhecidas.
Adam Smith é considerado uma das figuras mais importantes na história da economia mundial. (Foto: Wikimedia Commons)
Principais Características
A não intervenção do estado no mercado é a principal defesa feita pelos liberais. O liberalismo econômico defende que o governo só atrapalha no processo econômico e que o seu papel deveria ser reduzido a garantia do direito à liberdade individual, direito à vida e o direito à felicidade, dando ênfase ao direito da liberdade de escolha.
O liberalismo econômico é típico em sociedades capitalistas e é focado na liberdade da ação de cada indivíduo. Os liberais defendem que as pessoas devem conseguir seus ganhos de acordo com os seus próprios méritos e esforços. Na teoria, os consumidores teriam um papel fundamental na economia.
Como já vimos, o liberalismo econômico surgiu como oposição ao mercantilismo. Essa prática política defendia o total controle estatal da economia, a execução da balança comercial favorável e o protecionismo. A “política do laissez faire”, a ideia da “mão invisível do mercado” e a ideia da “livre concorrência” são alguns dos pilares do liberalismo econômico. Confira lista abaixo a definição de cada um deles:
• A “política do laissez faire”:
A “política do laissez faire” vem da expressão francesa “laissez faire, laissez aller, laissez passer, le monde va de lui-même” que em português significa “deixai fazer, deixai ir, deixai passar o mundo vai por si mesmo”. Ou seja, para os liberais não deve haver interferência nas atividades econômicas dos indivíduos livres e nem no mercado econômico e financeiro no geral.
Caso ocorra algum problema, a própria economia irá, de forma natural, se ajustar, de forma satisfatória para todas as partes. Isso sem precisar que o Estado crie regras, leis ou taxas,
• A “mão invisível do mercado”:
Criada por Adam Smith, a ideia da “mão invisível do mercado” é baseada na “política do laissez faire” e diz que o mercado tem a capacidade de se organizar e se regular, sem nenhuma interferência. Para Smith, os indivíduos e sua ganância individual impulsionaria de forma natural e satisfatória o crescimento e desenvolvimento econômico de um determinado país.
• A “livre concorrência”:
A ideia da “livre concorrência” é umas das mais importantes para o liberalismo econômico. Essa tese diz que as empresas deveriam ter liberdade para produzir o produto que deseja, precificar, qualificar e taxar esse mesmo produto, sem nenhuma regulação. Por consequência, as relações de mercado entre o consumidor e o produto ajustaria a demanda e o valor desse produto.
A lei da oferta e da procura se aplicaria nessas situações, uma vez que a ação de compra do consumidor também ajustaria a demanda e o valor do produto. O consumidor também ditaria quais seriam as melhores empresas e os melhores produtos por meio da procura. O que consequentemente tiraria do mercado as empresas que não oferece um bom produto ou serviço.
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