Wajngarten é diagnosticado com coronavírus; Bolsonaro é monitorado
Jussara Soares
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Foto: Adriano Machado/Reuters
O secretário de Comunicação da Presidência, Fábio
Wajngarten, foi diagnosticado com coronavírus. Os exames foram realizados em
São Paulo e a informação, antecipada pelo Estado, foi confirmada pelo
Palácio do Planalto no início da tarde desta quinta-feira, após exames testarem
positivo . O presidente Jair Bolsonaro
e integrantes da comitiva que o acompanhou a Miami, nos Estados Unidos, estão
sendo monitorados desde a quarta-feira, após Wajngarten apresentar sintomas de
gripe e ser submetido a ao teste para o vírus. O secretário também esteve em
contato direto com o presidente norte-americano, Donald Trump, que, por sua
vez, declarou não estar preocupado.
Entre o final da tarde e o início da noite de
quarta-feira, o grupo que participou da viagem passou a receber ligações do
gabinete da Presidência pedindo que diante de qualquer sintoma fizesse o
comunicado imediatamente e procurasse um hospital militar em Brasília para
fazer os exames, segundo integrantes da comitiva que falaram com o Estado
em caráter reservado. Bolsonaro completa 65 anos no dia 21.
Em nota, o Palácio do Planalto informou que o
Serviço Médico da Presidência da República "adotou e está adotando todas
as medidas preventivas necessárias para preservar a saúde do presidente e de
toda comitiva presidencial que o acompanhou, bem como dos servidores do Palácio
do Planalto". Wanjgarten ficará em quarentena em sua casa em São Paulo.
Durante a viagem, o chefe da Secom tomava café da
manhã com o presidente em uma sala reservada. Nos Estados Unidos, o grupo que
acompanhou Bolsonaro fazia deslocamentos em vans. Apenas o presidente seguia em
carro separado.
O Palácio disse ter comunicado as autoridades do
governo norte-americano sobre o diagnóstico do secretário de Comunicaçã para
que também adotem as medidas necessárias. O secretário divulgou em redes
sociais uma foto ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do
vice-presidente, Mike Pence, e do empresário brasileiro Alvaro Granero.
Nesta quinta-feira, 12, o presidente cancelou
viagem ao Rio Grande do Norte. O ministro do desenvolvimento regional, Rogério
Marinho, afirmou que o evento oficial foi cancelado por "razões de segurança
sanitária". "A decretação ontem da Organização Mundial da Saúde de
uma pandemia mundial nos obriga a ter segurança com a saúde do presidente e as
pessoas ao seu entorno", afirmou Marinho na sua conta oficial do Twitter.
O governo federal negou que o cancelamento da agenda do presidente tenha a ver
diretamente com a situação do chefe da Secom.
Participaram da comitiva aos Estados Unidos, entre
sábado e terça-feira, os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores),
Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fernando
Azevedo e Silva (Defesa) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).
Também viajaram os senadores Nelsinho Trad (PTB-MS) e Jorginho Mello
(PL-SC); os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Daniel Freitas
(PSL-SC), o assessor especial Filipe Martins, o presidente da Embratur, Gilson
Machado, o secretário especial de Pesca, Jorge Seif Jr, entre
outros.
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