quinta-feira, 10 de agosto de 2017

MAIS UM PROBLEMA PARA A SAÚDE - PERNILONGO COMUM PODE TRANSMITIR O VIRUS ZIKA



Fiocruz descobre que pernilongo comum pode transmitir o vírus zika

Da Redação (*)









O genoma do vírus Zika, coletado no organismo de mosquitos do gênero Culex, foi sequenciado por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz em Pernambuco

Dados consistentes encontrados por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco, no Recife, mostram que o pernilongo comum (Culex quinquefasciatus), tipicamente urbano, pode ser um dos transmissores do vírus zika, além do vetor já conhecido e temido Aedes Aegypti.
Por meio de sequenciamento genético, os pesquisadores do Departamento de Entomologia da instituição descobriram que o zika consegue alcançar a glândula salivar do animal. Em laboratório, a equipe comprovou que o vírus é capaz de se replicar dentro do mosquito.
Os resultados do estudo foram publicados, ontem, na revista Emerging microbes & infections, do grupo Nature. O artigo é intitulado “Zika virus replication in the mosquito Culex quinquefasciatus in Brazil” e pode ser encontrado na íntegra na internet.
Para a coordenadora do estudo, Constância Ayres, o artigo demonstra, “de diversas formas”, a possibilidade do Culex ser um dos vetores do vírus zika
Aprofundamento
A pesquisa foi conduzida pela Fiocruz Pernambuco na Região Metropolitana do Recife, onde a população do Culex quinquefasciatus é cerca de vinte vezes maior do que a de Aedes aegypti.
De acordo com a instituição, o artigo “demonstra” a possibilidade de transmissão do vírus zika por meio do pernilongo na cidade e não somente pelo Aedes Aegypti.
O próximo passo é analisar “o conjunto das características fisiológicas e comportamentais, no ambiente natural, para entender o papel e a importância dessa espécie na transmissão do vírus zika”, informou a instituição em comunicado.
765 casos prováveis de zika foram registrados em Minas Gerais neste ano, até o dia 31 de julho, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde
Evolução
O genoma do zika já havia sido sequenciado em 2016 pelo Departamento de Virologia e Terapia Experimental da Fiocruz Pernambuco, em parceria com pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, mas na ocasião foi usada uma amostra humana.
Esse sequenciamento é uma espécie de mapa de cada gene que forma o DNA do vírus. Agora, pela primeira vez no mundo, o mapeamento é feito a partir do mosquito.
(*) Com Agência Brasil

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