A disputa de 2020
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini
Os bolsonaristas que
cuidam da criação de um novo partido para acolher o presidente Jair Bolsonaro e
seu séquito debatem o risco de não disputarem o pleito de 2020. É notório o
demorado processo de oficialização da legenda – que pode durar de dois a três
anos – e a presença do ex-presidente Lula da Silva nas ruas, em forte campanha
diária a partir de agora, que pode transformar a onda bolsonarista de 2018 em
marolinha no ano que vem. Perder prefeituras para uma eventual ascensão
municipalista do PT, com Lula como megafone nacional, é alto risco para o
projeto de reeleição de Bolsonaro em 2022.
Plano A
Há corrida contra o
tempo, nos estudos entregues ao presidente, para legitimar o futuro partido.
Como mandar para as ruas a militância digital que ajudou a eleger o capitão.
Plano B
Empresários aliados
de Bolsonaro se desdobram em planos. Luciano Hang, dono das Lojas Havan, cogita
mandar para as ruas parte de seus funcionários, atrás de assinaturas.
Plano C
O resgate do
registro de um antigo partido, com processo há meses nas mesas do Tribunal
Superior Eleitoral, pode ser a saída de emergência para Bolsonaro.
Desliga tudo!
Aconteceu durante a
cúpula dos chefes dos países do Brics, em Brasília. Os órgãos de inteligência
do governo orientaram os ministros palacianos, a equipe presidencial e altos
oficiais – além da família Bolsonaro – a desligarem o wifi e o Bluetooth dos
celulares. É o medo de espionagem, em tempos de alta tecnologia.
Staff bélico
Causaram curiosidade
as dezenas de caixas lacradas, em aviões militares no staff dos presidentes da
Rússia e China, que desembarcaram – de dia e de noite – na base aérea de
Brasília. É a praxe, é rotina para chefes de Estado do naipe, terem sua
segurança tecnológica por perto – inclusive, claro, os códigos de ogivas
nucleares.
Perto de Jair
O ex-ministro da
Educação Mendonça Filho (DEM) trabalha a hipótese de ingressar nas fileiras
bolsonaristas para disputar a Prefeitura do Recife. O presidente não tem,
ainda, um nome forte para o pleito do ano que vem. Mas, se houver novo partido
a tempo para Mendoncinha, ou se alguma legenda aliada do Planalto oferecer a
vaga...
Vendeta
Aliás, ter um nome
bom para tentar vencer o futuro candidato do PSL de Luciano Bivar, na sua casa
no Recife, virou uma das prioridades eleitorais de Bolsonaro.
Barba 2.0
Os ventos supremos
que sopram em Brasília trazem cheiro de anulação da condenação de Lula da
Silva, a priori, numa Turma dos STF. Seria o pontapé para a candidatura.
Cadê vocês?
Solto a exemplo de
Lula, o ex-senador e ex-governador de Minas Eduardo Azeredo (PSDB) – que ficou
em sala-cela – está mudo, em casa, perto do quartel dos bombeiros onde ficou
detido. Espera a visita dos ‘aliados’ que o abandonaram na cadeia.
Diploma universal
Com boa entrada no
atual governo, aliadíssimo, o grupo Universal, controlado por Edir Macedo,
entrou no ramo dos diplomas universitários. Lançou uma faculdade grande, em
Brasília, como ‘laboratório’ para possível ascensão nacional.
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