Onyx demostra otimismo sobre votação da reforma da
Previdência
Agência Brasil
Segundo Onyx, o
relator da proposta na Comissão Especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP),
deve apresentar um relatório “equilibrado”
O ministro-chefe da
Casa Civil da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, disse neste domingo (9)
que o governo trabalha com a expectativa de aprovar a reforma da Previdência na
Câmara dos Deputados ainda em junho, portanto antes do recesso parlamentar.
Segundo Onyx, o
relator da proposta na Comissão Especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP),
deve apresentar um relatório “equilibrado” “provavelmente” nesta terça-feira
(11). “O deputado Samuel Moreira vem construindo um relatório equilibrado,
pelas informações que temos recebido. A grande preocupação é que exista uma boa
potência fiscal”, adiantou o ministro ao deixar a Residência Oficial do Torto,
em Brasília, onde o presidente Jair Bolsonaro passa o domingo.
Pacto
Ainda sobre a
reunião deste domingo com Bolsonaro, Onyx disse que o presidente revisou e fez
algumas sugestões ao texto do chamado Pacto entre Poderes. A versão final do
documento depende agora de uma nova conversa com os presidentes da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo
Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli.
“O pacto é um grande
acordo no sentido de fazer com que, de maneira harmônica, os Poderes possam
atuar e trabalhar, cada um dentro da sua especificidade, sem haver
interferência nenhuma de um poder no outro, no sentido de, juntos, fazermos um
esforço nacional de resgatar o Brasil desse momento difícil”, adiantou.
Resistências
A falta de consenso
em torno do texto fez com que Palácio do Planalto adiasse cerimônia de
assinatura que, inicialmente, estava prevista para esta segunda-feira (10).
Na avaliação do
presidente da Câmara, as reformas aparecem no documento como uma “pauta do
governo” e, por isso, encontram resistência entre líderes de partidos. A
participação do presidente do STF no pacto também foi alvo de críticas,
especialmente de magistrados, segundo os quais o documento fere a independência
do Judiciário.
Na lista de temas do pacto estão a reforma
da Previdência – com um sistema “sustentável, eficiente e fraterno” –; a
“modernização” tributária, a desburocratização das rotinas administrativas, a
repactuação federativa e o combate ao crime – “nas ruas e nos gabinetes” –, à
corrupção e aos privilégios.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou nesta segunda-feira (3) que pode pautar a proposta de reforma da Previdência (PEC 6/2019) para votação no plenário da Casa no mês de julho. Para garantir quórum alto de presença, Maia está barrando pedidos de viagem de deputados após o feriado de Corpus Christi, no dia 20 deste mês.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou nesta segunda-feira (3) que pode pautar a proposta de reforma da Previdência (PEC 6/2019) para votação no plenário da Casa no mês de julho. Para garantir quórum alto de presença, Maia está barrando pedidos de viagem de deputados após o feriado de Corpus Christi, no dia 20 deste mês.
Segundo o deputado,
o quórum da Casa terá que estar perto de 500 deputados. Maia disse que todos os
pedidos de viagem após 20 de junho estão sendo negados para que se possa, a
partir dessa data, voltar a atingir o quórum de 500, 505 deputados. "Hoje
estamos na média com 475, 480, e a gente precisa recuperar esses 20 para ter
uma margem tranquila para aprovar a Previdência já no final do mês ou no início
do mês que vem", afirmou o presidente da Câmara.
Além do feriado, os
meses de junho e julho são marcados pelas festas juninas, que costumam atrair
os parlamentares para suas bases políticas e, assim, esvaziam as votações do
plenário. A perspectiva de Rodrigo Maia é garantir a votação antes do recesso
legislativo, que começa no dia 18 de julho. Por ser tratar de proposta de
emenda à Constituição (PEC), o texto precisa ser aprovado em dois turnos por
308 deputados antes de seguir para o Senado.
"A gente tem
que ter 350 [votos] prontos para votar para ter a garantia que vão sobrar uns
320, 330. Se a gente conseguisse uma pactuação com todos os governadores, do
PSB, do PT, do DEM, do MDB, do PSDB, aí, sim, a gente poderia estar sonhando
com o número de 400 deputados. Seria uma sinalização histórica, uma votação
histórica, com uma sinalização muito forte para toda a sociedade [de] que nós
vamos tirar os temas que são da questão fiscal, previdenciária, do nosso embate
ideológico, vamos racionalizar esse tema", afirmou.
Tramitação
Nesta terça-feira (4), a comissão especial que analisa a proposta que altera as regras de aposentadoria promoverá um seminário com pesquisadores de diversos países para troca de experiências em previdência social. Depois disso, o relatório já poderá ser votado no colegiado.
Nesta terça-feira (4), a comissão especial que analisa a proposta que altera as regras de aposentadoria promoverá um seminário com pesquisadores de diversos países para troca de experiências em previdência social. Depois disso, o relatório já poderá ser votado no colegiado.
A proposta de
reforma da Previdência recebeu 277 sugestões de alteração ao texto. As emendas
serão analisadas pelo relator da comissão, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP),
que pode acatá-las, ou não, no todo ou em parte. Moreira tem afirmado que
apresentará o relatório até o dia 15 de junho. O relator, no entanto, declarou
que pode antecipar a conclusão do trabalho.
“Nós continuamos com
o prazo até o dia 15, mas estamos também no esforço de ajudar o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, a cumprir o cronograma que ele deseja. Portanto, nós
podemos até adiantar um pouco, mas sempre dentro desse prazo de, no máximo, até
o dia 15. Mas é possível que até o final da semana que vem, no começo da outra,
a gente entregue esse relatório”, disse Moreira.
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