Mineiro Hugo Barra vai
assumir área de realidade virtual no Facebook
Folhapress
O mineiro de Belo Horizonte, Hugo Barra, que deixou recentemente o cargo
de principal executivo global da Xiaomi e que tem passagem pelo Google, vai
liderar a área de realidade virtual do Facebook, de acordo com uma publicação
postada nesta quinta-feira (26) pelo cofundador e presidente da rede
social, Mark Zuckerberg.
Barra, responsável pela expansão internacional da fabricante chinesa de
celulares, vai comandar o Oculus, divisão de realidade virtual do
Facebook. Em dezembro, Brendan Iribe, ex-presidente da Oculus, anunciou
que estava deixando o cargo para ficar responsável por outra área da companhia.
No Google, Barra era um dos principais executivos responsáveis pelo
Android. Em texto publicado em rede social na segunda-feira (23), Barra
afirmou que estava deixando a empresa depois de três anos e meio para atuar em
um novo projeto no Vale do Silício.
A Xiaomi chegou a ser brevemente a empresa iniciante de tecnologia mais
valiosa do mundo e tinha esperanças de ser a Apple da China. Mas a companhia
acabou passando por desaceleração nas vendas de smartphones e saiu do posto de
cinco maiores companhias do setor na China em 2016, após ficar na segunda
colocação em 2015.
"Os últimos anos vivendo em um ambiente tão singular tiveram um
peso grande na minha vida e começaram a afetar a minha saúde", disse Barra
em mensagem no Facebook. "Vendo o quanto deixei para trás nestes últimos
anos, está claro para mim que a hora chegou."
Barra, que tornou-se sinônimo dos esforços de expansão internacional da
Xiaomi, morava em Pequim, mas com frequência viajava para outros mercados
importantes, incluindo a Índia e o Brasil.
Em carta enviada aos funcionários neste mês, o presidente-executivo da
Xiaomi, Lei Jun, afirmou que o "pior ficou para trás", referindo-se
às recentes dificuldades da companhia em competir com um número crescente de
rivais locais.
Para Barra, o caminho na Xiaomi passou por muitos obstáculos, incluindo
a interrupção de produção no Brasil diante da instabilidade econômica no país e
uma proibição temporária na Índia em 2014 por causa de infração de patentes.
A Xiaomi conquistou a liderança do mercado chinês de smartphones há dois
anos, com uma agressiva estratégia de marketing de aparelhos chamativos
vendidos na internet a preços atraentes. Desde então, a empresa tem lutado para
manter sua posição, em meio ao avanço da rival Huawei Technologies.

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