quinta-feira, 4 de abril de 2019

VOCÊ TEM A SÍNDROME DO IMPOSTOR?


Quando não me sinto bom o suficiente

Simone Demolinari













Algumas pessoas, mesmo sendo notoriamente inteligentes, experientes e capazes, têm uma percepção distorcida de si mesmos. Uma falsa imagem que a julga inferior ao que é: “não sou nem a metade do que as pessoas pensam que sou”. A esse tipo de sentimento se dá o nome de “Síndrome do Impostor”.
Os que sofrem deste problema mantém forte consciência de que são uma farsa e estão enganando todo mundo. Não importa quão reconhecida seja sua carreira profissional, ela sempre terá a sensação de ser um blefe, atribuindo seu sucesso ao acaso.
Essa síndrome se popularizou depois que Emma Watson, uma das grandes estrelas de Harry Potter, declarou o que sentia: “Parece que quanto melhor eu me saio, maior é o meu sentimento de inadequação, porque penso que em algum momento, alguém vai descobrir que eu sou uma farsa e que eu não mereço nada do que conquistei”.
Outra famosa que assumiu ter o mesmo problema foi a premiadíssima atriz inglesa Kate Winslet: “Eu acordava de manhã, antes de ir para uma gravação, e pensava ‘não posso fazer isso. Eu sou uma fraude’”.
Na síndrome do impostor não importa a notoriedade do trabalho, os elogios da crítica especializada ou até mesmo os troféus e títulos conquistados, a angústia é interna e deriva do fato de, no íntimo, o indivíduo não conseguir reconhecer-se digno dos seus próprios méritos. Uma lástima!
É importante ressaltar que, apesar da maior manifestação do problema ser no campo profissional, também se estende para a vida pessoal e amorosa. Nesse contexto, o indivíduo tende a se inferiorizar perante uma situação ou outra pessoa como se não fosse digno de merecimento.
Alguns comportamentos são comuns em quem tem essa síndrome:
- Sentir que outra pessoa com as mesmas habilidades está mais qualificado;
- Proferir discursos autodepreciativos;
- Dificuldade em aceitar elogios por não acreditar no que é dito;
- Evitar situações onde é colocado no centro das atenções;
- Necessidade constante de reavaliar o próprio trabalho;
- Perfeccionismo extremo a ponto de sofrer com o mínimo detalhe;
- Autopunição severa ao constatar um erro;
- Medo de encarar novos desafios acreditando não ser capaz;
- Usar o carisma e a simpatia para aumentar sua significância;
- Querer agradar todo mundo;
- Tendência a tornar-se um workaholic para compensar a suposta inaptidão;
- Reação desproporcional perante uma crítica (sente-se arrasado);
- Sensação de inadequação ou não pertencimento;
- Medo de se expor;
- Comparação constante com os outros;
- Adiar ao máximo as tarefas tentando evitar o momento de ser avaliado;
- Medo constante de que os outros percebam a sua incapacidade (uma espécie de medo de ser descoberto).

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