O jeito Harvard de ser feliz
Simone Demolinari
Aprendemos que
primeiro precisamos ter sucesso na vida, para depois sermos felizes. Mas,
alguns estudos no campo da psicologia e da neurociência têm nos mostrado que
essa fórmula, na verdade, funciona de maneira inversa: precisamos ter
felicidade para que, então, o sucesso ocorra.
Essa premissa é defendida por Shaw Achor, autor do best-seller “O jeito Harvard de ser feliz”. Segundo ele, quando somos positivos, otimistas e confiantes, nosso cérebro se envolve mais, torna-se mais criativo, motivado, energizado e produtivo para o trabalho.
Essa premissa é defendida por Shaw Achor, autor do best-seller “O jeito Harvard de ser feliz”. Segundo ele, quando somos positivos, otimistas e confiantes, nosso cérebro se envolve mais, torna-se mais criativo, motivado, energizado e produtivo para o trabalho.
Essa teoria foi
colocada em prática numa empresa que contratou duas equipes de funcionários: a
primeira, foi escolhida a partir da aptidão e experiência profissional. Já a
segunda foi montada considerando apenas o nível de felicidade medida em testes.
Após um ano de trabalho, a segunda equipe superou a primeira em 19%. E, após o
segundo ano, em 57%.
A explicação para
tal resultado está na forma de se comportar das pessoas. Segundo o autor, só
conseguimos prever 25% do sucesso de um funcionário no trabalho através da sua
inteligência e habilidade técnica. Os outros 75% são previstos por três
categorias gerais:
- Otimismo: tendência natural
de ver o lado bom da situação, mantendo a confiança em si e no seu
comportamento;
- Conexão social: competência de se
relacionar bem com as pessoas, facilidade para conquistar amigos e lidar com
situações delicadas;
- Habilidade para
lidar com o estresse: a maneira como lidamos com as emoções é que determina o nível do
equilíbrio e da saúde mental.
Segundo o autor é
possível conseguir tais habilidades através de quatro lições:
1 - Ver o problema
como desafio, não como ameaça: quando deparamos com um problema, podemos
encarar a situação como tragédia e estagnar no sofrimento, ou podemos
transformá-lo em desafio. Tudo que acontece na nossa vida é para o nosso
aprendizado. Pensando assim, até as coisas ruins são boas.
2 - Cultivar as
amizades: um bom círculo de amigos faz toda diferença. E não só os amigos
íntimos, mas também amizades despretensiosas, com quem é possível sair,
descontrair, trocar ideias. Relacionar-se com quem nos acrescenta e energiza a
vida. É sempre bom investir em amizades: elas são um importante pilar,
sobretudo em recomeços.
3 - Teoria dos 20
segundos: consiste em dificultar em no mínimo 20 segundos a execução de um
hábito negativo. Exemplo: deixar o telefone fora do alcance da mão.
4 - Moldar a forma
como nosso cérebro enxerga o mundo: repetimos os mecanismos que mais
utilizamos, sejam eles positivos ou negativos. Portanto, se quisermos ser mais
otimistas, precisamos cultivar pensamentos, sentimentos e hábitos positivos. A
saúde mental depende de nutrir bons sentimentos. Afinal, fazer ginástica todos
os dias, seguir dieta saudável, tomar muita água, e evitar açúcar e sal
contribuem para a manutenção da saúde. Mas, se não soubermos administrar bem os
nossos sentimentos e emoções, inevitavelmente adoeceremos.
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