Gilmar Mendes diz que falta
de sanções contribuiu para o crescimento das abstenções na eleição
Folhapress
Hoje em Dia - Belo
Horizonte
O número de abstenções aumentou nesta eleição, atingindo 17,58% dos
eleitores contra 16,41% registrados no ano de 2012. O presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou que a ausência de
sanções contribui para o cenário. Ele afirmou que a migração interna da
população, que muda de cidade sem mudar o domicílio eleitoral, também eleva a
contagem.
"Estamos fazendo um esforço no sentido de chamar os eleitores para
as urnas. Nós temos aqui o debate sobre a obrigatoriedade do voto, que deve
fazer parte do núcleo básico da reforma política. Podemos observar que as
sanções impostas aos que não vão às urnas não faz com quem a obrigatoriedade do
voto se traduza em uma obrigação acompanhada de sanções. O nosso esforço é em
persuadir as pessoas a irem votar", declarou.
Para Gilmar Mendes, no entanto, o número não é significativo. Ele
lembrou que as abstenções foram menores do que em 2014 (19,4%). A meta é
diminuir para 5%.
Custo e legado
O presidente do TSE também confirmou a projeção de custo da eleição: R$
650 milhões, valor maior do que os R$ 483 milhões de 2012. Os valores doados
para as campanhas, por causa das novas regras, diminuíram em 60%, também em
comparação com as últimas eleições municipais, fazendo com que esta edição
fosse mais "modesta" dos que as passadas.
Para Gilmar Mendes, o legado deixado pelas mudanças da lei foi o maior
rigor com as prestações de conta dos candidatos. "É difícil dizer se [o
novo formato da eleição] estimula o caixa dois. O verdadeiro legado das
eleições é o maior controle no que diz respeito a prestação de contas. Estamos
fazendo um enorme esforço para que a prestação não seja um 'faz de conta'.
Estamos fazendo uma verificação grande com isso", afirmou.
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