Bolsonaro e Merkel conversam sobre recursos para Amazônia
© Sérgio Lima Presidente falou sobre a conversa em
sua conta no Twitter
O presidente Jair Bolsonaro recebeu na
tarde desta 6ª feira um telefonema da chanceler alemã, Angela Merkel, para
tratar da doação de recursos internacionais para o combate às queimadas e
preservação das florestas da Amazônia. Em sua conta no Twitter, o presidente
disse que a conversa foi bastante produtiva e que a chanceler reafirmou a
soberania brasileira na região amazônica. Bolsonaro disse ainda que a pedido do
governo alemão, o Seae (Serviço Europeu de Ação Externa) foi mobilizado para
avaliar a situação das queimadas na América do Sul.
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Comunicação S/S LTDA.
O presidente disse ainda que, de acordo com o Seae,
a área com queimadas no Brasil teve um decréscimo entre janeiro e agosto de
2019, levando-se em conta o mesmo período de 2018.
Em nota, a Secretaria Especial de
Comunicação da Presidência disse que a conversa entre os 2 líderes foi franca e
cordial e que o presidente agradeceu “o esforço dos países em colaborar com
Brasil, na missão de combater as queimadas sazonais que ora afetam a Amazônia
Legal”.
No telefonema, Bolsonaro atualizou
Merkel sobre os esforços despendidos pelo governo para acabar com as queimadas
na floresta até o momento. O presidente também reafirmou a posição brasileira
de não cogitar qualquer discussão quanto à soberania da Amazônia e também sobre
a utilização de “eventuais recursos e apoios que possam ser concedidos ao
Brasil”.
De acordo com a nota, Bolsonaro disse
ainda que a sua postura em relação ao presidente da França, Emmanuel Macron, “tem
caráter pessoal em face dos ataques perpetrados por aquele Chefe de Estado
contra a sua pessoa e contra o nosso país”.
Ajuda
Na 2ª feira (26.ago), os integrantes
do G7, grupo formado pelas nações mais industrializadas do mundo, que inclui a
Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido,
concordaram em liberar US$ 20 milhões
(cerca de R$ 83 milhões) para ajudar a conter as queimadas, sendo a maior parte
do dinheiro para o envio de aeronaves de combate a incêndios.
O Brasil, entretanto, ainda não
confirmou se vai aceitar a ajuda. O anúncio da liberação dos recursos foi feito
pelo presidente da França, Emmanuel Macron. Na ocasião, Macron declarou que os
incêndios na Amazônia são uma emergência global e disse que pode não ratificar o acordo de
livre-comércio entre Mercosul e União Europeia e acusou o presidente brasileiro
de mentir sobre o seu real comprometimento com a preservação ambiental.
Na 5ª feira (29.ago), Bolsonaro chamou a ajuda de “esmola”.
O presidente também já havia proferido ofensas a Angela Merkel. Quando o
governo alemão anunciou a suspensão do repasse
de verbas para a Amazônia, Bolsonaro disse que a chanceler deveria “pegar a grana e reflorestar a Alemanha”.
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