quinta-feira, 27 de julho de 2017

COLUNA ESPLANADA DO DIA 27/07/2017



Arrocho do governo poupa comissionados e diárias
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini








Em mais uma medida contraditória para tentar conter a crise econômica, o governo de Michel Temer vai incentivar a demissão voluntária de servidores, mas nem cogita cortar parte dos mais de 100 mil cargos e funções de confiança ocupados, em sua maioria, por apadrinhados políticos. Além dos gastos com cartões corporativos, detalhados pela Coluna, as despesas com diárias também pesam nas contas públicas. Nos últimos sete meses, foram gastos R$ 215 milhões; e em 2016, o montante de recursos pagos em diárias somou R$ 809 milhões.
Regras rígidas
As regras para uso dos cartões corporativos podem ficar mais rígidas. Um projeto que moraliza os gastos tramita no Senado há um ano e quatro meses.
Limite
Atualmente não há limites para saques, por exemplo, o que dá margem para gastos sem controle.
Suspeitas
O relator do projeto, Lasier Martins (PSD-RS), afirma no parecer que, “de fato, existem diversas suspeitas de mau uso desse instrumento de pagamento”.
Mortes no campo
No Dia do Agricultor Familiar, comemorado nessa terça, 25, entidades – como a CUT - lembraram a morte de 47 trabalhadores do campo nos últimos sete meses.
Croqui
A uma semana da votação da denúncia por crime de corrupção passiva, o presidente Michel Temer intensifica a articulação por votos com uma nova arma. Já fez chegar a alguns líderes aliados o croqui da mini-reforma ministerial que deverá sair do papel no início de setembro. A estratégia tem dado certo, avalia o Planalto. Cerca de 30 deputados que antes se diziam “indecisos” ou “favoráveis” confirmaram aos líderes que votarão contra a denúncia.
A conferir.
Esqueceram deles
A bancada do Rio de Janeiro ficou chateada por não ter sido convidada para participar da reunião na qual o presidente Michel Temer garantiu recursos para as Escolas de Samba.
Recado
O deputado federal Marco Antônio Cabral deu seu recado de descontentamento no grupo de WhatsApp da Liderança do PMDB.
Paraíso extrativista
Em resposta aos favorecimentos tributários concedidos às mineradoras, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) dispara, por meio de nota técnica, duras críticas aos favorecimentos tributários obtidos pelo setor em meio à crise fiscal e econômica brasileira. Nessa terça, 25, o presidente Michel Temer anunciou mudanças nas alíquotas de royalties para exploração mineral e a criação de uma agência nacional de mineração.
Ordem de inspeção
No texto, o INESC pontua que estudos técnicos “não faltam mostrando que o Brasil é um dos países que menos cobram royalties da mineração, entre os diversos países com mineração industrial relevante”. A entidade aponta ainda que “se não bastasse, a indústria mineradora promove graves violações socioambientais sem que isso tenha qualquer impacto na concessão de isenção fiscal às suas atividades”.
Rombo
A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado prevê déficit da União em 2017 de R$ 144 bilhões - número acima do projetado pelo governo, de R$ 139 bilhões.
Expectativa
A Universidade de Brasília sedia o XXIX Simpósio Nacional de História. Nesta quarta, será realizada a conferência “Editoras latino-americanas: circulação de ideias e ampliação do campo cultural”.
Ponto Final
“Prioridade de Temer é clara: usar o cargo para se salvar das denúncias. É presidente de si mesmo”.
Do deputado Alessandro Molon (Rede-RJ)

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