Brasil, UE e
mais 20 países se comprometem com abastecimento alimentar
Agência Brasil
Membros da OMC assinaram declaração conjunta para
garantir alimentação
A União Europeia e
21 outros países da Organização Mundial do Comércio (OMC), dentre eles o
Brasil, se comprometeram nesta quinta-feira (23) a assegurar o bom
funcionamento das cadeias globais de abastecimento alimentar, afetadas pela
pandemia da Covid-19.
Um dia após a
Organização das Nações Unidas (ONU) ter advertido para o risco de fome no mundo
"de proporções bíblicas" como consequência da pandemia, a UE e mais
de duas dezenas de países se comprometeram, em declaração conjunta, a assegurar
o bom funcionamento da agricultura mundial e das cadeias de abastecimento
agro-alimentar, evitando medidas com potencial impacto negativo na segurança
alimentar, na nutrição e na saúde dos outros países-membros da organização e
das suas populações.
A declaração conjunta apela
para que quaisquer medidas de emergência relacionadas a agricultura e
produtos agro-alimentares sejam "orientadas, proporcionais, transparentes,
temporárias e coerentes com as regras da OMC" e "não devem distorcer
o comércio internacional destes produtos nem resultar em barreiras comerciais
injustificadas".
Os signatários
comprometem-se igualmente a iniciar um diálogo para melhorar a preparação e a
capacidade de resposta a pandemias, através da coordenação
multilateral.
Além da UE e Brasil,
os membros da OMC que assinaram a iniciativa são: Austrália, Canadá, Chile,
Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Hong Kong-China, Japão, Coreia do Sul,
Malaui, México, Nova Zelândia, Paraguai, Peru, Qatar, Singapura, Suíça,
Ucrânia, Uruguai e os territórios de Taiwan, Penghu, Kinmen e Matsu.
Histórico
A pandemia de
covid-19 já provocou mais de 181 mil mortos e infectou mais de 2,6 milhões de
pessoas em 193 países e territórios. Mais de 593,5 mil doentes foram
considerados curados.
A doença é
transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro, em Wuhan,
uma cidade do centro da China.
Para combater a
pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de
metade da população do planeta), fecharam o comércio não essencial e reduziram
drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia
mundial.
(*) Com informações
da RTP, agência pública de notícias de Portugal
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