Brasil condena
violência nas fronteiras com a Venezuela
Agência Brasil
O governo
brasileiro, em nota, condenou os episódios de violência registrados nas
fronteiras do Brasil e da Colômbia com a Venezuela. O comunicado foi divulgado
pelo Ministério das Relações Exteriores nas primeiras horas deste domingo (24).
Para o governo brasileiro, os atos caracterizam “o caráter criminoso do regime
(do presidente Nicolás) Maduro” e um “brutal atentado aos direitos
humanos”.
“O governo do Brasil
expressa sua condenação mais veemente aos atos de violência perpetrados pelo
regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro, no dia 23 de fevereiro, nas
fronteiras da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia, que causaram várias
vítimas fatais e dezenas de feridos”, diz a nota.
No documento, o
Itamaraty apela para que todos os países reconheçam Juan Guaidó como governo
legítimo.
“O Brasil apela à
comunidade internacional, sobretudo aos países que ainda não reconheceram o
Presidente encarregado Juan Guaidó, a somarem-se ao esforço de libertação da
Venezuela, reconhecendo o governo legítimo de Guaidó e exigindo que cesse a
violência das forças do regime contra sua própria população”, diz o texto.
Na nota, o governo
brasileiro ressalta que o uso da força contra o povo venezuelano, que vive um
momento de profunda crise humanitária, é inadmissível.
“O uso da força
contra o povo venezuelano, que anseia por receber a ajuda humanitária
internacional, caracteriza, de forma definitiva, o caráter criminoso do regime
Maduro. Trata-se de um brutal atentado aos direitos humanos, que nenhum
princípio do direito internacional remotamente justifica e diante do qual
nenhuma nação pode calar-se".
O Brasil lidera o ranking
de países da América Latina com o melhor preparo militar, segundo estudo
recente que levou em consideração mais de 50 fatores para avaliar as principais
potências da região. Com índice de 0,3198, o País está à frente do México
(0,6289), na segunda posição, e Argentina (0,7056), terceiro lugar. A Venezuela
aparece na sexta colocação (0,7876), atrás ainda do Peru e da Colômbia, respectivamente
na quarta e quinta posição no ranking.
O levantamento que aponta o índice de forças de países latinos foi desenvolvido pelo site Global Firepower e, entre os itens avaliados, contou com informações como o tamanho das tropas, a quantidade e o tipo de armas, o desempenho em conflitos anteriores - entram na análise a performance militar nas 1ª e 2ª Guerras -, alianças, assim como a análise de fatores geográficos e logísticos.
Em comparação com os outros países, o Brasil se destaca pelo investimento militar. Em 2017, foram US$ 29,28 bilhões investidos, contra apenas US$ 0,46 bilhão da Venezuela. Na comparação entre o número de militares, o Brasil aparece com 1,98 milhão de soldados, enquanto a Venezuela possui uma média de 123 mil. Uma das justificativas para o mau desempenho dos vizinhos venezuelanos está na queda de investimentos devido ao baixo desempenho do PIB.
O levantamento que aponta o índice de forças de países latinos foi desenvolvido pelo site Global Firepower e, entre os itens avaliados, contou com informações como o tamanho das tropas, a quantidade e o tipo de armas, o desempenho em conflitos anteriores - entram na análise a performance militar nas 1ª e 2ª Guerras -, alianças, assim como a análise de fatores geográficos e logísticos.
Em comparação com os outros países, o Brasil se destaca pelo investimento militar. Em 2017, foram US$ 29,28 bilhões investidos, contra apenas US$ 0,46 bilhão da Venezuela. Na comparação entre o número de militares, o Brasil aparece com 1,98 milhão de soldados, enquanto a Venezuela possui uma média de 123 mil. Uma das justificativas para o mau desempenho dos vizinhos venezuelanos está na queda de investimentos devido ao baixo desempenho do PIB.
Sob tensão e em
clima de guerra, presidentes, vice-presidentes e chanceleres de 14
países, entre eles o Brasil, e mais os Estados Unidos se reúnem nesta
segunda-feira (25), em Bogotá, na Colômbia. O presidente da Colômbia, Iván
Duque, coordena o encontro com o Grupo de Lima e o vice-presidente dos
Estados Unidos, Mike Pence, para discutir o acirramento da crise na Venezuela.
Na reunião, Pence
deve propor a imposição de novas sanções contra o governo do presidente
venezuelano, Nicolás Maduro. Para o governo brasileiro, é fundamental que mais
países reconheçam o governo interino de Juan Guaidó como legítimo, de acordo
com nota divulgada ontem (24) pelo Itamaraty.
Pelo Twitter, na sua
conta pessoal, Pence afirmou que o esforço, durante a reunião em Bogotá, será
para garantir liberdade e democracia para os venezuelanos. “Expressar
solidariedade com os líderes regionais pela liberdade e contra Maduro. Encontro
com o presidente colombiano Ivan Duque e o único presidente legítimo da
Venezuela, Juan Guaidó. É hora de uma Venezuela livre e democrática.”
Brasileiros
Na reunião, o Brasil
será representado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e o
ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Ambos viajaram ontem e, nos
últimos dias, Araújo esteve em Pacaraima (RR) e na fronteira da Colômbia. Em
nota, o governo brasileiro repudiou os atos de violência tanto nas áreas
próximas ao Brasil quanto na colombiana.
Araújo se reuniu com
Guaidó e os presidentes da Colômbia, do Chile, Sebastián Piñera, e do Paraguai,
Mario Abdo, na fronteira com a Venezuela. Eles acompanharam a organização da
ajuda humanitária internacional para a população venezuelana.
Especial
O presidente
interino, Juan Guaidó, também participará da reunião em Bogotá. Ele chegou
ontem (24) à capital colombiana. Será a primeira vez, na história recente, que
um integrante venezuelano participará de reunião com o Grupo de Lima, segundo o
Ministério das Relações Exteriores da Colômbia.
De acordo com a
chancelaria colombiana, entre os objetivos da reunião está a aprovação de uma
declaração conjunta que contribuirá para continuar criando as “condições para a
liberdade e a democracia na Venezuela”.
Solidariedade
Há dois dias, o
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participou de um evento público em
que defendeu a legitimidade de Guaidó, criticou a gestão de Maduro e demonstrou
preocupação com a grave crise humanitária e o esforço internacional para conter
as dificuldades da população venezuelana.
Nesse domingo (24),
pelo segundo dia consecutivo, houve registros de violência nas fronteiras da
Venezuela com o Brasil e a Bolívia. Também há informações de vítimas e
deserções de militares, antes aliados a Maduro.
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