À procura de um lar
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini
O grupo bolsonarista
demissionário do PSL roda Brasília atrás de um novo partido para chamar de seu
– e para abrigar o presidente Jair Bolsonaro a partir de janeiro. Há dias, um
representante dos deputados bateu à porta do DC – o antigo PSDC – e ouviu um
“não” do presidente da legenda, José Maria Eymael. Não há notícias de oferta de
outros partidos – nem do PRTB de Levy Fidelix, do vice-presidente da República,
Hamilton Mourão. Fato é que nenhum presidente de partido pequeno quer perder o
controle sobre os milionários fundos eleitoral e partidário, um condicionante padrão
de Bolsonaro para ter controle no partido que entrar.
Patriota à espera
Até agora, somente
Adilson Barroso, do Patriota (ex-PEN), nome, aliás, sugerido pelo próprio
Bolsonaro, indicou a legenda para o aliado, que por ora não respondeu.
Sigla nova
Uma alternativa para
Bolsonaro é fundar um partido. Pode ser solução, mas risco de não participar
das eleições de 2020 por excesso de prazo nos trâmites, o que o apequenaria.
Bouboulina &
óleo
Sem a verba para o
sistema de vigilância via satélite e corvetas prometidos num programa de
fiscalização da Amazônia Azul, a Marinha boia. E a PF depende da boa vontade de
adidos policiais de embaixadas.
Força, Brasil
Viva o aguerrido
povo do Nordeste, que meteu a mão no óleo. E também um viva à Marinha e PF, que
se esforçam com o pouco que têm para investigar.
CSI brasileiro
A Associação dos
Peritos Criminais da PF (APCF) realiza amanhã em Fortaleza a nova edição do
“Diálogos APCF”, série de palestras sobre o papel da ciência para a resolução
de casos criminais. Um dos palestrantes será o juiz João Costa Neto. O
encontro, gratuito e aberto ao público, será no Centro Universitário Farias
Brito.
Tributária
A reforma tributária
chega enfraquecida ao Congresso. Vai integrar, sem protagonismo, o Plano Guedes
– pacote de propostas da equipe para destravar a economia. Líderes da base tentam
costurar a formação de comissão mista – deputados e senadores – para analisar,
simultaneamente, as mudanças que serão propostas pelo ministro Paulo Guedes e
as duas PEC que se arrastam na Câmara e no Senado: uma do deputado Baleia Rossi
(MDB-SP) e outra do ex-deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).
Na fila
Com demora do
governo e a disputa por protagonismo entre deputados e senadores, são poucas as
chances de a reforma tributária avançar no primeiro semestre de 2020.
Poder da urna
Uma certeza entre
congressistas sobre os pontos do pacote da reforma da economia entregue por
Bolsonaro: fim de municípios com menos de 5 mil habitantes... nem pensar.
Pobres do ministro
Ao afirmar à Folha
de S. Paulo que “pobres consomem tudo” e não poupam, o ministro da Economia,
Paulo Guedes, demonstra não conhecer o Brasil distante dos gabinetes da
Esplanada. Basta conferir os últimos dados do IBGE, divulgados há menos de 15
dias, para confrontar a frase infeliz do “Posto Ipiranga” do presidente
Bolsonaro.
Pobres do Brasil
Conforme Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio Contínua, o 1% da população mais rica, grupo
que reúne apenas 2,1 milhões de cidadãos, teve, em 2018, rendimento médio
mensal de R$ 27.744. Na outra ponta, os 50% mais pobres – mais de 100 milhões –
só ganharam R$ 820 por mês. E mais: os 30% mais pobres do país, cerca de 60
milhões, tiveram seu rendimento médio mensal reduzido, em alguns casos, em até
3,2%.
Apologia perigosa
Além de pedir a
cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), por ter defendido
um “novo AI-5”, a oposição quer acelerar a tramitação de projetos que
criminalizam apologias ao retorno da ditadura militar e à “pregação de novas
rupturas institucionais no país”. Um deles (PL 1.798/2019), do deputado Márcio
Jerry (PCdoB), está parado desde abril na Coordenação de Comissões Permanentes
da Câmara.
Esplanadeira
# O cientista
político Jean-Marie Lambert dá curso hoje sobre a criminalização da
Homofobia, para políticos e militantes, na Câmara Municipal de Goiânia.
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