Raquel quer investigação única da PF sobre ataques de hacker a
procuradores da Lava Jato
A procuradora-geral da República,
Raquel Dodge, enviou nesta quarta-feira (12) um ofício ao diretor-geral da
Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, solicitando a unificação da
investigação em relação aos ataques cibernéticos criminosos contra membros do
Ministério Público Federal (MPF). A Procuradoria-Geral da República afirma
'considerar necessário adotar uma linha de investigação que possa esclarecer,
além do modo de atuação criminoso, os motivos e eventuais contratantes de um
ataque cibernético sistemático contra membros do MPF, principalmente aqueles
que atuam nas Forças-Tarefas da Lava Jato
do Rio de Janeiro e Curitiba'.
Em um segundo ofício, Raquel Dodge solicitou à PF a
instauração de inquérito policial para apurar uma possível invasão ao celular
do conselheiro Marcelo Weitzel, do Conselho Nacional do Ministério Público
(CNMP).
As informações foram divulgadas pelo site da
Procuradoria-Geral da República.
Segundo a PGR, 'no intuito de dar celeridade às
investigações, a procuradora-geral da República encaminhou à Polícia Federal
cópias de documentos para subsidiar a apuração desses crimes'. "Ela também
solicitou ao diretor-geral informações sobre o atual estágio das investigações
relativas à invasão das contas dos membros no aplicativo Telegram. No ofício,
Raquel Dodge pontua que a ação criminosa resultante dessa invasão da conta dos
membros, ou o chamado "sequestro" de identidade dentro do aplicativo,
tornou-se de conhecimento público a partir de recente divulgação, pela mídia,
de dados e informações coletados de forma ilícita de celulares de membros do
MPF".
"Em maio, a tentativa de invasão aos celulares
institucionais dos membros do MPF foi comunicada à PGR pelos membros que atuam
no Paraná e no Rio de Janeiro. Imediatamente, Raquel Dodge instaurou um
procedimento administrativo - que continua em vigor - para acompanhar as
investigações. Também foram adotadas providências de segurança necessárias,
além de outras medidas cabíveis para aumentar o nível da segurança
institucional dos membros quanto aos ataques cibernéticos e resolver o problema
de forma definitiva", afirma a Procuradoria-Geral da República.
"Na época, a Força Tarefa da Lava Jato em
Curitiba também requisitou à PF a instauração de inquérito policial para apurar
as condutas criminosas. No ofício enviado nesta quarta-feira, Raquel Dodge
solicitou informações acerca do andamento do procedimento. No ofício, ela
também questionou se a PF também apura se outros membros do MPF foram vítimas
da mesma ação criminosa", diz a nota.
CNMP - Em outro ofício, também encaminhado ao
diretor-geral nesta quarta-feira, Raquel Dodge solicitou à Polícia Federal a
instauração de inquérito policial para apurar a invasão à conta do Telegram no
celular institucional utilizado pelo conselheiro Marcelo Weitzel, do CNMP. O
ataque ocorreu na noite desta terça-feira (11), quando um suposto hacker enviou
mensagens por meio da conta do conselheiro no aplicativo.
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