segunda-feira, 8 de outubro de 2018

VITÓRIA NO PRIMEIRO TURNO DE BOLSONARO REPERCUTE NA IMPRENSA MUNDIAL


Bolsonaro também ganha no exterior; Ciro fica em segundo

Agência Brasil









Cerca de 500 mil brasileiros estavam aptos a votar em 99 países, mas menos da metade compareceu

Com quase 90% das urnas apuradas, Jair Bolsonaro obteve a preferência dos 58,4% dos votos válidos dos eleitores brasileiros no exterior.
Ciro Gomes (PDT) foi o segundo colocado, com 14,4%. Fernando Haddad (PT) alcançou o terceiro lugar, com 10,4%. Em quarto lugar, João Amoêdo, do partido Novo, obteve quase 7% dos votos válidos.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de 500 mil brasileiros estavam aptos a votar em 99 países, mas menos da metade compareceu. A abstenção foi altíssima; chegou a 59%. Os votos brancos e nulos se aproximaram dos 5%.
Imprensa internacional destaca 'ampla vantagem' de Bolsonaro no 2º turno

Estadão Conteúdo









Segundo o The New York Times, o descontentamento com a corrupção e a violência teve um peso forte, diante das promessas de Bolsonaro de "mão de ferro" na política

A imprensa internacional acompanha os resultados do primeiro turno no Brasil e registra a "contundente vitória" de Jair Bolsonaro (PSL) no primeiro turno, nas palavras do jornal argentino La Nación. Outro diário do país vizinho, o Clarín afirma em título que Bolsonaro "arrasa" e entra com "vantagem ampla" na disputa de segundo turno contra Fernando Haddad (PT). O britânico Financial Times, por sua vez, afirma que "a eleição do candidato de extrema-direita significaria uma mudança decisiva no maior país da América Latina".

O jornal The New York Times informa que a eleição foi ao segundo turno, com "o candidato de extrema-direita muito perto de uma vitória direta". Segundo o diário americano, o descontentamento com a corrupção e a violência teve um peso forte, diante das promessas de Bolsonaro de "mão de ferro" na política. O NYT diz ainda que o candidato representa uma ruptura com o establishment político, por ficar em primeiro lugar mesmo com um histórico de "declarações ofensivas".

O Wall Street Journal, por sua vez, diz que Bolsonaro atraiu votos de eleitores que buscavam "a opção menos pior". Outro diário americano, The Washington Post afirma que o resultado representa "um choque" para os brasileiros, em uma campanha que "dividiu a maior nação da América Latina em linhas de gênero e raciais".

Na França, Le Monde informa que haverá segundo turno, mas diz que ainda existe incerteza sobre quem pode vencer. Segundo Le Figaro, Bolsonaro é um candidato "populista da extrema direita", que obteve votos de brasileiros "exasperados pela corrupção e a violência". Para esse jornal, o candidato do PSL é um "nostálgico da ditadura", que se apresenta como "salvador da pátria".

No Reino Unido, The Guardian destaca que haverá segundo turno e aponta em análise que apenas uma grande coalizão poderia provocar uma reviravolta favorável a Haddad. Na Espanha, El País aponta o "claro triunfo" de Bolsonaro e diz que os evangélicos brasileiros "se convertem à ultradireita". Em análise, o diário afirma ainda que "a democracia recua" no País.

Na Colômbia, o jornal El Tiempo cita a vitória de Bolsonaro, mas também o fato de que ele não conseguiu evitar uma nova disputa nas urnas. O diário registra a força dos evangélicos na campanha do capitão reformado do Exército. No Chile, El Mercurio diz que Bolsonaro conseguiu "canalizar o mal-estar pela corrupção e a violência" e sai com 17 pontos de vantagem na reta final. Outro diário chileno, La Tercera avalia que os casos de corrupção e os votos contra o PT tiveram papel crucial na disputa. Em um de seus títulos, o mesmo jornal diz que o "Trump do Brasil", referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conseguiu mexer no tabuleiro político do País, além de destacar a derrota da candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff ao Senado, em Minas Gerais.

No México, El Universal dá menos destaque à notícia, mas registra que Bolsonaro e Haddad vão ao segundo turno. Outro jornal mexicano, Reforma afirma que a eleição é uma das disputas mais duras da história brasileira.


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