Mais de 62
milhões de brasileiros estão negativados, aponta SPC
Agência Brasil
O desemprego e a
baixa renda ainda prejudicam o orçamento e a capacidade de pagamento dos
consumidores
Um levantamento
feito pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço
de Proteção ao Crédito (SPC) mostra 62,4 milhões de brasileiros estavam com as
contas em atraso em setembro. Apesar de a taxa ter se mantido
estável na comparação mensal, a pesquisa aponta que o número de inadimplentes
aumentou 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
O aumento mais
acentuado da inadimplência acontece entre a população mais velha. O número de
idosos negativados, na faixa entre os 65 e 84 anos, cresceu 10% em relação ao
mesmo período no ano passado. A estimativa é que 5,4 milhões de idosos estejam
inadimplentes.
Na faixa entre 50 e
64 anos também houve aumento no número de negativados em relação ao ano passado
(6,2%), e hoje totalizam 12,9 milhões. Na população entre 40 e 49
anos, o crescimento foi de 4,9%, com 14 milhões de inadimplentes. Os dados apontam
ainda que a maior parte dos inadimplentes permanece na faixa dos 30 aos 39
anos, que caracterizam a metade dos brasileiros endividados. O número de jovens
entre 25 e 29 anos com o nome sujo soma hoje 4,4 milhões.
Quase metade da
população adulta da região Norte está com o nome sujo, somando 5,8 milhões de
inadimplentes. Em seguida está o Nordeste, com 17,2 milhões (42% da
população); Centro-Oeste, com 5 milhões (42,3%); Sudeste, com 27 milhões
(39,1%); e Sul, com 8,4 milhões (37,2%).
Segundo o SPC
Brasil, o desemprego e a baixa renda ainda prejudicam o orçamento e a
capacidade de pagamento dos consumidores, e que esse quadro só deverá ser
revertido com a melhora no mercado de trabalho e uma recuperação econômica
vigorosa.
O indicador de
inadimplência do consumidor é apurado com de acordo com as informações
disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil e o CNDL têm acesso. As
informações referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação.
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