Propina de frigoríficos
abastecia PMDB e PP
Da Redação
Movimentação na sede da Polícia Federal; Justiça mandou bloquear R$ 1
bilhão de empresas investigadas
Propinas pagas a fiscais do Ministério da Agricultura para afrouxar a
fiscalização em frigoríficos abasteceram o PMDB e o PP, segundo a Polícia
Federal. A corporação deflagrou nesta sexta-feira (17) a Operação “Carne Fraca”
e desmantelou um esquema formado por agentes sanitários e grandes redes de
venda de carnes. As investigações apontam que alimentos impróprios para o
consumo eram adulterados e até “maquiados” com ácidos e substâncias
cancerígenas antes de seguirem para o mercado interno e o exterior.
PMDB e PP informaram desconhecer teor da investigação que desencadeou a
operação
“Uma parte do dinheiro da propina era, sim, revertida para partido
político. Caracteristicamente, já foram falados ao longo da investigação dois
partidos que ficavam claros: o PP e o PMDB”, afirmou o delegado federal
Maurício Moscardi Grillo, responsável pelas apurações.
Entre os investigados figuram executivos de grupos importantes como o JBS
– dono das marcas Friboi, Big Frango e Seara Alimentos – e BRF – da Sadia e
Perdigão –, de acordo com os processos revelados pela Justiça Federal de
Curitiba, base da operação. Foi determinado o bloqueio de R$ 1 bilhão das
empresas investigadas.
O esquema seria liderado por fiscais agropecuários federais e
empresários do agronegócio. Segundo a PF, a operação detectou em quase dois
anos de investigação que as Superintendências Regionais do Ministério da Pesca
e Agricultura do Estado do Paraná, Minas Gerais e Goiás “atuavam diretamente
para proteger grupos empresariais em detrimento do interesse público”.
“Os agentes públicos, utilizando-se do poder fiscalizatório do cargo,
mediante pagamento de propina, atuavam para facilitar a produção de alimentos
adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização
efetiva”, diz a PF.
Defesa
Em nota, a JBS informou que “não há nenhuma medida judicial” contra os
executivos dela. A empresa alegou ainda que a sede “não foi alvo dessa
operação”.
A operação de ontem foi realizada em empresas de várias regiões do país e em três unidades produtivas da JBS, sendo duas no Paraná e uma em Goiás.
A operação de ontem foi realizada em empresas de várias regiões do país e em três unidades produtivas da JBS, sendo duas no Paraná e uma em Goiás.
Com agências

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