STF pode dar
hoje desfecho a uma primeira ação da Lava Jato
Agência Brasil
Segunda Turma do
Supremo Tribunal Federal pode chegar hoje ao primeiro desfecho de uma ação
penal da Lava Jato. O réu é o deputado Nelson Meurer
A Segunda Turma do
Supremo Tribunal Federal (STF) deve chegar nesta segunda-feira, (14) ao
primeiro desfecho de uma ação penal da Lava Jato. O réu é o deputado Nelson
Meurer (PP-PR), denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A Segunda Turma deve
decidir se condena ou absolve o parlamentar e ainda seus dois filhos, Nelson
Meurer Júnior e Cristiano Augusto Meurer, também denunciados.
A defesa do deputado
pediu por duas vezes que o julgamento fosse adiado, considerando a ausência do
ministro Dias Toffoli, que se encontra em um congresso jurídico em São
Petersburgo, na Rússia.
O relator do caso,
ministro Edson Fachin, negou a solicitação, afirmando que “não detém a parte o
direito a se insurgir contra uma específica composição da Turma ou Plenário
desta Suprema Corte”.
Fachin destacou que,
em caso de empate entre os quatro ministros presentes – além dele, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello – a conclusão do caso deverá
aguardar o voto do ministro ausente.
Denúncia
A denúncia foi oferecida em outubro de 2015 pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo a acusação, Meurer teria solicitado e recebido, em nome do PP, mais de R$ 357,9 milhões em propina entre os anos de 2006 e 2014, no esquema de corrupção na Petrobras. A denúncia foi aceita pela Segunda Turma do STF em junho de 2016, quando foi aberta a ação penal.
A denúncia foi oferecida em outubro de 2015 pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo a acusação, Meurer teria solicitado e recebido, em nome do PP, mais de R$ 357,9 milhões em propina entre os anos de 2006 e 2014, no esquema de corrupção na Petrobras. A denúncia foi aceita pela Segunda Turma do STF em junho de 2016, quando foi aberta a ação penal.
A acusação tem como
ponto de partida a delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras e tido como homem do PP na petroleira.
Em suas alegações
finais, a defesa de Meurer afirmou que o Ministério Público Federal (MPF) não
conseguiu comprovar a denúncia contra o deputado, ficando a imputação dos
crimes baseada somente nas palavras do colaborador, o que é insuficiente para a
condenação.
Desde o início da
operação, em 2014, nenhum dos cerca de 100 processos criminais abertos no STF
em decorrência da Lava Jato foi concluído. Todos têm políticos no exercício do
mandato como alvo. Enquanto isso, no Paraná, onde a operação corre em primeira
instância contra pessoas sem foro privilegiado, 123 foram condenadas pelo juiz
federal Sérgio Moro.
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