Parlamento
britânico rejeita acordo do Brexit pela terceira vez
Agência Brasil
Os parlamentares em
Londres decidiram, mais uma vez, não aceitar o acordo feito entre a
primeira-ministra Theresa May e a União Europeia (UE) para conduzir a saída
britânica do bloco. É a terceira vez consecutiva que o Parlamento rejeita o
acordo, deixando a data e os termos do Brexit incertos.
A votação na Câmara
dos Comuns resultou em 344 votos contra e 286 a favor do acordo costurado entre
a primeira-ministra Theresa May e a UE. Após a contagem, May disse que o
resultado traz "graves" consequências e admitiu que teme que a
Câmara tenha chegado ao "limite do processo" para a saída do bloco.
Agora, o Reino Unido
tem até 12 de abril para informar a UE sobre seus próximos passos. As opções
envolvem o cancelamento do Brexit, buscar um prazo maior ou sair do bloco sem
um acordo.
Uma série de
votações deve ocorrer na segunda-feira (1°) para que o Parlamento tente
encontrar uma nova alternativa.
May havia pedido aos
deputados que "deixassem de lado a si mesmos e seus partidos e aceitassem
a responsabilidade dada pelo povo britânico". A primeira-ministra também
havia oferecido sua renúncia caso os deputados aprovassem o acordo,
permitindo a saída da UE em maio.
Mesmo assim,
a Câmara dos Comuns permaneceu dividida. Alguns apoiadores do Brexit
que mostravam resistência, como o ex-ministro do Exterior Boris Johnon,
provável concorrente para substituir May como primeiro-ministro, disse que
rejeitar o acordo apresentava o risco de o país ser "forçado a aceitar uma
versão ainda pior do Brexit ou perder o Brexit inteiramente".
O Partido
Democrático Unionista, da Irlanda do Norte, com dez assentos na Câmara dos
Comuns, se recusou a apoiar o acordo porque o texto trata a Irlanda do Norte de
maneira diferente do restante do Reino Unido.
May disse que, com o
resultado, é quase certo que o Reino Unido tenha que participar das eleições
europeias em maio.
Acordo de separação
O acordo votado
nesta sexta previa um período de transição até o final de 2020,
estabelecia os direitos dos cidadãos britânicos e da UE e o preço que o
país pagaria por sua saída – cerca de 45 bilhões de euros. O acordo também
tratava da polêmica salvaguarda irlandesa, cujo objetivo era garantir a livre
circulação entre a Irlanda e a Irlanda do Norte.
O Parlamento acabou
não votando uma declaração sobre os futuros laços com a UE, o que também
era um requisito do acordo de separação. May esperava que votar apenas o
acordo de saída seria o suficiente para diminuir a oposição, embora não
houvesse sinais claros de que isso ocorreria.
O porta-voz do
Partido dos Trabalhadores, Keir Starmer, disse que remover a declaração
política deixou o Brexit cego, "pois você não sabe para onde está
indo".
Conselho Europeu
A data original para
a saída da UE era esta sexta (29), mas diante do impasse na política
britânica, o bloco concedeu uma extensão do prazo ao Reino Unido.
Após a rejeição do
acordo, a Comissão Europeia afirmou que uma saída desordenada do Reino Unido do
bloco em 12 de abril é agora "o cenário provável", indicando que a UE
está "plenamente preparada" para um Brexit sem acordo.
Parlamento
britânico rejeita acordo do Brexit pela terceira vez
Agência Brasil
Os parlamentares em
Londres decidiram, mais uma vez, não aceitar o acordo feito entre a
primeira-ministra Theresa May e a União Europeia (UE) para conduzir a saída
britânica do bloco. É a terceira vez consecutiva que o Parlamento rejeita o
acordo, deixando a data e os termos do Brexit incertos.
A votação na Câmara
dos Comuns resultou em 344 votos contra e 286 a favor do acordo costurado entre
a primeira-ministra Theresa May e a UE. Após a contagem, May disse que o
resultado traz "graves" consequências e admitiu que teme que a
Câmara tenha chegado ao "limite do processo" para a saída do bloco.
Agora, o Reino Unido
tem até 12 de abril para informar a UE sobre seus próximos passos. As opções
envolvem o cancelamento do Brexit, buscar um prazo maior ou sair do bloco sem
um acordo.
Uma série de
votações deve ocorrer na segunda-feira (1°) para que o Parlamento tente
encontrar uma nova alternativa.
May havia pedido aos
deputados que "deixassem de lado a si mesmos e seus partidos e aceitassem
a responsabilidade dada pelo povo britânico". A primeira-ministra também
havia oferecido sua renúncia caso os deputados aprovassem o acordo,
permitindo a saída da UE em maio.
Mesmo assim,
a Câmara dos Comuns permaneceu dividida. Alguns apoiadores do Brexit
que mostravam resistência, como o ex-ministro do Exterior Boris Johnon,
provável concorrente para substituir May como primeiro-ministro, disse que
rejeitar o acordo apresentava o risco de o país ser "forçado a aceitar uma
versão ainda pior do Brexit ou perder o Brexit inteiramente".
O Partido
Democrático Unionista, da Irlanda do Norte, com dez assentos na Câmara dos
Comuns, se recusou a apoiar o acordo porque o texto trata a Irlanda do Norte de
maneira diferente do restante do Reino Unido.
May disse que, com o
resultado, é quase certo que o Reino Unido tenha que participar das eleições
europeias em maio.
Acordo de separação
O acordo votado
nesta sexta previa um período de transição até o final de 2020,
estabelecia os direitos dos cidadãos britânicos e da UE e o preço que o
país pagaria por sua saída – cerca de 45 bilhões de euros. O acordo também
tratava da polêmica salvaguarda irlandesa, cujo objetivo era garantir a livre
circulação entre a Irlanda e a Irlanda do Norte.
O Parlamento acabou
não votando uma declaração sobre os futuros laços com a UE, o que também
era um requisito do acordo de separação. May esperava que votar apenas o
acordo de saída seria o suficiente para diminuir a oposição, embora não
houvesse sinais claros de que isso ocorreria.
O porta-voz do
Partido dos Trabalhadores, Keir Starmer, disse que remover a declaração
política deixou o Brexit cego, "pois você não sabe para onde está
indo".
Conselho Europeu
A data original para
a saída da UE era esta sexta (29), mas diante do impasse na política
britânica, o bloco concedeu uma extensão do prazo ao Reino Unido.
Após a rejeição do
acordo, a Comissão Europeia afirmou que uma saída desordenada do Reino Unido do
bloco em 12 de abril é agora "o cenário provável", indicando que a UE
está "plenamente preparada" para um Brexit sem acordo.
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