Suécia encerra
investigações sobre Julian Assange por agressão sexual
Agência Brasil
Assange tem 45 anos
e vive como refugiado na embaixada equatoriana desde 2012
A procuradoria da
Suécia informou nesta sexta-feira (19) que as investigações sobre a
acusação de agressão sexual contra Julian Assange, fundador do site WikiLeaks,
foram encerradas. Mesmo assim ele deve continuar a viver na embaixada do
Equador em Londres, onde está há quase cinco anos, porque se voltar a Suécia, a
investigação pode ser reaberta – o crime de estupro só prescreverá em 2020.
Além disso, a
polícia britânica tem uma mandato de prisão vigente contra ele. Portanto, se
ele deixar a embaixada do Equador pode ser preso pela polícia inglesa e
extraditado para a Suécia e depois aos Estados Unidos. Assange também é acusado
pela Justiça norte-americana de vazar documentos militares e diplomáticos
ultrasecretos.
Em uma entrevista à
imprensa, a procuradora sueca Marianne Ny afirmou que não há como avançar nas
investigações porque "todas as possibilidades foram esgotadas".
Assange tem 45 anos
e vive como refugiado na embaixada equatoriana desde 2012. A interrupção das
investigações sobre o crime de estupro, foi considerada uma "vitória
absoluta" para ele, pelo advogado que o representa, Per Samuelson. Mesmo
assim, a defesa da mulher que acusa Assange informou à imprensa que a acusação
será mantida e que é um absurdo que um "estuprador não tenha que responder
judicilamente pelo crime".
A mulher acusa
Assange de tê-la estuprado em 2010. Ele nega o crime e alega que a denúncia faz
parte de uma "estratégia" para que ele seja extraditado à Suécia e
depois aos Estados Unidos.
WikiLeaks
O WikiLeaks tornou
público documentos confidenciais de operações militares norte-americanas no
Iraque e no Afeganistão, em 2010, além de correspondências diplomáticas. Os
documentos e correspondências foram repassados ao site pela ex-agente
norte-americana transgênero Chelsea Manning que ficou presa por sete anos pelos
vazamentos.
Assange prometeu que
aceitaria ser extraditado aos Estados Unidos, caso Chelsea Manning fosse
libertada, o que ocorreu no começo da semana, graças a um indulto concedido por
Barack Obama, dias antes de ele deixar o cargo em janeiro.
Manning enfrentava
depressão e tentou suicídio na prisão em duas ocasiões. Após a assinatura do
indulto por Barack Obama, os advogados de Assange disseram que ele não
aceitaria de forma imediata a extradição, pois poderia ser preso.
A administração de
Donald Trump não concordou com a libertação de Manning e já informou que a
extradição de Assange é prioridade. O tema já foi discutido entre Estados
Unidos e Grã-Bretanha.

Nenhum comentário:
Postar um comentário