Questionamentos
à candidatura de Lula serão redistribuídos no TSE
Agência Brasil
Lula está preso
desde 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em
Curitiba
O ministro do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga decidiu há pouco remeter quatro
pedidos de impugnações da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva para a presidente do TSE, ministra Rosa Weber. Com isso, a ministra
deverá determinar a redistribuição para outro integrante da Corte ou para
o ministro Luís Roberto Barroso, que é o relator do pedido de registro de
Lula para concorrer às eleições.
A decisão foi tomada
após a decisão da ministra Rosa Weber que definiu Barroso
como relator do pedido de registro de candidatura do ex-presidente. Antes
da decisão, as impugnações contra a candidatura foram distribuídas
eletronicamente para Gonzaga.
A controvérsia sobre
quem deveria relatar o registro e a impugnações contra Lula começou
na quarta-feira (15).
Poucas horas depois
de o PT entrar com o pedido de registro da candidatura Presidência da
República, o Ministério Público Eleitoral (MPE) protocolou uma impugnação
(questionamento), argumentando que o ex-presidente não é elegível, de acordo
com os critérios da Lei da Ficha Limpa. O registro foi distribuído para o
ministro Barroso, que teve o nome confirmado por Rosa Weber.
Outras duas
impugnações, movidas pelos candidatos a deputado federal Alexandre Frota (PSL)
e Kim Kataguiri (DEM), também foram protocoladas, mas antes de o pedido de
registro de Lula ter sido incluído no sistema do TSE. Assim, tais
questionamentos acabaram sendo distribuídos a outro relator, o ministro Admar
Gonzaga.
Lula está preso
desde 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em
Curitiba, por causa de sua condenação a 12 anos e um mês de prisão na ação
penal do caso do tríplex do Guarujá (SP).
Em tese, o
ex-presidente estaria enquadrado no artigo da Lei da Ficha Limpa, que impede a
candidatura de condenados por órgãos colegiados. No entanto, o pedido de
registro e a possível inelegibilidade precisam ser analisados pelo TSE. O
pedido funciona como o primeiro passo para que a Justiça Eleitoral analise o
caso.
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