G7 começa no
Canadá com Estados Unidos isolados do grupo
Agência Brasil
O tema será
examinado pelos líderes, que discutirão também a saída dos Estados Unidos (EUA)
A cidade de Quebec,
no Canadá, sedia nesta sexta-feira, (8) e amanhã a Cúpula do G7, o
encontro dos representantes dos sete países mais industrializados do mundo. A
reunião, este ano, está marcada pelo isolamento do presidente norte-americano,
Donald Trump, que se indispôs com o Canadá e a União Europeia ao impôr, no mês
passado, tarifas às importações de aço e alumínio. O tema será examinado pelos
líderes, que discutirão também a saída dos Estados Unidos (EUA) do Acordo de
Paris e do acordo nuclear com o Irã, o combate à evasão fiscal e as relações
com a Rússia e Coreia do Norte.
Os países
pertencentes ao G7 são a França, o Canadá, os Estados Unidos, o Japão, a
Alemanha, Itália e o Reino Unido. A Rússia foi suspensa do grupo em 2014, após
a anexação da Crimeia. Os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão
Europeia são convidados e representam a União Europeia nas cúpulas anuais. A
presidência do grupo, que atualmente pertence ao Canadá, é rotativa e varia
anualmente.
O encontro é uma
oportunidade para os líderes tratarem de alguns dos problemas globais mais
desafiadores da atualidade. A reunião deste ano promete ser igualmente
desafiadora. Em um contexto de isolamento político de Trump, líderes como o
francês Emmanuel Macron e o canadense Justin Trudeau já vislumbram que não
haverá consenso sobre temas como aquecimento global e tarifas comerciais.
Acordo nuclear
Além do mal-estar
causado pelas tarifas impostas sobre o aço e alumínio, Trump criou animosidades
com a França, Alemanha e o Reino Unido após anunciar, em maio, a saída dos EUA
do acordo nuclear com o Irã. Apesar de a Agência Internacional de Energia
Atômica (Aiea) ter declarado que o Irã seguia as determinações previstas no
acordo, que impedem o país de desenvolver armamento nuclear, Trump decidiu sair
e reestabelecer sanções ao país.
Os países europeus
ficaram com a tarefa de tentar manter o Irã no acordo, receosos de uma escalada
do conflito e de uma possível guerra na região. O Irã anunciou, esta semana,
que vai retomar o enriquecimento de urânio.
O tema deverá ser
debatido na cúpula do Canadá.

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