Standard &
Poor's eleva perspectiva da nota do Brasil
Agência Brasil
A agência de
classificação de risco Standard & Poor's (S&P) elevou de estável para
positiva a perspectiva da nota da dívida pública brasileira. A decisão foi
divulgada na noite desta quarta-feira (11).
A perspectiva positiva
significa que a agência pode elevar a nota do país nos próximos dois anos.
Atualmente, a S&P concede nota BB- para o Brasil, três níveis abaixo do
grau de investimento, garantia de que o país não corre risco de dar calote na
dívida pública.
Em comunicado, a
S&P informou que o Brasil está adotando reformas para reduzir o déficit nas
contas públicas. Além disso, a queda dos juros básicos, que estão nos menores
níveis da história, ajuda a controlar o endividamento do governo.
“Isso, juntamente
com taxas de juros mais baixas e implementação gradual da agenda de reformas,
deve contribuir para perspectivas de crescimento e investimento mais fortes nos
próximos três anos, além de uma melhoria gradual nos resultados fiscais”,
destacou a agência.
A S&P informou,
no comunicado, que a nota do país pode ser elevada nos próximos dois anos caso
as reformas avancem. Segundo a agência, a classificação pode subir “se houver
mais progresso — seja priorização, aprovação ou execução — na ampla agenda
fiscal e de crescimento do governo, permitindo uma redução mais rápida dos
déficits fiscais do Brasil e uma estabilização da dinâmica da dívida.”
Desde janeiro de
2018, a S&P enquadra o Brasil três níveis abaixo do grau de investimento,
mesma nota concedida pela Fitch, outra das principais agências de classificação
de risco. A Moody’s classifica o país dois níveis abaixo do grau de
investimento.
Tesouro Nacional
Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Economia ainda não comentou a elevação da perspectiva da nota brasileira pela S&P.
Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Economia ainda não comentou a elevação da perspectiva da nota brasileira pela S&P.
Em nota divulgada à
noite, o Tesouro Nacional informou que a decisão da agência corrobora a agenda
de reformas econômicas do governo. Para o órgão, a aprovação das propostas de
emenda à Constituição que reformulam o pacto federativo são essenciais para a
continuidade do ajuste fiscal.
“Nesse sentido, as
medidas encaminhadas ao Congresso pelo governo, como, por exemplo, a proposta
de emenda constitucional que reformula o pacto federativo e busca reduzir a
rigidez dos gastos obrigatórios, mostram-se essenciais para a continuidade do
ajuste fiscal, possibilitando a retomada do crescimento e uma melhora da
avaliação pelas agências de rating internacionais”, destacou o texto.
O Tesouro citou que,
entre os principais pontos que motivaram a elevação da perspectiva da nota
brasileira, estão a reforma da Previdência, a recuperação econômica puxada pela
melhoria da demanda interna, a expectativa de redução dos déficits fiscais nos
próximos anos e os juros baixos que ajudam a controlar a dívida pública.

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