Brasil inaugura nova
Estação Antártica Comandante Ferraz
© CLAYTON DE SOUZA/ESTADAO Pré-montada
na China, estrutura foi levada de navio à Antártida e pode suportar ventos de
até 200 km/h
O Brasil inaugurou nesta quarta-feira, 15, a nova Estação Antártica Comandante
Ferraz. O vice-presidenteHamilton Mourão (PRTB) participou da
cerimônia, representando o presidenteJair Bolsonaro, que não foi à Antártica.
Em discurso, Mourão afirmou que a inauguração da nova estação representa
o "compromisso do governo com o desenvolvimento de atividades
científicas". "A ocasião é de júbilo, reconhecimento e homenagem.
Júbilo com o resultado da reconstrução dessas instalações, que surgem
ampliadas, com laboratórios que despertam a atenção do mundo. Essa estação
caracteriza o avanço do Brasil neste continente e expressa o compromisso do
governo com o desenvolvimento das atividades científicas, climáticas e
ambientais", afirmou.
Estiveram na cerimônia diversos membros do governo, entre eles os
ministros da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, e da
Defesa, Fernando Azevedo, e também o comandante da Marinha, Ilques Barbosa
Júnior.
Na cerimônia, especialistas lançaram um balão meteorológico para marcar
o início das pesquisas na região. Também foi assinado um termo provisório de
recebimento das instalações pela empresa chinesa Ceiec. A definitiva só deve ocorrer
com o fim do pagamento, previsto em contrato para 2022. Segundo a Marinha, US$
60 milhões já foram pagos.
Prevista para terça, 14, a inauguração foi adiada por causa do mau
tempo, que havia impedido a chegada de autoridades.
Com capacidade para 64 pessoas, ela substitui a base destruída por um
incêndio em fevereiro de 2012 e é apontada por pesquisadores como uma das mais
modernas da região.
São 17 laboratórios de pesquisa - 14 internos e 3 externos -, que
servirão principalmente para estudos de Microbiologia, Biologia Molecular,
Química Atmosférica, Medicina, Ecologia e mudanças ambientais.
Planejada pelo escritório de arquitetura Estúdio 41 e construída pela
chinesa Ceiec, vencedora de concorrência internacional, a nova estação custou
US$ 99,6 milhões e impressiona pela estrutura à prova de ventos de até 200
km/h, solos congelados e abalos sísmicos.
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