Quase 60% das cidades de
Minas em situação de alerta ou risco contra o Aedes
Alessandra Mendes
Quase 60% dos municípios mineiros analisados no âmbito do Levantamento
Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2016, realizado pelo Ministério
da Saúde, encontram-se em situação de alerta ou risco de surto de dengue,
chikungunya e zika. Isso significa que esses locais apresentam altos índices de
criadouros do mosquito, vetor das três doenças.
Das 138 cidades pesquisadas, 80 estavam com taxas de infestação acima do
que é considerado satisfatório. Sete municípios estão em situação mais grave,
sendo que Mutum, no Vale do Rio Doce, é a que apresenta o pior resultado, com
10,2. Ou seja, para cem locais pesquisados, dez estão infestados.
O percentual de cidades mineiras que encontram-se em estado de alerta e
risco é maior que a quantia em mesma situação em todo o país. No Brasil, 37%
das localidades pesquisadas se enquadram nessas categorias. Os dados foram
divulgados ontem pelo Ministério, que anunciou a possibilidade de que o LIRAa
passe a ser obrigatório para municípios com mais de 2 mil imóveis a partir de
2017.
Atualmente, o levantamento é feito a partir da adesão voluntária das
prefeituras. Das 3.704 cidades que estavam aptas a realizar o estudo, 62,6%
(2.284) participaram da edição deste ano.
Vinte e duas capitais foram inseridas na pesquisa, entre elas Belo
Horizonte, que foi enquadrada em situação satisfatória com relação aos índices
de infestação do mosquito. Durante a divulgação dos dados, o Ministério da
Saúde ainda anunciou a campanha deste ano para combate ao Aedes aegypti.
Prevenção
O foco, desta vez, serão as possíveis sequelas em caso de chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do vetor para diminuir as chances de contrair tais doenças.
O foco, desta vez, serão as possíveis sequelas em caso de chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do vetor para diminuir as chances de contrair tais doenças.
O depósito domiciliar, categoria em que se enquadram vasos de plantas,
garrafas, piscinas e calhas, foi o principal tipo de criadouro encontrado na
região Sudeste. O alerta é importante porque a expectativa é que haja um
aumento dos casos de chikungunya.
“Para este ano, esperamos uma estabilidade nos casos de dengue e zika.
Como chikungunya é uma doença nova, e muitas pessoas ainda estão suscetíveis,
pode ocorrer aumento de casos ainda este ano. Porém, para o próximo, também
esperamos estabilização dos casos” afirmou o ministro Ricardo Barros.
Além do conhecido Dia “D”, que será realizado em 2 de dezembro, quando
há mobilização nacional, serão realizadas ações para lembrar que toda
sexta-feira é dia de eliminar criadouros do Aedes. A campanha traz como foco
“Sexta sem mosquito. Toda sexta é dia do mutirão nacional de combate”.
Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde informou que as ações
de controle das doenças são permanentes, ocorrendo durante todo o ano, com
mobilizações e oficinas nas escolas. Uma nova campanha no Estado está em fase
de elaboração e será lançada nas próximas semanas.

Nenhum comentário:
Postar um comentário