quinta-feira, 29 de junho de 2017

O SEU MAIOR INIMIGO PODE SER VOCÊ



Quando sou meu maior inimigo

Simone Demolinari 








Muito se fala em amor próprio como um meio de atingir a felicidade. Contudo, temos dificuldades de colocá-lo em prática. E isso fica claro através de alguns comportamentos autodestrutivos que revelam nosso desamor. Demonstramos descaso conosco quando repetimos, de forma permanente, atitudes que nos prejudicam. E várias são as maneiras de isso acontecer. Contudo, o padrão ocorre de forma tão automática que não percebemos que estamos agindo como nosso próprio inimigo. Deflagrar essa armadilha não é fácil, mas é o primeiro passo para evoluirmos rumo à maturidade emocional. As maneiras de sabotar a felicidade podem aparecer de diversas formas, porém existem algumas mais comuns.
1- Manter relacionamento afetivos tóxicos: ter uma aliança amorosa de má qualidade drena o equilíbrio emocional. Relações conflituosas, permeadas por ciúmes, brigas e irritabilidade boicotam a paz e a tranquilidade necessárias para a qualidade de vida.
2- Deixar de fazer algo por medo: muitas vezes nem se sabe explicar de quê. Há uma subjetividade que mescla medo do ridículo, da crítica e do julgamento. O medo sabota a capacidade de ousar.
- Dizer “sim” quando na verdade quer dizer “não”: aqui se enquadram pessoas que preferem prejudicar a si a negar um pedido alheio. Por não se acharem merecedoras, sentem-se culpadas ou egoístas quando privilegiam a si.
4- Ter medo de incomodar: geralmente nunca é verdadeiro, é desculpa nobre para encobrir outros medos mais profundos (como o da rejeição). Uma pessoa que deixa de fazer algo por não querer incomodar ou não queria tanto ou faltou coragem para o enfrentamento.
5- Se render a prazeres momentâneos em detrimento de uma meta maior: pessoas mais indisciplinadas estão sempre arrumando uma desculpa para justificar a quebra dos compromissos consigo. Vivem boicotando a dieta, a academia, os estudos, perdem horário, faltam a compromissos. Vivem em débito com aquilo que se propõem a fazer.
6- Praticar o autoassédio: muito se fala em assédio moral e sexual, mas o que muitos não sabem é que existe o autoassédio. São pessoas que se depreciam e mantém um padrão emocional negativo contra si. O assediador de si mesmo é aquela pessoa que se desmerece tanto que não precisa de ninguém para se prejudicar, ela mesma se coloca para baixo. Isso é muito comum nas pessoas que se vitimizam ou se julgam incapazes.
7- Ser infiel as si mesmo: muitas vezes, para se enquadrar nos moldes, passa-se uma vida inteira prisioneiro de um suposto modelo de sucesso tentando agradar à sociedade, à família, ao cônjuge, esquecendo de considerar a própria vontade.


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