Tom conciliador
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini
O presidente Jair
Bolsonaro, em reunião com o líder do governo na Câmara Federal, Major Vitor
Hugo (PSL-GO), determinou que ele se reconciliasse com o presidente da Casa,
Rodrigo Maia, como condição para mantê-lo no cargo. Feito, na sexta-feira.
Presidente nacional do PSL, partido de Bolsonaro, o deputado Luciano Bivar (PE)
afirma à Coluna que o partido está fechado com o líder Vitor Hugo e nega que
haja a intenção do Palácio ou da bancada de substituí-lo. Mas já havia lista de
indicados de partidos do Centrão (PP, PRB, PR, SD, DEM) na mesa de Bolsonaro. E
Maia, que descartou conversa com Vitor Hugo, ainda está um pouco reticente,
embora tenha enviado sinais positivos a Bolsonaro.
Daqui pra frente
Sobre as derrotas no
Congresso, Bivar pondera que matérias importantes do Palácio – como reestruturação
dos ministérios –, passaram e a tendência agora é consolidar a base.
Oi, amigo
Oi, amigo
Ao negar atritos com
o DEM, Bivar também usa tom conciliador e diz ver no presidente da Câmara é um
aliado “que recebeu e recebe o apoio do partido (PSL)”.
Da democracia
Da democracia
Os deputados Kim
Kataguiri (DEM-SP) e Marcelo Freixo (PSOL), de ideologias bem distintas, andam
conversando, e muito, na Câmara. Alguns estranham, mas é do jogo.
Barba S.A.
O ex-presidente Lula
da Silva, condenado por corrupção e preso em Curitiba, continua atuando
politicamente da cadeia em duas frentes de olho nas ruas. Enquanto elabora a
rota de Fernando Haddad (PT) para a Caravana ‘Lula Livre’, pediu a Carlos Lupi,
presidente do PDT – que o visitou há dias – que faça gestões junto a
instituições.
Pela soberania
Lula pediu a Lupi
que promova encontros com diferentes setores da sociedade para que participem
de mobilização “em defesa da soberania nacional”. “Vou marcar reuniões com
ministros do STF, representantes da CNBB, OAB, centrais sindicais, empresários,
professores e estudantes”, diz Lupi à Coluna.
Óleo & lousa
A mobilização, na
visão do líder petista, é pela Petrobras e pelos investimentos em educação.
Vale ressaltar que Lula, quando presidente, já chegou a bloquear até R$ 10
bilhões do setor. E não houve a gritaria de hoje. Surfava na popularidade.
Morde, assopra
Após ser atacado
pela militância virtual bolsonarista e por deputados governistas, o presidente
da Comissão Especial que analisa a reforma da Previdência, Marcelo Ramos
(PR-AM), foi procurado por lideranças do PSL, que rechaçaram as acusações de
suposto atraso na tramitação do texto.
Até a merenda
O PSOL na Câmara
esmiuçou dados do Planejamento e aponta que o contingenciamento “perpassa”
todos os níveis da educação e ultrapassa os R$ 5 bilhões, afetando da
pós-graduação até a merenda das crianças nos centros de educação infantil.
Cadê o papel?
O levantamento
indica que R$ 1,83 bilhão bloqueados das universidades pagariam as contas de
água, energia, telefone, vigilância, limpeza e compra de materiais (inclusive
papel higiênico e outros produtos, que já faltam em muitas unidades).
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Acorda, ministro
Está cada vez pior o
clima entre o Ministério da Justiça e o Palácio, com ministros no cangote de
Sérgio Moro alertando sobre os riscos das decisões do Grupo de Trabalho para
reduzir a carga tributária do cigarro, na esteira do debate sobre o
contrabando.
Pegou mal
Na ponta do
problema, nos bastidores, está a Souza Cruz, a maior fabricante do país. O
comentário no MJ é que eventual decisão a favor dos cigarros – que causam
prejuízo de R$ 57 bilhões/ano na Saúde – será barrada no Palácio e no
Ministério da Economia, que precisa arrecadar, e não abrir mão de impostos
sobre um setor tão problemático.
Versão romântica
O mais renomado
consultor de crises do país envolve-se, há meses, num projeto pessoal literário
egresso das introspecções – e o leitor não se assuste nas livrarias, não é um
homônimo o da capa floreada. Mário Rosa lança “Prosas com melodia de amor e de
destino” (Geração editorial), também em áudio-book. Pelos trechos que leu a
amigos, vem literatura na veia, diferente das análises conhecidas nas obras
anteriores.
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