sexta-feira, 10 de maio de 2019

O BRASIL QUER LEVAR ALGUMA VANTAGEM COMERCIAL DEVIDO A DESAVENÇA COMERCIAL ENTRE OS EUA E A CHINA


Tenho 'excelente' alternativa a acordo comercial com a China, diz Trump

Estadão Conteúdo













Trump afirmou ser possível chegar a um acordo nesta semana

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter uma alternativa "excelente" ao acordo comercial com a China, que está em negociação entre delegações dos dois países em Washington. Trump respondeu "veremos" ao ser questionado sobre se um entendimento será alcançado, "mas nossa alternativa é excelente", disse.
Não ficou claro, contudo, se a referência do presidente era a uma contraproposta americana nas tratativas ou à imposição de tarifas maiores a bens chineses a partir de amanhã. Mesmo assim, Trump afirmou ainda ser possível chegar a um acordo nesta semana.
Segundo Trump, as conversas bilaterais serão retomadas hoje, às 18h (de Brasília). O presidente americano disse que recebeu uma "linda carta" do presidente chinês, Xi Jinping, e que eles provavelmente conversariam por telefone em breve. A delegação chinesa em Washington é liderada pelo vice-premiê Liu He. (Com Dow Jones Newswires)
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta segunda-feira (6) que um aumento das tarifas de importação dos Estados Unidos para produtos chineses pode beneficiar as exportações brasileiras do agronegócio.
Neste domingo (5), o presidente norte-americano, Donald Trump, disse pelo Twitter que pretende elevar as taxas de 10% para 25% para cerca de US$ 200 bilhões em mercadorias vindas da China. Nas postagens, Trump reclamou do que considera uma demora por parte da China para negociar um acordo comercial. Confira:
“Primeiro a gente precisa saber se foi só um recado durou ou se vai se efetivar. É claro que se os Estados Unidos e a China não entrarem em acordo e essas tarifas não voltarem ao que eram antes, realmente, é uma janela oportunidade a mais para o Brasil”, avaliou a ministra ao participar de reunião do Conselho Superior do Agronegócio na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Viagem para a Ásia
Tereza Cristina vai viajar na próxima madrugada para a Ásia. Ela vai liderar uma comitiva de 98 pessoas que passará pelo Japão, China, Vietnã e Indonésia ao longo de 16 dias.
Outro ponto importante nas relações comerciais entre a China e o Brasil é a peste africana que atacou duramente os rebanhos do país asiático. Segundo a ministra, por um lado, isso deve afetar as vendas de soja do Brasil para os chineses, uma vez que o alimento é usado como ração.
No entanto, há a possibilidade de aumentar as exportações de carne de porco. “A carne os chineses vão ter que importar dos Estados Unidos, do Brasil e de outros países para suprir a sua demanda interna. O Brasil vai poder colaborar um pouco para que esses preços da carne na China possam ter patamares menores do que estão hoje”, ressaltou.
Além da carne suína, Tereza Cristina disse que o Brasil pretende oferecer uma série de produtos para os chineses, como café, frutas e carne de frango. “Nós somos parceiros confiáveis. Nós temos qualidade e temos volume de soja, milho, que fazem parte da dieta dos animais. Nós temos outras proteínas que podem entrar nessa janela de oportunidades”, acrescentou.
No primeiro trimestre de 2019, as vendas de soja triturada do Brasil para China (US$ 4,75 bilhões) corresponderam a 9% do valor arrecadado com o total de exportações (US$ 52,6 bilhões). No período, de cada US$ 100 que o país captou com a venda do produto em todo o mundo, US$ 77,48 vieram da China.

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