Bolsonaro diz
que nesta quinta 'bate o martelo' sobre reforma da Previdência
Agência Brasil
Haverá idade mínima para homens e mulheres e período de transição
O presidente Jair
Bolsonaro disse que pretende “bater o martelo” nesta quinta-feira, (14)
sobre a proposta da reforma da Previdência que será encaminhada pelo governo
federal ao Congresso. Segundo ele, será fixada a idade mínima de 62 ou 65 anos
para homens e 57 ou 60 anos para mulheres, incluindo um período de transição.
A definição depende
de uma reunião que Bolsonaro terá à tarde com a equipe econômica. Ele também
afirmou que as regras aplicadas às Forças Armadas serão estendidas aos
policiais militares e bombeiros.
“Eu não gostaria de
fazer a reforma da Previdência, mas sou obrigado a fazer, do contrário o Brasil
quebrará em 2022 ou 2023”, afirmou o presidente em entrevista exclusiva à TV
Record na noite desta quarta-feira, (13).
Bolsonaro não
adiantou qual será a idade mínima para homens e mulheres, mas assegurou que o
período de transição será fixado. No caso da idade mínima maior – 60 anos para
mulheres e 65 para homens, a transição será de 2022 a 2023. “Vou conversar com
a equipe econômica”, acrescentou.
Saúde
Após 17 dias internado para a terceira cirurgia, na qual foi submetido para a retirada da bolsa de colostomia, o presidente afirmou que o período mais difícil foi o da recuperação no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele lembrou que passou por uma pneumonia, o que atrasou sua alta hospitalar.
Após 17 dias internado para a terceira cirurgia, na qual foi submetido para a retirada da bolsa de colostomia, o presidente afirmou que o período mais difícil foi o da recuperação no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele lembrou que passou por uma pneumonia, o que atrasou sua alta hospitalar.
“[O médico disse
que] não se lembra de ter encontrado um intestino com mais aderência do que o
meu”, afirmou. “Mas estamos prontos para voltar ao batente.”
O presidente ficará,
nos primeiros dias, no Palácio da Alvorada, a residência oficial, com
supervisão médica e retomará gradualmente as atividades, segundo o porta-voz da
Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros.
PCC
Bolsonaro afirmou que, embora tenha sido uma decisão do Ministério Público de São Paulo transferir 22 presos ligados ao grupo organizado Primeiro Comando da Capital (PCC) para três presídios federais, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, acompanhou todo o processo.
Bolsonaro afirmou que, embora tenha sido uma decisão do Ministério Público de São Paulo transferir 22 presos ligados ao grupo organizado Primeiro Comando da Capital (PCC) para três presídios federais, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, acompanhou todo o processo.
De acordo com a
decisão judicial que decretou a transferência, os presos ficarão em RDD (Regime
Disciplinar Diferenciado) por 60 dias após a chegada aos presídios federais de
segurança máxima.
“O ministro Sergio
Moro tem tratado este assunto de forma excepcional”, destacou.
Brumadinho
Após a tragédia em Brumadinho (MG), causada pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, na qual 165 pessoas morreram e 155 estão desaparecidas, o presidente disse que o governo federal trabalha intensamente em um “plano seguro” para as cerca de mil barragens existentes no país.
Após a tragédia em Brumadinho (MG), causada pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, na qual 165 pessoas morreram e 155 estão desaparecidas, o presidente disse que o governo federal trabalha intensamente em um “plano seguro” para as cerca de mil barragens existentes no país.
Segundo Bolsonaro, o
ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, coordena os trabalhos para
definir o plano que será executado em conjunto com outras pastas no esforço de
impedir acidentes como o registrado, no último dia 25, nos arredores de Belo
Horizonte.
O presidente
ressaltou que o “houve uma pronta resposta do governo federal”. “No dia
seguinte, fomos oferecer o apoio para o estado de Minas Gerais”, disse. “O
almirante Bento está tomando providências juntamente com outros ministros para
que as mil barragens possam ter um plano seguro para que não haja mais esse
tipo de desastres.”
Governo
Bolsonaro reiterou que sua relação com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, é excelente e que ambos mantêm diálogo contínuo. Segundo ele, Mourão está apto para substituí-lo em eventualidades. “Temos excelente diálogo. Cada vez mais estará preparado para nos substituir.”
Bolsonaro reiterou que sua relação com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, é excelente e que ambos mantêm diálogo contínuo. Segundo ele, Mourão está apto para substituí-lo em eventualidades. “Temos excelente diálogo. Cada vez mais estará preparado para nos substituir.”
Bolsonaro disse
ainda que acompanha a investigação sobre quatro filiadas ao PSL, legenda do
presidente, por suspeita de terem atuado como “laranjas” para o desvio de
dinheiro público destinado ao partido por meio do Fundo Especial de
Financiamento de Campanha (FEFC). Matérias veiculadas na imprensa associam o
ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, a essa
prática.
O presidente
reiterou que é uma “minoria” dentro do partido que está sob suspeita e que a
Polícia Federal foi encarregada do caso. “O partido tem de ter consciência. Não
são todos, é uma minoria. Logo depois da minha eleição, eu dei carta branca
para apurar qualquer tipo de crime de corrupção e lavagem de dinheiro.”
Bolsonaro disse que
Bebianno responderá pelo que for responsabilizado. “Se tiver envolvido e
logicamente responsabilizado, lamentavelmente o destino não pode ser outro a
não ser o retorno das suas origens.”
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