quinta-feira, 29 de novembro de 2018

ISOLAMENTO SOCIAL - UM PROBLEMA PARA MUITOS


O que está por traz do isolamento social

Simone Demolinari 










Muitas pessoas não se sentem confortáveis no convívio social. Evitam estar na presença de outras sob a justificativa de não gostar de grupos grandes, ou então de não se sentirem bem entre estranhos; preferem uma vida mais reservada, caseira e de poucos amigos. Algumas são as causas que fortalecem esse afastamento:
–Fobia Social: ocorre quando o indivíduo tem uma postura evitativa em praticamente todas as situações. Evita lazer e situações que exijam exposição social, como festas, restaurantes, eventos. Tem dificuldade com em atividades rotineiras como entrar em lojas, ir a shopping center e até fazer supermercado. O encontro com outras pessoas é tão desconfortável que o fóbico geralmente anda de cabeça baixa para se “proteger” emocionalmente e diminuir o desconforto. O sofrimento provoca constantes pensamentos catastróficos onde vislumbra situações ameaçadoras ou negativas. O estresse é tão grande que chega a ponto de se manifestar fisicamente por meio de taquicardia, sudorese, tremor, respiração ofegante. Uma espécie de estado de alerta pela iminência de algo grave. Devido a todo esse sofrimento, muitos acabam se isolam e vivendo uma vida com limitações.
–Agorafobia: inclui medo de espaços abertos ou de multidões. Muitas vezes essa fobia é associada a síndrome do pânico pois ambas tem sintomas parecidos. O agorafóbico teme a multidão não por medo das pessoas, mas por medo de que não consiga sair do meio dela caso venha a se sentir mal.
–Timidez: é menor que a fobia, mas também gera desconforto. É uma vergonha que inibe o indivíduo de interagir ativamente como ele gostaria. A timidez deriva do medo. Medo do julgamento, de ser alvo de deboche, de ironias, críticas e rejeição. O tímido teme não agradar, não serem bem vistos e muitas vezes se sente inadequado. Se sente inferior, embora saiba racionalmente que não é. Existe a timidez situacional, que se manifesta em ocasiões específicas, como falar em público. Neste caso, há um nível de ansiedade, mas é passageira e acaba à medida que inicia a execução da tarefa. Já a timidez crônica se revela constantemente, até em situações corriqueiras, como pedir uma informação a um estranho. A maioria dos tímidos não gostaria de sentir essa inibição. Pensa que sua vida seria mais leve sem a presença desse desconforto.
–Misantropia: algumas pessoas não são tímidas nem fóbicas, mas se irritam muito com os outros; sentem raiva de gente com quem nunca conviveu. Tomam antipatia gratuita e não fazem questão de conhecer ninguém e tão pouco interessam em interagir. Os misantropos não gostam da companhia de outros humanos talvez porque, ao longo da vida, foram vítimas de situações que geraram traumas e mágoas. Isso fez com que ele perdesse a confiança e o prazer de se relacionar.
–Preguiça social: Algumas pessoas evitam o convívio social simplesmente por falta de paciência. Não acham graça em se relacionar e muito menos em “jogar conversa fora”. Em razão dessa falta de afinidade costumam desenvolver uma riqueza interior capaz de suprir a companhia das outras pessoas.
Vivem muito bem consigo próprio e em meio livros, filmes e outras atividades prazeirosas.

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