Por que as pessoas traem?
Simone Demolinari
Os motivos que levam as pessoas a traírem é algo intrigante e até tema
de estudos. Há estudos que apontam a existência de aspectos primários na
propensão à traição. Um deles seria o gênero – homens traem mais por sentirem
maior apetite sexual fruto da produção acentuada de testosterona.
Além disso, as mulheres, até poucas décadas atrás, não tinham um método
contraceptivo seguro. A pílula anticoncepcional tem em torno de 50 anos, com
isso, a traição apresentava um grande risco de gravidez.
Atualmente muitas coisas evoluíram, porém, os motivos mantêm uma mesma
base:
1 – Tempo de relacionamento;
2 – Traço de personalidade;
3 – Baixo freio moral;
4 – Falta de coragem para separar.
1 – Quanto mais longa a relação mais sujeita à crise e ao esfriamento do
desejo. O tempo, a rotina e a chegada de filhos pode afastar os parceiros
fazendo com que um ou os dois negligenciem a relação. O sexo esfria, o
romantismo diminui, as diferenças aumentam e a soma desses fatores, abre uma
brecha para a traição.
2 – O traço de personalidade também pesa muito. Homens “mulherengos” se
entediam com mais facilidade, com isso estão sempre em busca de aventuras
amorosas. Traem em busca de prazer, de novidade, por vaidade e de toda a
adrenalina que envolve a conquista. Estão sempre envolvidos num caso
extraconjugal, mas, não têm nenhum interesse em desfazer o casamento. Ao
contrário, quanto mais traem, mais bons maridos se tornam – uma espécie de
compensação às avessas. Mas isso não acontece só com os homens. Mulheres
sedutoras são a versão feminina dos homens “mulherengos” e também traem pelas
mesmas motivações. Fazem o mesmo que eles, porém costumam ser mais habilidosas
na arte de esconder.
3 – A ausência de freio moral é um fator relevante na infidelidade. Há
pessoas que por mais que desejam trair, não conseguem realizar. Sentem-se
impedidas pela própria consciência – alto freio moral. Já outros, traem sem que
isso esbarre em nenhum obstáculo. Não sentem nenhum remorso ou culpa. Encaram a
traição como algo natural e sentem até um certo orgulho por serem assim – baixo
freio moral.
4 – A falta de coragem para separar é um grande problema. Aqui estão os
parceiros que não se amam mais, mas permanecem juntos por algum motivo, os
principais são: medo de ficarem sozinhos, medo de serem mal vistos pela família
do outro, medo de se arrependerem, medo de perder as regalias financeiras.
Casais que permanecem unidos pelo medo, estão sempre vulneráveis à traição. Nesse
caso, uma relação extraconjugal costuma dar um fôlego na relação principal,
fazendo com que este triângulo se arraste por anos. Alguns, quando se apaixonam
para valer, criam coragem e se separarem para ficar com a(o) amante, contudo,
as chances dessa segunda relação dar certo é muito pequena.
Fazer uma reflexão
madura e sincera dos motivos que o levaram a trair é necessário, mas, antes
disso, é bom lembrar que, nos dias de hoje, a tolerância à traição é cada vez
menor, a maioria termina em divórcio.

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