Fiemg já
estima perdas de R$ 11,9 bi na economia mineira com a greve de caminhoneiros
Rafaela Matias
Flávio Roscoe avalia que os efeitos da paralisação
dos caminhoneiros serão sentidos por um bom tempo
A greve dos
caminhoneiros, que completa seu décimo segundo dia hoje, já acarreta
consequências graves para a indústria mineira, conforme dados divulgados ontem
pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
De acordo com o
órgão, o prejuízo estimado para a economia estadual chega a R$ 11,9 bilhões,
sendo R$ 2,4 bilhões na indústria. Em termos de receita de ICMS, a perda
prevista é de R$ 874,3 milhões, dos quais R$ 538 milhões são da indústria.
Diante dos números
alarmantes, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, ressalta que as consequências
da greve ainda serão sentidas por um bom tempo. “A questão é pior do que esse
prejuízo pontual. O que é mais grave é o fato de o empresário ter perdido o
norte. Para a economia voltar a crescer, o empresariado precisa estar disposto
a investir e nem os estrangeiros, nem os investidores locais, estão dispostos a
se arriscar diante de uma realidade tão instável”, acredita.
O prejuízo calculado chega a quase todos os setores e cadeias produtivas. Entre aqueles que já pararam em mais de 80% das empresas, estão alimentos, responsável por 16% dos empregos diretos na indústria, têxteis e confecção, com geração de 9% dos postos de trabalho, e veículos automotores e autopeças, responsável por 5% das vagas no âmbito industrial.
O prejuízo calculado chega a quase todos os setores e cadeias produtivas. Entre aqueles que já pararam em mais de 80% das empresas, estão alimentos, responsável por 16% dos empregos diretos na indústria, têxteis e confecção, com geração de 9% dos postos de trabalho, e veículos automotores e autopeças, responsável por 5% das vagas no âmbito industrial.
Segundo Flávio
Roscoe, entre as indústrias que mais sofreram com o imprevisto estão aquelas
que operam em regime just in time”, ou seja, nas quais os estoques de matérias
primas são planejados para suprir a produção por dois ou três dias. Na
indústria de alimentos e medicamentos, por exemplo, a greve não obrigou apenas
a parada da produção e das vendas, mas também acarretou a perda total de
insumos e produtos finais, por se tratar de material perecível.
Além disso, algumas empresas que já estavam com uma situação financeira precária por causa da crise econômica que assola o país, foram ainda mais penalizadas e algumas delas podem não conseguir se recuperar. “Certamente, haverá indústrias que precisarão fechar as portas, porque não conseguirão sair desse buraco causado pela greve”, arremata Roscoe.
Além disso, algumas empresas que já estavam com uma situação financeira precária por causa da crise econômica que assola o país, foram ainda mais penalizadas e algumas delas podem não conseguir se recuperar. “Certamente, haverá indústrias que precisarão fechar as portas, porque não conseguirão sair desse buraco causado pela greve”, arremata Roscoe.
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