Arrocho do governo poupa comissionados e diárias
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini
Em mais uma medida
contraditória para tentar conter a crise econômica, o governo de Michel Temer
vai incentivar a demissão voluntária de servidores, mas nem cogita cortar parte
dos mais de 100 mil cargos e funções de confiança ocupados, em sua maioria, por
apadrinhados políticos. Além dos gastos com cartões corporativos, detalhados
pela Coluna, as despesas com diárias também pesam nas contas públicas. Nos
últimos sete meses, foram gastos R$ 215 milhões; e em 2016, o montante de
recursos pagos em diárias somou R$ 809 milhões.
Regras rígidas
As regras para uso
dos cartões corporativos podem ficar mais rígidas. Um projeto que moraliza os
gastos tramita no Senado há um ano e quatro meses.
Limite
Atualmente não há
limites para saques, por exemplo, o que dá margem para gastos sem controle.
Suspeitas
O relator do
projeto, Lasier Martins (PSD-RS), afirma no parecer que, “de fato, existem
diversas suspeitas de mau uso desse instrumento de pagamento”.
Mortes no campo
No Dia do Agricultor
Familiar, comemorado nessa terça, 25, entidades – como a CUT - lembraram a
morte de 47 trabalhadores do campo nos últimos sete meses.
Croqui
A uma semana da
votação da denúncia por crime de corrupção passiva, o presidente Michel Temer
intensifica a articulação por votos com uma nova arma. Já fez chegar a alguns
líderes aliados o croqui da mini-reforma ministerial que deverá sair do papel
no início de setembro. A estratégia tem dado certo, avalia o Planalto. Cerca de
30 deputados que antes se diziam “indecisos” ou “favoráveis” confirmaram aos
líderes que votarão contra a denúncia.
A conferir.
A conferir.
Esqueceram deles
A bancada do Rio de
Janeiro ficou chateada por não ter sido convidada para participar da reunião na
qual o presidente Michel Temer garantiu recursos para as Escolas de Samba.
Recado
O deputado federal
Marco Antônio Cabral deu seu recado de descontentamento no grupo de WhatsApp da
Liderança do PMDB.
Paraíso extrativista
Em resposta aos
favorecimentos tributários concedidos às mineradoras, o Instituto de Estudos
Socioeconômicos (Inesc) dispara, por meio de nota técnica, duras críticas aos
favorecimentos tributários obtidos pelo setor em meio à crise fiscal e
econômica brasileira. Nessa terça, 25, o presidente Michel Temer anunciou mudanças
nas alíquotas de royalties para exploração mineral e a criação de uma agência
nacional de mineração.
Ordem de inspeção
No texto, o INESC
pontua que estudos técnicos “não faltam mostrando que o Brasil é um dos países
que menos cobram royalties da mineração, entre os diversos países com mineração
industrial relevante”. A entidade aponta ainda que “se não bastasse, a
indústria mineradora promove graves violações socioambientais sem que isso
tenha qualquer impacto na concessão de isenção fiscal às suas atividades”.
Rombo
A Instituição Fiscal
Independente (IFI) do Senado prevê déficit da União em 2017 de R$ 144 bilhões -
número acima do projetado pelo governo, de R$ 139 bilhões.
Expectativa
A Universidade de
Brasília sedia o XXIX Simpósio Nacional de História. Nesta quarta, será
realizada a conferência “Editoras latino-americanas: circulação de ideias e
ampliação do campo cultural”.
Ponto Final
“Prioridade de Temer
é clara: usar o cargo para se salvar das denúncias. É presidente de si mesmo”.
Do deputado Alessandro Molon (Rede-RJ)
Do deputado Alessandro Molon (Rede-RJ)
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