Brasileiros
precisarão de visto eletrônico para ir à Europa a partir de 2021
Agência Brasil
A partir de 2021, os
turistas isentos de visto, como os brasileiros, deverão solicitar uma
autorização online para visitar os países europeus
O Parlamento Europeu
aprovou nesta quinta-feira (5), por ampla maioria, um novo sistema de
controle para a entrada de turistas na Europa. A partir de 2021, os turistas
isentos de visto, como os brasileiros, deverão solicitar uma autorização
on-line para visitar os países europeus, a um custo individual de 7 euros.
A partir de agora, o
procedimento deverá ser formalmente adotado pelo Conselho Europeu e vai estar
operacional até 2021. Os eurodeputados aprovaram o Sistema Europeu de
Informação e Autorização de Viagem (Etias - European Travel Information
and Authorisation System, em inglês) por 494 votos a favor e 115 contra, além
de 30 abstenções.
Completamente
eletrônico, o sistema é destinado a visitantes de países que não precisam de
visto para a zona Schengen. Atualmente, cidadãos de 62 países podem entrar na
UE sem visto por até 90 dias.
O sistema eletrônico
vai recolher dados pessoais como o nome, o tipo de documento de viagem, os
dados biométricos (uma combinação de quatro impressões digitais e a imagem
facial) e data e local de entrada e de saída e possíveis recusas de entrada.
Serão também feitas uma série de perguntas básicas relacionadas com os
antecedentes criminais e a presença em zonas de conflito.
A autorização
custará sete euros e será válida durante três anos, sendo gratuita para os
menores de 18 e para os maiores de 70 anos. Além do uso para fins comerciais e
de turismo, o novo sistema também será utilizado por motivos médicos e de
trânsito.
O objetivo é a
segurança interna e o reforço das fronteiras externas da UE. O sistema vai
contribuir para identificar e reduzir crimes e atos terroristas, além de
impedir a migração irregular, diminuir tempos de procedimento de entrada nos
países e melhorar a gestão das fronteiras.
De acordo com o
Parlamento Europeu, atualmente não há informação suficiente sobre os cidadãos
de outros países que não precisam de visto para entrar na Europa, ficando o
controle sob a responsabilidade de guardas de fronteiras, que muitas vezes não
têm conhecimento sobre riscos de segurança, migratórios ou sanitários.
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