Inpe estima em
9.762 km² desmatamento na Amazônia Legal em um ano
Agência Brasil
Dados divulgados
nesta segunda-feira (18) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
mostram que, no período de agosto de 2018 a julho de 2019, o desmatamento da
Amazônia Legal foi estimado em 9.762 quilômetros quadrados (km²). A área de
vegetação nativa desmatada aumentou 29,54% em relação ao período anterior – de
agosto de 2017 a julho de 2018.
Os dados foram
obtidos por imagens de satélite do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na
Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que gera relatórios anuais. Durante o
evento em que divulgou os números, na sede do Inpe, em São Bernardo do Campo
(SP), o ministro Ricardo Salles atribuiu o número à escalada de atividades
econômicas ilícitas na região. “Atividades econômicas ilegais precisam ser
atacadas na sua origem. É necessário ter uma ação de comando e controle [contra
essas atividades]”, disse.
“[O índice] está
longe do que queríamos, mas está longe dos números de três casas decimais que
foram divulgados. Queremos um ambientalismo de resultados e, sem isso, vamos
continuar vendo isso. Precisamos de alternativa de economia sustentável para
aquela região da Amazônia", completou Salles sobre o resultado do
relatório.
Estados
Segundo os dados do
Prodes, o estado do Pará, na Região Norte do país, foi responsável por quase
39,56% da área desmatada. Mato Grosso, Amazonas e Rondônia vêm a seguir, com
17,26%, 14,56% e 12,75%, respectivamente. Somados, esses quatro estados foram
responsáveis por 84% do território desmatado no período de um ano.
De acordo com o
alerta do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que
monitora diariamente a área amazônica, a previsão de desmatamento em 2019 seria
de 6,8 mil km². Entretanto, o relatório do Prodes mostrou que 9.762 km² de área
de vegetação nativa foram destruídos. De acordo com os registros do Inpe, o
índice é o maior desde 2008 (quase 13 mil quilômetros de mata devastada).
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