terça-feira, 25 de outubro de 2016

NÍVEL DE DIÓXIDO DE CARBONO E METANO NA ATMOSFERA É PREOCUPANTE



Mundo bate recorde de concentração de dióxido de carbono em 2015

Agência Brasil 








Além de permanecer acima dos 400 ppm neste ano, os níveis de dióxido de carbono na atmosfera não diminuirão no decorrer dos próximos anos

Pela primeira vez, a concentração média anual de dióxido de carbono (CO2) - o gás causador do efeito estufa - na atmosfera superou a marca de 400 partes por milhão (PPM), inaugurando uma nova era na realidade climática. A informação é da Agência Ansa.

Segundo a Organização Meteorológica Mundial, os níveis de CO2 já haviam superado a barreira de 400 ppm em alguns meses e em alguns lugares, mas em 2015 foi a primeira vez que isso ocorreu em uma base média anual. Além disso, de acordo com a entidade, a concentração de dióxido de carbono permanecerá acima de 400 ppm durante 2016 e não cairá abaixo desse patamar por "muitas gerações".

No próximo dia 4 de novembro, entrará em vigor o Acordo de Paris, que tem o objetivo de manter o aumento médio da temperatura global abaixo dos 2ºC em relação aos níveis pré-industriais.

França quer lançar satélite em 2020 para medir dióxido de carbono na Terra



França anuncia lançamento de satélite para medir distribuição de dióxido de carbono

A França quer lançar em 2020 um satélite para medir a distribuição de dióxido de carbono (CO2) na superfície da Terra, anunciou a ministra do Meio Ambiente francesa, Ségolène Royal, na 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), em Paris. Mais um projeto para a construção de outro satélite, franco-alemão desta vez, foi também anunciado, para medir com precisão sem precedentes as concentrações de metano na atmosfera.
O CO2 é o principal gás de efeito estufa gerado pela atividade humana. O metano, produzido pela decomposição da matéria orgânica, é o segundo mais importante gás de efeito estufa, mas a sua contribuição para o aquecimento global é 25 vezes maior do que a do CO2, ou seja, uma unidade de metano equivale a 25 unidades de CO2.
O satélite francês, que faz parte do projeto MicroCarb, do Centro Nacional de Estudos Espaciais francês (Cnes), será inicialmente financiado em 25 milhões de euros pelo governo, sendo que o custo total passa de 175 milhões de euros. O projeto franco-alemão é denominado Merlin e o satélite será fabricado pela Airbus, estando prevista uma despesa de 250 milhões de euros.
MicroCarb e Merlin serão os “vigias do clima", mas não irão “se fazer de polícias”, disse ontem (8) o presidente do Cnes, Jean-Yves Le Gall, considerando que não cabe aos cientistas monitorar se os países estão cumprindo os compromissos de redução de gases de efeito estufa.
A COP21, que ocorre até sexta-feira (11) em Paris, reúne representantes de 195 países. Eles buscam um acordo legalmente vinculativo sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa que permita limitar, até 2100, o aquecimento da temperatura média global da atmosfera a 2 graus Celsius acima dos valores registrados antes da Revolução Industrial.
Quanto às medidas para evitar o superaquecimento da Terra, o presidente do México, Enrique Peña Nieto, anunciou que vai investir US$ 23 bilhões em seis refinarias nos próximos três anos, para torná-las mais eficientes e reduzir as emissões de gases poluentes.

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