Evolução x
novidade nas semifinais da Copa da Rússia
Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo
Horizonte
Em time que não está
ganhando se mexe ou não? Considerando os quatro semifinalistas da Copa do Mundo
e a montagem da lista de seus 23 atletas na Rússia, a resposta se divide.
Dois deles optaram
pela evolução em relação aos grupos que atuaram quatro anos antes, no Brasil.
Os outros dois tiveram a chance (ou a necessidade) de mudar e apostar no novo.
Curiosamente, as duas partidas vão proporcionar um embate entre as tendências.
A tão badalada
Geração Belga já estava, em sua maioria, em campo, na Copa de 2014.
Aliás, nove dos titulares que começaram no Mundial passado estavam em campo
sexta-feira, quando os Diabos Vermelhos eliminaram o Brasil. Desde então, nomes
como Hazard, De Bruyne, Courtois ou Lukaku se consolidaram como destaques
em suas equipes (o atacante, por exemplo, se transferiu do modesto Everton para
o Manchester United).
Acostumado a
acompanhar a grande maioria dos atletas dos tempos em que também trabalhava na
Inglaterra, Roberto Martínez não teve dúvidas e renovou a aposta numa base que
hoje vive sua maturidade, na casa dos 25 aos 29 anos.
O rival Didier
Deschamps é o único dos quatro semifinalistas que já estava no banco há quatro
anos mas, em seu caso, além da saída de alguns atletas em fim de ciclo, pesaram
polêmicas extra-campo que decretaram o fim da linha para Evra e Benzema –
apenas seis dos 23 sob seu comando estiveram no Brasil. Ao mesmo tempo, o
capitão dos Bleus no título de 1998 se viu abençoado com o surgimento de uma
geração que não tem demonstrado medo diante do primeiro grande desafio.
Jogadores como Mbappé, Umtiti, Tolisso, Fekir e Hernandez surgiram e explodiram
para o futebol mundial no pós-2014 e criaram, para o técnico, o problema da
“Escolha de Sofia”: nomes como Rabiot, Coman e Payet ficaram de fora.
Oferta limitada
No duelo de amanhã, a Croácia mantém 11 remanescentes da seleção superada pelo Brasil na Arena Corinthians. Consequência, também, de uma oferta de atletas limitada considerando que o país báltico tem apenas 4,3 milhões de habitantes, além do amadurecimento do time de Modric, Rakitic e Subasic (há quatro anos apenas o terceiro goleiro).
No duelo de amanhã, a Croácia mantém 11 remanescentes da seleção superada pelo Brasil na Arena Corinthians. Consequência, também, de uma oferta de atletas limitada considerando que o país báltico tem apenas 4,3 milhões de habitantes, além do amadurecimento do time de Modric, Rakitic e Subasic (há quatro anos apenas o terceiro goleiro).
Pelo lado inglês,
Gareth Southgate, alçado ao comando da seleção Sub-20 depois das contínuas
decepções, teve liberdade para apostar nos mais jovens e, como Deschamps, se
viu premiado com a revelação de talentos como Harry Kane, Dele Ali e o goleiro
Pickford, solução para uma solução que vinha sendo sinônimo de dor de cabeçanos
últimos anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário