Congresso aprova LDO 2020 com salário mínimo de R$ 1.040, sem ganho real
Mateus Maia
© Waldemir Barreto/Agência Senado LDO para 2020 foi
aprovada em sessão conjunta do Congresso
O Congresso Nacional aprovou nesta 4ª feira
(9.out.2019) a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2020 da mesma forma
como foi aprovada na CMO (Comissão Mista de Orçamento) e, apesar de 1
destaque do PT, manteve o salário mínimo corrigido apenas pela inflação, sem
ganho real.
A LDO é o 1º passo na construção do Orçamento do
ano seguinte. Nela, o governo estabelece suas metas e prioridades para o próximo
exercício.
Segundo o texto aprovado, o atual piso salarial
brasileiro de R$ 998 será ajustado pela inflação e alcançar R$ 1.040. Pela PLOA
(Projeto de Lei Orçamentária) já enviada pelo governo, a expectativa é 1 pouco menor, de R$
1039. Isso porque as estimativas de inflação vieram abaixo do esperado pela
equipe econômica.
O texto da LDO, em tese, deve ser aprovado antes da
LOA, antes mesmo do recesso dos deputados e senadores. Neste ano, entretanto,
ficou para depois por conta das votações da reforma da Previdência e, depois,
pela falta de presença para que a votação fosse feita. O projeto estava na
pauta há 8 sessões do Congresso até ser aprovado nesta 4ª feira.
No fim, a LOA é a que vale, por estar mais
atualizada. Contudo, se houver frustrações nas projeções de inflação, os
números podem cair ou subir ainda até a definição no fim do ano.
Durante a sessão do Congresso, foram apresentados 6
destaques ao projeto. Todos foram rejeitados, inclusive o mais polêmico, que
podia custar caro aos cofres públicos, de autoria do PT.
Ele sugeria que além da inflação, o salário mínimo
fosse corrigido também pelo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), o que
resultaria em 1 ganho real. A ideia foi rejeitada pelos congressistas por 202 a
156.
A meta de resultado primário, que também consta na
LDO estabelecida pelo governo federal, foi mantida, de deficit de R$ 124,1
bilhões em 2020. Será o 7º ano seguido de resultado negativo nas contas
públicas.
A previsão vai na direção oposta à promessa do
ministro da Economia, Paulo Guedes, que, durante a campanha de Jair Bolsonaro,
havia dito que zeraria o deficit em 2019 e deixaria as contas no azul já
em 2020.
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